Pseudo-intelectuais



Duas notícias esta semana chamaram a atenção daqueles que lutam pela nossa educação e dos que dela não fazem muita questão. Dois acontecimentosvergonhosos para o ser humano. O primeiro um ato de selvageria; já o segundo um despreparo. Porém seguimos debatendo, questionando e tentando encontrar soluções.

Na última semana um trote violento, acontecido em uma cidade do interior do estado de São Paulo chamou a atenção pela covardia dos veteranos (sem experiência alguma). Um jovem foi forçado a ingerir uma grande quantidade de álcool, restando-lhe o banco de um carro para curá-lo de um sono profundo que quase lhe levou à morte. Por sorte pai e amigo do garoto socorreram-no, evitando a perda da vida de um jovem pela ignorância de seres que julgamos serem racionais. Creio que não basta apenas a inclusão em uma Universidade para dizer que o cidadão é racional, ainda mais com essa política vadia de cotas e aprovação de cidadãos despreparados. Além deste jovem, que quase perdeu a vida vítima da brutalidade pueril, outros tantos trotes violentos acontecem por esse País de leis arcaicas e não aplicáveis. Era ali na Universidade que deveriam concentrar-se nossas cabeças evoluídas, distantes dessas atitudes violentas e macabras. Impor aos companheiros de Universidade o trote violento lembra-nos as atitudes tomadas pelos militares em épocas não tão distantes, onde "companheiros", "camaradas" eram submetidos a práticas ignóbeis. Deixar o jovem violento comandar essa recepção é como alimentar um leão faminto em sua "boquinha", é um efeito que apenas com palavras mansas não cessará, pois aquele que hoje sofreu o trote sentirá a sede de vingança e no próximo ano ou semestre terá mais. O que os reitores necessitam aplicar são medidas enérgicas eliminando esse vandalismo.

Outro fato que nos chama a atenção, ainda se tratando de educação (ou falta dela) são as notas apresentadas pelos professores da rede estadual paulista, que foram submetidos a uma avaliação. Pode parecer estranha essas medidas tomadas pela Secretaria Estadual da Educação, mas provas embasadas no cotidiano docente deveriam soar como um argumento positivo aos docentes que a mais tempo estão em sala de aula e não um meio para invalidar esse exame intitulado de covarde. Pelo contrário, covardes são aqueles que seguem a vida toda imaginando que são capazes e na verdade nada sabem, apenas estão ali para pegarem os seus salários ao final do mês e ocuparem as vagas daqueles que querem se dedicar à educação. Que amam a profissão. Precisamos eliminar esses pseudo-intelectuais, aniquilando assim essa prática absurda que chamam de educação.


Autor: Sergio Sant'Anna


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