Sobre trens e rosas!



Ultimamente poucos são os momentos de relevância, não que as minúcias do cotidiano estejam esquecidas, mas as variações de sentimentos não mais ocorrem com freqüência: é o repousou de um cérebro que outrora agonizava de dor e cansaço. Agora então seria o momento de, com os pensamentos livres, as melhores idéias serem postas todas juntas e os caminhos literários serem descobertos afinal que empecilho ele tem agora? Todos! Como falar de dor, inquietude, desilusão, solidão, saudade se nesse momento isso tudo é passado? O meu "EU literário"  precisa perder esse vicio, a dor!
Quem liga para o retrato na parede moldado por anos de american way of life", ainda não sei escrever assim sem parecer piegas. O seria eu piegas por não conseguir retratar o "belo" do meu dia? Eu gosto das rosas, mas são os espinhos que nos mostra o quanto ainda somos humanos e por mais perfume que a rosa exale ela ainda pode nos ferir a qualquer momento. Vida e morte em um único "objeto": é o que nos faz acordar, lutar para não morrer! Para que um dia quando o a nossa carne estiver sendo acoplada a natureza e alguém perguntar "Quem era Phelipe?" a outra pessoa ter aspas para serem abertas. Mais do que viver, morrer o que buscamos é sermos lembrados!
Ao fim de tudo, no dia do juízo (seu próprio), o que importará pra nós? A nossa balança vai pesar maniqueistamente dependendo de quantos sonhos arrancamos do papel: esse talvez seja o alimento eterno do ser humano! Nós viajamos de carona no trem da vida e nele passamos por estações que podem ser muitas dependendo do bilhete que inconscientemente compramos antes do embarque. Ali formamos legados ou
passamos despercebidos, mas principalmente nos alimentamos de contemplar as paisagens que passam pela janela, única, transcendental e assumindo formas só por nós imaginadas: é o contemplar a vida!
E ai chegou a ultima estação, a derradeira. Ali creio que faremos um balanço de quantos carimbos nosso bilhete recebeu, e quantas janelas percorremos até o fim e principalmente se o caminho que escolhemos foi o melhor até ali, pois nesse momento, o retorno é impossível! Agora todas as rosas colhidas nas janelas do trem estão ali armazenadas em um lindo buquê e deixadas no trem para que de cada espinho surja uma "magoa" e entre uma inalação e outra surja uma "alegria", e assim findada a viajem o trem segue e o resto é apenas mais um traço no caminho da vida!


Autor: Phelipe Fabres


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