Formação Sócio-Territorial de Brumado - BA



INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem por objetivo expor brevemente acerca da formação territorial do município de Brumado, situado no Estado da Bahia. Primeiramente, faz-se mister estabelecer reflexões no que tange à categoria lugar, relacionando-a com as categorias de espaço e território.

Logo após será tratado sobre os aspectos históricos, políticos, econômicos e sociais que contribuíram abruptamente na configuração do atual município de Brumado.

BREVE DISCUSSÃO ACERCA DA CATEGORIA LUGAR

Para Carlos (1996) “o lugar é a base da reprodução da vida e pode ser analisado pela tríade habitante-identidade-lugar” É essa relação que caracteriza a essência da geografia humanística; das relações que os indivíduos mantém com os espaços habitados. Sobre isso, Santos (1994) considera:

A Geografia deve preocupar-se com as relações presididas pela história corrente. O geógrafo torna-se um empiricista, e esta está condenado em errar em suas análises, se somente considera o lugar, como se ele tudo explicasse por si mesmo, e não a história das relações, dos objetos e relações mantém ligações dialéticas, onde o objeto acolhe as relações sociais, e estas impactam os objetos. Os geógrafos seria funcionalista se levasse em conta apenas a função; e estruturalista se apenas indicasse as estruturas, sem reconhecer seu movimento histórico e a relação sem o conhecimento que a produziu. Impõe, na análise apreender objetos e relações como um todo [...] (SANTOS, 1994, p. 57)

Isso significa a interdependência entre ambos: homem e meio como também das transformações que inovam tanto um como o outro, nas palavras de Santos (1994). “A relação entre o homem e seu entorno é um processo sempre renovado que tanto modifica o homem quanto a natureza”. Dado que essa relação seja progressiva e dinâmica.

No entanto, na visão de Leite (1998), essa relação entre o homem e seu lugar nem sempre é percebida. Nas palavras da autora “os lugares normalmente não são dotados de limites reconhecíveis no mundo concreto”. Isto ocorre porque sendo uma construção subjetiva e ao mesmo tempo tão incorporada às praticas do cotidiano que as próprias pessoas que estão envolvidas ao lugar não reconhecem ou percebem esse valor que ambos significam um para o outro.

Há de associar a essa categoria de lugar sumariamente à produção do espaço, vez que não existe produção do lugar sem antes mesmo do espaço. Santos (1994) discute essa categoria ao afirmar que o espaço é formado por dois componentes que interagem continuamente; a configuração territorial que é o conjunto de dados naturais que são modificados pelo homem e a dinâmica social ou o conjunto de relações que definem uma sociedade. Para ele o espaço total é constituído de subespaços, como o rural, o urbano, dentre outros. O lugar, nessa visão, seria cada particularidade desses espaços, ou até mesmo onde as formas de trabalho e de poder se realizam. Para concluir essa idéia, nas palavras de Carlos (1996, p 29),

o lugar abre a perspectiva para se pensar o viver e o habitar, o uso e o consumo, os processos de apropriação do espaço. Ao mesmo tempo posto que preenchido por múltiplas coações expõe as pressões que se exercem em todos o níveis

O lugar seria a porção do espaço apropriado para a vida. Ainda em Santos (1994), discutindo a tipologia dos lugares, “a cidade é aqui apresentada como o lugar revolucionário, do trabalho livre, e nele se concentra as várias funções, é essa característica que se difere do campo”. Embora Oliveira (1991), define cidade como “centros organizados”, como núcleos da administração real que se valem dos excedentes da produção comunitária rural destinados ao abastecimentos e às trocas para a manutenção do poder e do prestígio do corte. Os palácios e os templos constituem centros de convergência da vida urbana. Assim sendo, o lugar da cidade se difere do lugar rural pelo trabalho livre, como diz Santos.

No entanto ambos os lugares são dependentes um do outro. A cidade precisa dos produtos extraídos do campo, assim como o rural precisa vender sua produção excedente para as cidades. Segundo o autor, é a partir de um determinado avanço das técnicas de produção agrícolas que as cidades se formam.

As cidades puderam formar-se graças a um determinado avanço das técnicas agrícola, o qual propiciou a formação de excedente de produtos alimentares. Com a existência desse excedente, algumas pessoas puderam dedicar-se a outras atividades, sendo a cidade predominantemente, lugar de atividades não agrícolas [...] dessa forma, a cidade é um elemento impulsionada do desenvolvimento e aperfeiçoamento das técnicas. Diga-se então, que a cidade é lugar de ebulição permanente (SANTOS, 1994, p. 53)

De fato, o que se percebe atualmente é que quanto mais modernizada é a atividade agrícola, maior será sua relação com a cidade.

Voltando a questão da tipologia dos lugares como particularidades do espaço, CARLOS (1996, p. 29), salienta:

O fato de que o lugar aparece como um fragmento do espaço onde se pode apreender o mundo moderno, uma vez que o mundial não suprime o local. O lugar se produz na articulação contraditório entre o mundial que se anuncia e a especificidade histórica do particular. Desse modo o lugar se apresentaria como o ponto de articulação entre a mundialidade em constituição e o local enquanto especificidade concreta, enquanto momento. É no lugar que se manifestam os desequilíbrios, as situações de conflitos e as tendências da sociedade que se volta para o mundial.

Daí subtende-se que grande parte dos acontecimentos ocorridos a nível global, partiu primeiramente do local ou do “lugar originário”. Desse modo, o lugar poderia ser definido como uma parte e uma função significativa da totalidade dos espaços. Assim como o lugar para os indivíduos constitui uma rede de significados e sentidos. O lugar, segundo Carlos (1996) revela a especificidade da produção espacial global de conteúdo social. O homem é que produz o lugar e o espaço.

FORMAÇÃO SÓCIO-TERRITORIAL DE BRUMADO

É sabido que o Brasil começou a ser ocupado sobretudo no litoral a partir de meados de 1500, e que era no mesmo onde se desenvolveu fortemente a monocultura em larga escala da cana-de-açúcar, impossibilitando portanto a pecuária, haja vista que o gado bovino invadia as plantações da cana. Assim sendo, segundo a (SEI, 2001, p. 23):

Fazia-se urgente a ocupação do território e, nesse sentido, muitos participaram desse movimento: governantes, bandeirantes, religiosos, aventureiros, boiadeiros, garimpeiros, dentre outros, dentre outros. Havia necessidade de se criar uma estrutura administrativa que coibisse os abusos que ocorriam nas capitanias e aos mesmo tempo propiciasse rendimentos à coroa.

Nessa perspectiva, perceberi-se-a que o contexto histórico da formação territorial de Brumado está intercalado com os acontecimentos conjunturais com o âmbito nacional.

BREVE HISTÓRICO DA FUNDAÇÃO DE BRUMADO

Em meados do século XVIII, Francisco de Sousa Meira, bandeirante português, partiu do litoral baiano acompanhado por aventureiros em direção ao sertão. Após longos dias, o fidalgo chega às encostas da Serra das Almas, porém não a cruzou. Contornando a serra, passou por parte do território da atual Livramento de Nossa Senhora e do Rio de Contas, até o rio Brumado. Aproveitou a corrente e subiu pela margem direita até a foz do Rio do Antônio.

Francisco de Sousa Meira levou seus homens onde atualmente está situada Brumado, porém encontrou resistência por parte dos nativos que guerrearam contra o bandeirante português e seus homens. Após combates sangrentos, os portugueses se consagraram vitoriosos, instalando-se na localidade “descoberta” e batizando-a de “Conquista” em alusão a vitória que travaram contra os indígenas.

Todavia, os indígenas voltaram ao ataque tentando reconquistar seu espaço perdido, pois não aceitavam dividir terras com os portugueses. Percebendo que os índios conheciam seu território e adjacências, Francisco de Sousa Meira optou por buscar na região um lugar que lhe dava mais segurança, resolvendo deixar o lugar que conquistara indo em direção à margem esquerda do Rio do Antônio, fixando-se num ponto que não trouxera perigo.

Ao lugar recém-ocupado deu-se o nome de Bom Jesus do Campo Seco, que se transformou numa fazenda, hoje Brumado, que passou mais tarde para João Antunes Moreira, que legou ao filho, Padre André Nunes Maia, que por sua vez a vendeu em 1749 para José de Sousa Meira por um conto e quatrocentos e sessenta e dois mil réis. Em 1750, as terras foram mais uma vez vendidas, dessa vez por um valor desconhecido para Miguel Lourenço de Almeida que, com a sua morte passou a ser do seu genro Antonio Pinheiro Pinto.

Com o passar dos anos, Bom Jesus do Campo Seco passou a ser chamado de povoado Bom Jesus dos Meiras, pertencendo primeiramente ao município de Nossa Senhora do Livramento das Minas do Rio de Contas. Com a criação do município de Caetité, o povoado é anexado a este. Em 19 de Junho de 1869, Bom Jesus dos Meiras é elevado à condição de distrito pelo então vice-presidente da Província da Bahia, Antonio Ladislau de Figueredo Rocha. No mesmo ano, a pedido dos habitantes, foi construída a Igreja Bom Jesus, que teve como primeiro Vigário o padre José Mariano Meira Rocha.

Ligeiramente o distrito cresceu com a chegada de famílias de outras províncias. Com a lei provincial de número 1756, de 11 de Junho de 1877, o então distrito é elevado à condição de vila, com a criação do seu próprio município, desmembrando-se de Caetité. O autor da emancipação político-administrativa foi o deputado provincial Dr. Marcolino Moura. Sua instalação somente concretizou-se em de Fevereiro de 1878, através do Presidente da Câmara de Vereadores de Caetité, Dr. Joaquim Manoel Rodrigues Lima. Em conformidade com a história, tanto o município quanto a vila receberam o nome de Bom Jesus dos Meiras.

A ORIGEM DO NOME BRUMADO

Em 8 de Junho de 1931, sob os decretos estaduais de números 7455 e 7499, ocorreu a modificação de Bom Jesus dos Meiras para Brumado. A origem do nome Brumado ainda motivo de polêmica, pois há várias versões.

A primeira interpretação é que na época da mineração o Rio Brumado era vasculhado na busca do ouro, e para separar o cascalho do mesmo era utilizado o metal chamado bromo, de cor vermelha, venenoso e reativo. Daí passaram a chamar Rio Bromado.

A segunda explicação, o padre José Dias relatava que o nome é oriundo das “brumas” (névoa ou cerração) que descendo pelas Serra das Éguas cobria toda a cidade.

FAMÍLIAS TRADICIONAIS DE BRUMADO

O povoado de Bom Jesus dos Meiras (atual Brumado) cresceu com a chegada de famílias da redondeza e de outros estados e países. Dentre as principais, podemos destacar as famílias Meira e Pinheiro Canguçu.

A família Meira, oriunda de Portugal, chegou ao Brasil no início do século XVIII. D. Heitor de Meira da Corte de D. João I, foi o tronco dos Meiras que veio para o Brasil. As primeiras famílias que chegaram ao Brasil foram habitar-se em Minas Gerais, ramificando-se e chegando ao estado da Bahia. Atualmente, em Brumado existem as seguintes famílias descendentes de Francisco de Sousa Meira, então fundador do povoado Bom Jesus dos Meiras: Souza Meira, Vasconcelos Meira, Castro Meira e Santos Meira.

Na família Pinheiro Canguçu, os ancestrais eram denominados politicamente de 1° Senhor ou patriarcas, sendo destaque: 1° Senhor: Miguel Lourenço de Almeida – português, fazendeiro e criador, foi proprietário da Fazenda Campo Seco; 2° Senhor: Antonio Pinheiro Pinto – construiu o famoso Sobrado do Brejo (1808 a 1812); 3° Senhor: Inocêncio José Pinheiro Pinto – adotou o nome Canguçu que significa “onça feroz” em lugar de Pinto. Inocêncio José Pinheiro Canguçu.

ASPECTOS POLÍTICOS DE BRUMADO

Quando o povoado passou à categoria de Vila, houve a necessidade a indicação de alguém para administrá-la. Eis a ordem:

QUADRO 1 – ENTENDENTES DE BRUMADO

Elaboração: Wagner Amorim

Fonte: Prefeitura Municipal de Brumado

PERÍODOENTENDENTE

1° - 1878 a 1882 Cel. Exupério Pinheiro Canguçu

2° - 1882 a 1887Lupério de Sousa Meira

3° - 1887 a 1890Cel. Exupério Pinheiro Canguçu

4° - 1890 a 1903Bernardino Gonçalves de Aguiar

5° - 1903 a 1904Cel. Manoel Joaquim Alves dos Santos

6° - 1904 – 1908Aureliano Alves da Silva

7° - 1908 a 1912 Cel. Marcolino Rizério Moura

8° - 1912 a 1915 Amâncio da Silva Leite

9° -1915 a 1919 Amâncio da Silva Leite

10° 1919 a 1921Aureliano Meira

11° - 1921 a 1922Aureliano Alves de Carvalho

12°- 1922 a 1923Fidelcino Augusto dos Santos

13°- 1923 a 1924José Alvino Machado

14°- 1924 a 1925Cândido Silveira Santos

15°- 1925 a 1927Cândido Silveira Santos

16°- 1927 a 1929Cel, Marcolino Rizério Moura

17° - 1929 a 1932Amâncio da Silva Leite

18° 1932 a 1934Fidelcino Augusto dos Santos

19° 1934 a 1938Padre José Dias Ribeiro da Silva

20° 1938 a 1948Cel. Marcolino Rizério Moura

Quadro 2: PREFEITOS DE BRUMADO ENTRE 1948-2008

Elaboração: Wagner Amorim

Fonte: Prefeitura Municipal de Brumado

PERÍODOPREFEITO

1° - 1948 a 1951Sr. Armindo dos Santos Azevedo

2° - 1951 a 1955Dr. Manoel Joaquim dos Santos Carvalho

3° - 1955 a 1959 Sr. Armindo dos Santos Azevedo

4° - 1959 a 1963 Sr. Manoel Fernandes dos Santos

5° - 1963 a 1967 Sr. Armindo dos Santos Azevedo

6° - 1967 a 1971 Dr. Juracy Pires Gomes

7° - 1971 a 1974 Prof, Miguel Lima Dias

8° - 1974 a 1977 Dr. Juracy Pires Gomes

9° - 1977 a 1983Agamenon Lima de Santana

10° - 1983 a 1988Dr. Juracy Pires Gomes

11° 1988 a 1992Sr. Edmundo Pereira Santos

12° 1992 a 1996Dr. Geraldo Leite Azevedo

13° - 1996 a 2000Edmundo Pereira Santos

14° - 2000 a 2004Edmundo Pereira Santos

15° - 2004 a 2008Dr. Eduardo Lima Vasconcelos

A primeira sessão da Câmara Municipal de Bom Jesus dos Meiras, que ocorreu em 13/02/ de 1878, teve a participação dos seguintes vereadores: Celino Exupério Pinheiro Canguçu (presidente), Horácio Guanais Simões, Sebastião Silva Leite, Aureliano José Pinheiro, José Germano Alves, Deolino de Sousa Meira, Rodrigo de Sousa Brito.

ASPECTOS ECONÔMICOS DE BRUMADO

No setor primário, as atividades fundamentais à economia do município são a indústria extrativa mineral e a agricultura. No que tange a agricultura, Brumado teve há algumas décadas o algodão como seu carro-chefe que já chegou a contribuir com a participação de 20% do PIB do município, sobretudo em meado de 70 e 90 do século passado. Atualmente a agricultura é voltada, sobretudo para o plantio do feijão, milho, mandioca, etc. Vale ressaltar que Brumado é um dos maiores produtores de umbu do Brasil.

Porém é na mineração que Brumado sobressai com a exploração de magnesita e talco. A cidade também se destaca na fabricação de cimento. É necessário abrir um parêntese afim de mencionar o papel da Magnesita S.A., - empresa mineradora de maior porte que atua na exploração de magnesita e talco – na dinâmica que ela deu a Brumado.

A MAGNESITA S.A E BRUMADO

A Magnesita S.A iniciou sua atividades em Brumado em 1939, defrontando-se com inúmeros problemas criado pela II Guerra Mundial, pois havia falta de equipamento que eram quase todos de tecnologia oriunda do exterior. Além disso, a empresa enfrentou dificuldades no que diz respeito a implantação industrial em uma região de difícil acesso, que naquela época era distante dos centros fornecedores.

Em 1944, é implantado sua primeira estrada de ferro que ligava Brumado a São Félix. Em 1948, foi implantado o primeiro forno vertical, produzindo o primeiro sínter de magnesita produzido em Brumado.

Em meados de 1964, quatro novos fornos foram montados, aumentando consideravelmente a produção. Nessa época, a Magnesita S.A já tinha duas usinas: a e de Catiboaba, primeira a ser instalada, e a de Pedra Preta, ambas dotadas de completa estrutura.

O crescimento desta empresa implicou em grande oferta de emprego e de técnicos especializados, bem como na edificação de obras infra-estruturais: construção de usina diesel-elétrica, construção da barragem, construção de estradas que ligam Pedra Preta – Catiboaba.

A MAGNESITA E BRUMADO HOJE

A Magnesita tem como objetivo conciliar a sua atuação empresarial com o desenvolvimento sustentado e a preservação do meio ambiente. Nas decisões da empresa, esses fatores devem ser sempre considerados. Nas comunidades em que atua a Magnesita procura apoiar atividades culturais, esportivas, educacionais e relativas ao meio ambiente como forma de contribuição ao desenvolvimento dessas comunidades.

Atualmente a empresa é dirigida por um grupo, e vem trabalhando com a implantação do Projeto Integrar, o qual tem implantado o sistema SAP (Sistemas, Aplicações e Produtos para processamento de dados). É um sistema integrado de gestão empresarial, fabricada pela empresa alemã SAP, este sistema tem por objetivo integrar todas as áreas da Magnesita. Com isso a empresa ganha mais agilidade e mais competitividade.

Um grande impacto causado pela Magnesita S/A refere-se à nova dinâmica estabelecida por ela nos setores ferroviário, rodoviário e aéreo de Brumado.

Desde o início do povoamento de Brumado entre 1765, até as primeiras décadas do século XX, o transporte coletivo e individual aconteceu através de cavalos, carros de bois, carroças e charretes.

Em 1942, foi criada a primeira estrada de rodagem do município, possibilitando o uso de carros particulares. Não havia transporte coletivo férreo nem rodoviário.

No dia 19 de Abril de 1945 ocorreu o assentamento do último trilho da estrada de ferro (tendo como batedor do cravo, o Monsenhor Antonio Fagundes. No dia 11 de Fevereiro de 1946, aconteceu a inauguração da via Estação Viação Férrea Federal Brasileira (VFFLB) depois denominada Rede Ferroviária S/A (RSFA), atual Ferrovia Centro Atlântica S/A.

Em 18 de Fevereiro de 1965 ocorreu a implantação da primeira e única empresa de ônibus coletivo interestadual e intermunicipal, a Viação Novo Horizonte.

No dia 05 de Novembro de 1975, ocorreu a implantação da primeira empresa de ônibus coletivo urbano municipal: Viação Catarino. Há também no município o aeroporto Sócrates Mariani Bitencourt, que atualmente estabelece regularmente a linha Salvador/Brumado e Brumado/Salvador.

ASPECTOS URBANOS E RURAIS

Brumado, atualmente conta com população de 64.417 habitantes, sendo sua maior população concentrada na zona urbana (cerca de 63%), que é composta pelos seguintes bairros: Centro, Baraúna, Alto do Escalavrado, Urbis I, II e III, São Félix, Malhada Branca, Cidade das Esmeraldas, Esconso, Novo Brumado, Das Flores, Parque Alvorada, Ginásio Industrial, Santa Tereza, São Joaquim, São Lourenço, Do Tanque, Mercado, Rodoviário, Olhos d'Àgua, Jardim Brasil, Nobre, Azevedo e Hospital.

Brumado contém os seguintes distritos: Ubiraçaba, Itaquaraí e Cristalândia. Vilas: Catiboaba, Presidente Vargas e Pedra Preta. Povoados: Arrecife, Umburanas, Correias e Samambaia. Fazendas: Contém mais de 2000 imóveis registrados.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cidade e o lugar em suas totalidades, são tidas como campos de análise para a Geografia, considerando sumariamente o espaço, sendo este configurado através das relações humanas e transformando em espaços de lugares. No campo da Geografia Humanística, o estudo do lugar tem como característica primordial, a valorização dessas relações de afetividade entre o homem, com experiências e sentidos ao seu meio.

A sociedade desempenha importante papel no lugar desde suas ações direta ou indiretamente. As formas urbanas, ou rurais, o cotidiano e os modos de apropriação são resguardadas pela história da e na humanidade em diversas escalas de tempo e espaços.

Assim a cidade de Brumado se insere ao contexto da categoria de lugar, por conter em sua trajetória histórica, política, econômica e cultural, expressões que vão de encontro à análise de estudo geográfico. Exerce sua função singular em escala global e de grande valor particular em escala local. Pelo seu espaço, o ritmo de vida desempenhado pela função social em suas práticas cotidianas e suas relações com esse mesmo espaço que aqui visto como “o lugar”.

BIBLIOGRAFIA

CARLOS, Ana Fani Alessandri. O Lugar no/do mundo. São Paulo, Hucitec, 1996.

LEITE, Adriana Filgueira. O Lugar: Duas acepções geográficas. In.: Anuário de Geociências – UFRJ. Volume 2, 1998.

MAGNESITA S.A.

OLIVEIRA, Carlos Roberto de. História do Trabalho. 2ª ed. São Paulo, Ática, 1991.

Prefeitura Municipal de Brumado – Secretaria de Educação.

SANTOS, Milton. Metamorfoses do espaço habitado: fundamentos teóricos e metodológicos da geografia. 3ª ed. São Paulo, Hucitec, 1994.

http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2008/POP2008_DOU.pdf (acesso dia 2/10/2008)
Autor: Wagner Martins Pinchemel Amorim


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