Não Podemos Perder Aquilo Que Nunca Tivemos



Quando falamos em perdas, referimo-nos as perdas as quais não temos o controle, está fora de nossas vontades ou aspirações.

 

Exemplificando:

 

Ouço durante minha vida inteira as mães quando olham para seus filhos adolescentes, pré-adolescentes ou adultos, certa tristeza no olhar e um profundo desabafo: “como sinto saudade do tempo em que ele ou ela era um bebe ou uma criança”. Em seus corações há a certeza de uma perda... perda esta que não há como voltar a tê-la.

 

Ao contrário, quando temos um carro roubado, uma casa perdida ou uma jóia de família desaparecida, temos a esperança que com muito trabalho, economia e esforço podemos de alguma forma tê-las de volta ou tentar preencher o espaço vazio que elas deixaram, muitas vezes conseguimos até ter melhores do que tivemos antes.

 

“As perdas da alma são mais dolorosas” porque sabemos que não as teremos da forma original novamente ou como gostaríamos que estivessem no momento em que vivemos.

 

  • Sentimos a perda de uma única frase ou palavra dita do fundo da alma à alguém ou a nós;
  • Doe-nos a sensação de nunca mais vermos alguém que amamos muito;
  • Dilacera-nos a alma e o coração a sensação de “nunca mais voltará”;
  • Mata-nos a cada dia lembrarmos do que fomos e jamais voltaremos a ser;
  • Consome-nos as lágrimas de dor do profundo sentimento de perda para sempre;
  • Consome a dor de cada ano que passa e não volta;
  • Morremos a cada segundo quando o amor, a esperança, a virtude morre também a cada dia dentro de nós.

 

De acordo com a língua portuguesa, penso que o que se encaixaria mais em nosso viver seria a palavra “empréstimo”, tudo que vivemos, incluindo os instantes é emprestado por um curto, médio ou longo tempo... jamais para sempre como gostaríamos que assim o fosse.

 

Uma das frases mais sábias existentes ainda é:

“Tudo na vida passa... inclusive a vida”.

 

  • Por que será que sofremos tanto por tudo que sabemos não perpetuar?
  • Se já nascemos sabendo disso... então por que ainda sofremos tanto?
  • Por que morremos a cada segundo por coisas que muitas vezes desejamos mas nem sequer tivemos a possuí-las por um segundo que fosse?

 

Se fossemos pensar racionalmente e responder as estas três questões, saberíamos que não há coerência, razão ou motivo para tanta tristeza por perdemos aquilo que na realidade nunca tivemos de verdade.

 

Nem mesmo a verdade é eterna... as verdades não são absolutas, porque o tempo, os valores, a sociedade e os sentimentos mudam estas verdades o tempo todo.

 

Se perguntarmos ou contarmos a mesma verdade para várias pessoas, cada uma delas a verá de sentirá de formas diferentes. Eles mentem? Não, a verdade é relativa.

 

Por exemplo: Um dia alguém me disse que se uma pessoa morreu... não há o que contestar, a verdade absoluta é que ela está morta e pronto!.

 

Então eu perguntei.... para muitos não existe morte e sim uma transição de um estado para outro, a libertação, enfim... uma transmutação que não é morte.

 

E assim penso naquela famosa frase:

“Somente não há solução para a morte”, como acredito que a morte não existe, respondo:

“Se a morte não existe... não há o que solucionar“.

Outro grande exemplo para isso é que durante 5 mil anos existia em nosso sistema solar haviam os planetas que toda a humanidade conhecia.

 

De alguns anos para cá surgiram novos planetas em nosso sistema solar, mudando assim a realidade deste e principalmente a astrologia que associava cada signo a um planeta, sem citar que plutão deixou de ser planeta.

 

E ai, existem verdades absolutas?

 

Se existir ainda para você... afirmo-te que poderá existir por alguns séculos,  mas não para sempre... nada é para sempre.

 

Se alguma coisa ou alguém é para sempre, com certeza não está neste universo ao qual conhecemos e vivemos.


Autor: Sandra Regina da Luz Inácio


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