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A formação de mais um brother brasileiro, sentado.

Desde a semana passada, a Rede Globo passou a exibir a nona edição do reality show Big Brother Brasil, onde 14 participantes concorrem a um grande prêmio em dinheiro.

Aqui fora, ainda é difícil dizer quem poderá ser o favorito da casa a levar a grande bolada de 1 milhão de reais, mas lá dentro, todos começam a mexer seus próprios palitinhos para armar o bote e conquistar a confiança do público.

É um jogo de estratégia ou a beleza ajuda? Talvez a primeira resposta não se enquadre no processo de seleção, pois em todas as edições só apareceram competidores que possuem o perfil de grandes modelos, de atores e atrizes. Certo que nem todos deram sorte como o Jean e a Graziela Massafera, ambos contratados da própria Rede Globo, mas o programa faz a sua parte.

Em busca da audiência, colocam-se seres humanos sob observação, exibindo corpos bem torneados, olhares cativantes, cabelos invejados e aí por diante. Assistir bumbuns tomando sol já se tornou comum.

E o que isso acrescenta na cultura deste país? O que um programa desse estilo – observação de tarefas comuns do dia a dia, como comer, beber, brigar, namorar – acrescenta na vida dos brasileiros? O queleva as pessoas a perderem alguns dias de alguns meses para acompanhar uma eliminação, uma prova para selecionar um líder, uma briga entre participantes? Pior do que isso, o que faz milhões de brasileiros gastarem tempo e dinheiro ligando diversas vezes para eliminar um participante?

São incógnitas como essas que levam a entender por que este país está nessa lambança em que vivemos – a população não se interessa por coisas mais importantes da vida, como aproveita-la, gozar da boa saúde que Deus lhes concedeu. É fato que o povo brasileiro é um povo espelhado em Homer Simpson - preferem ficar sentados no sofá com o controle remoto numa mão e a cerveja geladinha na outra, enquanto o mundo ao seu redor se acaba em crise ou em guerra.

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