Poesias



A CHUVA

Eliomar Rodrigues-Rocha

A chuva lava a sujeira
Do mundo,
Da rua,
Da casa,
Da alma
Acalma os nervos inquietos,
Emudece os animais,
Salpica as folhas das plantas,
Suaviza a temperatura,
E devolve à terra,
O húmus roubado pelo sol.

 
SONDO MEU EGO

Eliomar Rodrigues-Rocha

No embalo da música
Elevo meus pensamentos.
Meus desejos se realizam,
Mesmo que no momento
Alguém não esteja comigo.
Pois quem sabe idealizar
Ultrapassa a imaginação.
O que importa é amar
É o que manda o coração...

Por se amar e amar demais
Brando se torna o olhar
Por te querer focalizar,
Não te esqueço jamais.

Minha vida é um relâmpago,
Meu amor uma eternidade.

Em você, com você, com afago.
Transformo-me em felicidade...
 
Lábrea AM, março de 1988.

 
QUERER

Eliomar Rodrigues-Rocha

Tudo que quero
Tudo eu desejo
Tudo que espero
Tudo que vejo
É você, você
Você elevada ao cubo

LÁBREA-AM, 1992.


SOLIDÃO

Eliomar Rodrigues-Rocha

A bela visão da vida,
Da vivida,
E amável vida,
É a saudade,
Ou quem sabe a solidão!
Pois é mais fácil iludir-se
E, também, ferir-se.
A raiva, a revolta, a paixão.
Tornam-se companheiras
Em busca de uma solução
Para o caos, que é a vida.
Por entre trilhos obscuros,
Botou-lhe a trilhar,
A penar, a decifrar.
A culpa,
O complexo,
O rumo que a vida vai tomar.
Se favorável à vida,
Se favorável à paixão
Ao amor,
Ou a mais uma ilusão,
Que a vida toda é,
Simplesmente uma trajetória,
De altos e baixos caminhos,
Carinhos,
Carmins que serão percorridos
Por dentro e por fora do coração,
Por nós eu você,
Por ti, por mim.
Numa visão lúcida
Talvez fascinante,
Fantasiante
Seguindo à luz da Razão.

Lábrea, novembro de 1992.


AMOR ILUSÓRIO

Eliomar Rodrigues-Rocha

Gasto meu sono,
Gasto meu gosto,
Meu ego,
Afeto,
Por querer você,
Ser você,
Ter você.
Talvez num delírio,
Num tiro,
Acabando sendo real,
Pois fui só um sonho
Que ficou,
Restou,
Apenas a doce vingança,
Esperança, talvez
De te reencontrar
Te reconquistar,
Te enroscar,
Te amar e ser EU

LUA

Eliomar Rodrigues-Rocha

Meu satélite dos enamorados,
Sei que despojaram-te,
Dos valores, dos amores,
Que tinhas que presenteaste.
Que me destes?
Ah! Um amor à moda antiga?
Uma paixão esquentada pela dor?
Temperada pelo ciúme?
E vivida com muito ardor?

LÁBREA-AM, novembro de 1992.


REENCONTRO

Eliomar Rodrigues-Rocha

Uma desilusão devastadora
Tomou conta do meu ser
E uma desvairada
Com desejos de morrer.
Comecei a brava luta,
Uma luta de buscas,
Buscas de verdades.
Que verdades?
Que confusão!
Ih! Acho que não há verdades.
Mentiras? Não.
Apenas fantasias
De um amor,
De um homem
E de uma mulher.
De uma desilusão...
De uma paixão...


SENDO

Eliomar Rodrigues-Rocha

Tudo que fui,
Tudo que sou
Tudo que estou
Devo a você
Você que é sem nome
Sem corpo,
Sem forma concreta,
Que me viu crescer,
Ser...
Perecer, quase.
Mas ficou.
Me ajudou
Conquistou
Me apoiou
Ah! Minha meiguice!
E meu amor.
Jamais pensei que fosses
Capaz de me seduzir,
Manipular
E se omitir:
Dos meus sonhos,
Do meu desejo
De me dar a Paz.
Por tudo isso
E outras coisas mais...
Eu acho que:
Te quero,
Te espero,
Te venero,
Te degenero,
No sonho, no toque,
No fole da sanfona,
E do pandeiro,
No terreiro
E no banheiro,
Vem ser mulher!

Novembro de 1992.

 
SERENO

Eliomar Rodrigues-Rocha

O breve e frio sereno
Da tarde, que arde,
Me fez perceber
Que és serena,
Que és morena
E que me faz ser
Ser um humano,
Um homem fiel
No amor, ao amor
Me entrego ao léu.
Tu és linda, igual véu.
Serei para sempre teu, teu.
E jamais de outrem,
Porque um ser sereno
Mesmo estando morrendo
É fiel,
Feliz,
Forte
E firme
Com você, por você, por mim
E ao amor que brotou.
Autor: Eliomar Rocha


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