O Professor Pesquisador e a Educação Continuada.



As novas funções da escola e o conceito de aprendizagem se formam a partir de uma necessidade. Necessidade essa, suscitada pela pós-modernidade e todas as revoluções pelas quais a sociedade tem passado, notadamente a revolução tecnológica; o que por sua vez, exige mudanças no processo educacional que garantam a integração das pessoas à sociedade, bem como a formação continuada do professor.

Assim, naturalmente a escola deve assumir nova função, não se limitando ao mero ambiente centralizador do conhecimento, pois vivemos na era da informação e a escola já não comporta ser palco exclusivo da transmissão dos saberes acumulados ao longo da história, mas deve reformular-se como mais um ambiente propício à incorporação dos vários saberes, atitudes, valores que garantam a inserção do indivíduo nessa sociedade. Não obstante a tudo isso, é imprescindível repensarmos o papel do professor nesse contexto; seria garantia de melhor 'performance' que os profissionais da educação não se limitassem a assumir papéis de meros reprodutores dos saberes, mas que entendessem a importância de assumir postura de especialistas do ensino e também de pesquisadores, pois como detentores de sagacidade investigativa poderiam refletir com apuro e zelo técnico, conferindo à práxis docente um novo perfil, perfil este de facilitador, mediador do conhecimento e quiçá construtor de novos conhecimentos. Mas é fato a facilidade de notarmos que os profissionais da educação com o passar do tempo caminham para o desestímulo, as reclamações tornam-se constantes, concentram-se em lamuriar sobre a própria atividade ao invés de investir todo esse potencial crítico numa reflexão que auxilie no desvelamento dessa profissão, que a crítica seja reveladora da maturidade profissional, que seja capaz de verter-se em fonte de informação e formação para os futuros interessados em adentrar em tão árdua e gratificante tarefa, e que possam encontrar o estímulo necessário para a construção de uma sólida carreira profissional.

Aqui, então, mais uma vez se instaura a necessidade de pensar a formação continuada para que os professores possam, onde estejam inseridos, exercer a reflexão sobre sua práxis, num movimento de pesquisa constante que revele elaboração e reelaboração do conhecimento, garantindo assim a profissionalização de sua atividade. Dessa forma é possível atestar que a formação continuada do profissional docente é um dos elos fundamentais na reformulação do processo educacional no país.


Autor: Valter Pedro Batista


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