Atalhos



Há alguma coisa verdadeira

em nascer,

em viver

e morrer.

Um sentido!

Há um tempo que é arma

que fere,

e ao mesmo tempo esperança

que cicatriza.

Há um caminho que sigo

feito de atalhos... atalhos...

Trechos de outras vidas

mutiladas,

que deixaram suas esperanças

fragmentadas

nas cabeças grávidas

dos poetas, dos profetas.

Eles, que abortam as hipocrisias.

Adotam em si, por nós,

poesias, profecias.

Vomitam nos preconceitos.

Proliferam paz e respeito.

A vida justifica parte do que sinto.

Porque em minhas passagens,

minhas viagens,

minhas miragens,

vi rostos de seres aflitos

fomentados por desejos

de igualdade, de pão, de paz.

Senti um profundo esquecimento

em suas faces.

Um esquecimento

entre meus esquecimentos,

meus caminhos, meu atalhos.

Ah! Versos que não rimam.

Eu !!!


Autor: Valmir Barros


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