Pelos Caminhos da Educação Infantil



Quando se fala em educação infantil, são muitas as idéias que afloram na cabeça e nos vem as imagens de paredes repletas de personagens infantis e pracinhas cheias de crianças brincando. Mas para saber o que realmente acontece dentro dessas casas de educação infantil, só mesmo convivendo diariamente para observar o enorme comprometimento desses profissionais da educação que muitas vezes deixam seus próprios filhos aos cuidados de outras pessoas e se dedicam totalmente aos seus pequenos educandos. O envolvimento e tão grande, que se passa a conhecer cada criança, seus medos, seus anseios, seu modo de agir e pensar, são pequenos seres diferenciados, e o educador desses pequenos indivíduos tem de buscar a melhor forma de chegar até eles, de se fazer entender e ser aceito nesse pequeno e especial mundo deles!

Disse-me uma vez, uma colega com bem mais conhecimento na área infantil, que o melhor caminho é a afetividade. Sabias palavras, quanto mais nos aproximamos deles mais aprendemos o caminho para criar possibilidades para o aprendizado dessas pequenas crianças.

Levando-se em conta que a capacidade de aprender deve ser estimulada com a criança ainda pequena e colocando a teoria que todo estimulo promovera uma resposta, deve-se prover a criança os estímulos necessários ao seu desenvolvimento , já que nessa fase a plasticidade neural é máxima, e sem dúvida que os grandes escultores do cérebro infantil na maior parte são atendentes e professores das escolas infantis.

Gosto muito de citar um grande estudioso da inteligência: Jean Piaget, ele em seus estudos sobre as crianças, criou uma teoria de que as crianças não raciocinam como adultos, na sua opinião as crianças são as próprias construtoras ativas do pensamento constantemente criando e testando suas teorias sobre o mundo. São pequenos seres com alta capacidade critica, são autônomos e pensam de forma própria, cabe ao educador de forma sutil e afetuosa colocar a eles se esses pensamentos são certos ou errados, mas sempre levando em conta a idade mental, não quebrando esse mundo de sonhos onde a imaginação trás muitas princesas encantadase vários batmans para a sala de aula. A curiosidade e o anseio por conhecer as coisas é enorme nessa idade, e o professor deve sempre lembrar que sem curiosidade não há criatividade, e a criatividade é essencial para o desenvolvimento desses pequenos educandos. O bom educador de crianças é aquele que se torna além de professor, um grande amigo obtendo respeito, e amizade, isso faz acontecer a grande magia das salas, refeitórios e pracinhas de uma escolinha infantil.


Autor: Roseli Morates


Artigos Relacionados


Uma Conversa Ao PÉ Do Ouvido

O Papel Do Professor De Educação Infantil

O Espaço Físico Para As Atividades Da Educação Infantil

Fantasma Da Corrupção

O Brincar Na Educação Infantil

Criança Tem Que Estudar,brincar E Também Trabalhar!

A Matemática Nos Anos Iniciais