HUMANO, PREMONITORIAMENTE HUMANO



Um dia nos arrependeremos
Do tempo que temos perdido.
Um dia nos lembraremos
Das futilidades cometidas.

E tristes caminharemos
Por movimentadas ruas,
Sentindo o veludoso espaço
Esmagar-se sobre nossas cabeças.

Um dia nos recordaremos
Dos corpos ensanguentados
E de soldados esmagados
Nas férreas
E sangrentas guerras,
Mas já não existirão
Mais corpos,
Somente pedras
E ossos
Espalhados,
Por entre velhas ruínas.

No entanto,
Um dia
Nós abriremos
As nossas poderosas asas,
E os céus de nossos destinos
Dominaremos,
Tal qual pássaros
Selvagens e ferinos.

E então,
O nosso inevitável fim
Será para nós
O começo.
Autor: LUNAS DA SILVA MACHADO


Artigos Relacionados


País De Duas Faces

Moradores Do Tempo

Relatividade Transversa

Morrer...

Desabafo PoÉtico

DiÁrio De Um Depressivo

Mágoa