Analfabetismo Funcional



Não é difícil nos depararmos com pessoas que mesmo sendo "alfabetizadas" não conseguem compreender mensagens simples, como uma carta, um aviso, um anúncio de jornal. Ou ainda, com universitários de variadas áreas- humanas, exatas- que sentem dificuldade ao interpretar textos ou enunciados de questões numa prova, em concursos, o que os leva a obterem resultados bem abaixo do desejado.

A partir daí, chega-se a uma conclusão:

Compreensão envolve muito mais que decodificação. De nada adianta saber a formula que se utiliza para resolver determinado problema se não se sabe como solucioná-lo. É preciso, primeiramente, compreender o que se pede, montar o problema, utilizando as devidas fórmulas, para finalmente se chegar a resposta. Do mesmo modo, não basta saber ler para entender o que está sendo lido. Mas o que será que está acontecendo? O sistema educacional brasileiro não está conseguindo alfabetizar de maneira adequada à sua população?

No Brasil, uma grande parcela da população é funcionalmente analfabeta, ou seja, além dos considerados "analfabetos", incapazes até mesmo de assinar o próprio nome, existem os que mesmo com a capacidade de decodificar letras e números, não possuem a habilidade de interpretar textos e de fazer operações matemáticas.

De acordo com o INAF (Instituto Nacional de Alfabetismo Funcional) existem três níveis distintos de alfabetização funcional: rudimentar, básica e plena, que são medidas através das habilidades que uma pessoa possui em matemática (numeramento) e leitura/escrita (letramento), o que, de fato nos interessa. O quadro abaixo relaciona os níveis de alfabetização com as determinadas funções:


Autor: Queilla Moraes


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