Comboio



Neste comboio sem destino, o nosso desejo é o comandante.


Galopamos ao ritmo da paixão, penetras-me com vigor, enlouqueces-me de fantasias, tocas-me com o teu jeito tão próprio de ser um menino e ao mesmo tempo um homem.


Menino que me encanta em corpo de homem que impõe regras no jogo da vida.


Encenamos gestos, falas e transparecemo-los nesta respresentação.


Riste das partidas que a vida nos prega dos sonhos que cultivas na menina que ainda vive em mim


Será que o mais doce de mim abafará a tua voz?


Sim, desejo que cresce sem fim, loucura que me inebrias contudo condenaste-nos à escravidão deste jogo de mentiras.


Como poderei olhar nos teus olhos se te escondes por trás de velhos mitos?


Este é o nosso mundo este é o comboio sem paragens que os dois tomamos as paragens, essas estão marcadas na minha pele pois todas as vezes que me amas, tocas, dominas deixo-me calar pelos gemidos de prazer.


Mais uma vez estás aqui saciando a tua fome, matando a tua sede matando aos poucos a falta que sinto de ti estás gravado dentro de mim na gaveta secreta dos sentimentos.


Chegas de repente sem aviso a tua distracção não te faz notar que enquanto estremeces ao sabor dos meus gemidos te envolvo num mundo de doçura e carinho.


Fazes do meu peito um ninho onde te abrigas por momentos segundos tu és tu sem subterfúgios, máscaras descansas em mim deixando que te console contudo no minuto seguinte o nosso mundo terminou quebrá-lo quando te afastas sem olhar para trás


Para ti o nosso mundo termina quando este comboio pára tu partes sem carinho, mágoa ou desconfiança para ti tu e eu somos iguais não lês nos meus olhos não sentes no sabor dos meus beijos na forma como o meu corpo se molda à tua mão nos gemidos profundos que me arrancas que quando digo que te quero, desejo que sou tua a minha alma é muito mais profunda.


Autor: Ana Sofia Marques


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