A crítica no contexto artístico



Somos seres críticos, por natureza, porém a criticidade, por si só é insípida, improfícua, estéril, quando não deletéria. O que suscita a crítica ao espírito inseguro, claudicante? Por certo um arrefecimento do seu estro artístico. Antes que a crítica um aconselhamento, mais baseado numa experiência própria do conselheiro do que num admoestamento arrogante. Antes chamar ao crítico literário de consultor literário. Muitos dirão que isso será apenas um eufemismo, pois a postura será a mesma, com algumas nuances peculiares a cada um desses adjetivos. Porém menos temor infundirá naqueles submetidos às suas avaliações criteriosas com essa simples troca de adjetivo. Para que serve a crítica, afinal? Para exaltar, fomentar o orgulho do criticado favoravelmente ou humilhá-lo, estiolando seu ânimo, caso de avaliação desfavorável? Ou a mesma serve para orientar o avaliado para bem proceder, apontando-lhe os pontos dúbios, falheis, imprecisos, inexpressivos, em suas produções, sempre consoante à experimentação do analisador, o seu testemunho quanto ao que poderá advir ou lucro auferido, tirante ao fato de se fazer bem entender, pois o propósito último do artista ao externar o seu pensamento, as suas idéias, insuflando as mesmas em suas obras, é justamente fazer-se inteligível.
Autor: Dileto Aedo dos Anjos


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