Porque as Pessoas São Tão Teimosas, Complicadas e Infelizes.



O ser humano é teimoso por um grande motivo, o desconhecimento de si mesmo e da suposta realidade que ele acha que é.

 

Têm alguns fatores físicos, nosso cérebro trabalha e cria por repetição, por isso vivemos sempre os mesmos padrões para as coisas, situações, emoções, visão do mundo e de nós mesmos.

 

Somos extremamente susceptíveis ao que ouvimos ao redor, e por nosso cérebro através de ondas eletromagnéticas não distinguir a mentira da verdade, acabamos acreditando em quase tudo que ouvimos desde a barriga de nossas mães.

 

Somos influenciados por imagens, sons, cores e tudo o que nos rodeia o tempo inteiro.

 

Somos bombardeados de informações 24 horas por dia, do mais alto ao mais baixo nível.

 

Um ano tem 365 dias, 364 foram ótimos, maravilhosos, mas um foi um dia fatídico, terrível. Quando nos lembramos deste ano, o que vem em nossa mente é este dia, desconsideramos os outros 364 dias maravilhosos.

 

Seguimos os padrões de nossos pais e sociedade....

 

Seguimos os padrões da Igreja, amigos e os estereótipos do que e porque seremos “aceitos” pelos outros.

 

Não admitimos e olhamos de maneira natural “os diferentes”, isto é, seja diferente fisicamente, mentalmente, espiritualmente ou intelectualmente.

 

Não perdoamos sequer um único deslize e muito menos deixamos de julgar ao primeiro encontro ou olhar.

 

Criamos rótulos em tudo e em todos. Vimos alguém que achamos bonito, automaticamente vem em nossos pensamentos e coração que aquela pessoa é boa, pois como alguém tão bonito poderia ser mal. E também fazemos ao contrário, alguém que julgamos “feio”, não pode ser tão bom assim.

 

As pessoas são o que vestem, comem, lugares que freqüentam, seus saldos em contas bancárias e o que mostram ser, como personagens de novelas.

 

Apaixonamos-nos pelo que as pessoas dizem e não pelo que elas têm no coração.

 

Vivemos “deduzindo”, “sugerindo”, “idealizando” coisas e pessoas que nunca estarão ao nosso alcance.

 

Criamos hipóteses sobre tudo o tempo todo... buscamos a verdade depois de criarmos muitas hipóteses sobre o mesmo assunto.

 

Adoramos dar soluções excelentes para as vidas dos outros, para as nossas nunca há soluções perfeitas.

 

 

Queremos sempre ser o que o outro é, queremos o que o outro possui, queremos viver a vida do outro... pois a nossa jamais será tão boa quanto à do outro.

 

Amamos sempre esperando algo em troca, se não recebemos... porque esta pessoa não nos merece ou foi extremamente cruel conosco.

 

Fazemos tudo esperando pelo menos um “muito obrigada”, quando a pessoa simplesmente se esquece por inúmeros motivos... é um ingrato e nunca mais faremos nada para ele.

 

Estamos mortos de dor por dentro diante de um caixão com um filho amado e estamos verbalizando as pessoas que Deus quis assim... então, temos que aceitar. Sendo que por dentro estamos odiando a Deus, jamais aceitaremos, queremos respostas, achamos que Deus nos castiga sempre... que somos injustiçados e que a vida é cruel conosco. Sendo que Deus não tem nada haver com isso... ele quer exatamente o que queremos para nós, nem mais nem menos.

 

Culpamos todo mundo pelos nossos infortúnios e frustrações pela vida que gostaríamos de ter e não conseguimos, culpamos o vizinho, o concorrente, o pai, a mãe, o filho, o emprego, o chefe, Deus e acreditem até mesmo o número grande de cachorros que escolhemos ter, que tomam o nosso tempo cuidando deles, sendo que nós optamos em tê-los.

 

Somos hipócritas em tudo... mas é sempre o outro que é hipócrita e não entendeu o nosso real motivo por tomarmos aquela atitude.

 

Inventamos desculpas para tudo... até para sermos infelizes.

 

Complicamos tudo na vida... porque é mais “bonito”  complicar tudo, pois, se conseguíssemos ver simplicidade em tudo, que graça teria a vida?

 

Buscamos respostas na umbanda, no tarô, nas runas, nas igrejas, nas religiões, nos homens tidos como “santos”, nos anjos, arcanjos, em Deus e não buscamos exatamente onde a resposta está: Dentro de nós.

 

Encaramos a terra como sendo uma escola, um purgatório, o inferno, um Karma, jamais como uma dádiva e um presente divino.

 

Destruímos quem e o que amamos e glorificamos o que os outros “acham” que devemos amar e glorificar.

 

Não ouvimos o nosso coração, ouvimos as palavras alheias.

 

Não entendemos a nós mesmos, mas sempre achamos que entendemos o outro.

 

Damos conselhos excelentes o tempo inteiro aos outros, mas não seguimos nenhum deles para as nossas vidas.

 

Compramos um carro, uma casa, uma roupa porque está na moda e os outros vão adorar, mas para nós muitas vezes não significa nada.


Gostaríamos de dizer tantas coisas que vem do coração, no entanto falamos somente o que vem de nossas mentes “corretamente coerentes”, mas que não acrescenta absolutamente nada a ninguém.

 

Somos teimosos e complicados porque queremos ser, escolhemos ser, achamos bonito ser... por isso somos infelizes!!!!

 

OBS: Este artigo é dedicado a um grande amigo.

 


Autor: Sandra Regina da Luz Inácio


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