Cantadas Desafinadas (humor)



- Oi, vamos tomar uma bebida?
- Vamos, eu tomo uma cerveja e você toma um chá de sumiço, certo?

- Você pode me dar o número do seu telefone, benzinho?
- Claro, anota aí: 0000-0000.

- Quer ser minha namorada, bela?
- Ah, não posso, eu já tenho uma.

- Hum, você pra ser um anjo só faltam asas!
- Irra, e você pra ser um chato só faltam penas!

- Quer dar uma voltinha, mocinha?
- Quero. O senhor trouxe o seu andador, vovô?

- Ai, eu posso te beijar, sonho meu?
- Pode, mas primeiro volta lá pra sua casa e escova os dentes, tá?


- Vamos pegar um cineminha hoje, meu anjo?
- Vamos. Eu pego a sessão das duas e você, a sessão da oito, ok?

- Vamos dançar?
- Vamos. Com quem?


- Você bebe?
- Bebia, agora não posso mais, por causa do coquetel contra a AIDS.

- Alguém já lhe disse que você é super linda?
- Muita gente, e alguém já lhe disse que você precisa usar um bom desodorante?

- Quer uma carona?
- Não de você, com essa carona feia...

- Você mora por aqui, minha santa?
- Não, moro lá na Conchinchina, do outro lado do mundo, e já estou indo prá lá.


- Quer dançar, querida?
- Eu não, mas a minha avó, que tem mais ou menos a sua idade, está doidinha pra isso.

- Posso sentar nessa mesa?
- Pode. Senta bem em cima dessa garrafa de cerveja aqui.

- Sozinha?
- Infelizmente agora não mais.

- Vamos lá fora tomar um arzinho lá fora, bem?
- Vamos. Posso levar meu marido?

- E aí, gata? Que tal um rala-e-rola?
- Tudo bem. O preço é duzentão, tá?

- Qual o seu nome, princesa?
- Agora é Regina, antigamente era Tonho.

           


Autor: João Batista Santos


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