Advérbios de Tempo e as Pessoas com Quem Convivemos



Eu tenho um péssimo costume de avaliar pessoas baseando-me no uso que fazem dos advérbios de tempo. É assim, se uma pessoa usa muito as palavras ontem, anteontem, antigamente ou antes, eu deduzo que tem uma forte ligação com o passado. Claro que há outros advérbios nessa linha, mas conheço poucas pessoas que ainda utilizam outrora.

Já (opa advérbio de tempo aqui!) quem utiliza já, então, enfim, tarde, agora e hoje, tem um pé bem fincado no presente. Pior fica quando dizem tudo na mesma frase, por exemplo, agora é tarde.

Há também os que olham para o futuro, colocam seu foco lá adiante, o que fica claro quando dizem amanhã, doravante (ok, são os mesmos que diriam outrora), depois, logo (futuro pertinho).

Restaram os advérbios que expressam a maneira como queremos que as coisas aconteçam ou sejam compreendidas. São eles:

Ainda: demonstra impaciência no mais das vezes. Ainda não está pronto? Ainda não chegou? Ainda está aí? Ainda te amo. No último caso a ausência da interrogação elimina a impaciência.

Jamais: quando queremos deixar claro que não tem jeito mesmo. Jamais será entregue no prazo. Jamais será campeão. Jamais te esquecerei.

Nunca: é um jamais sem chance de revisão. Você nunca vai mudar. Ela nunca desiste. Eu nunca amarei outra pessoa.

Sempre: princípio básico que rege ou a persistência, ou a insistência ou a teimosia. Sempre fiz desse jeito e funcionou. Sempre que eu preciso você não está por perto. Eu vou te amar para sempre.

É claro que eu não pretendo tratar de outra coisa que não seja relacionamento. Para os advérbios há uma quantidade enorme de outros especialistas. Quero chamar sua atenção para a maneira como você usa e, principalmente, como usam com você as palavrinhas mágicas.

A sinceridade está na intenção da palavra dita. A expressão corporal reforça ou nega o que traduzimos com as palavras. Não é qualquer pessoa que diz de corpo e alma jamais te esquecerei, ou vou te amar para o resto de minha vida. Você é a única pessoa capaz de avaliar quanta sinceridade e verdade existe numa afirmação desse tipo.

O último tipo é o das pessoas que se acostumam com o "de vez em quando", "mais ou menos", "quando der" e outras da mesma espécie.

Como a frase extraída da música do Montenegro, "Sempre não é todo dia", mas é sempre que você mais precisar. É saber que pode contar com aquela pessoa em qualquer situação, a qualquer momento, em todos os momentos de sua vida. Se puder escolher, escolha quem sempre – mesmo que não seja todo dia – possa estar ao seu lado e fazer você ainda mais feliz. Sempre.


Autor: Fabiola Liber


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