Foliões da Bondade



Neste tempo de folia, aproveitemos para participar do Carnaval da Bondade, da generosidade, da solidariedade, do apreço pelas criaturas humanas. Na LBV não somos contra a alegria, apenas continuamos atentos aos que padecem, porque a dor surge em qualquer ocasião. Mesmo neste período, os hospitais permanecem ocupados. Nas casas de saúde, nas prisões, quantos lamentam a separação dos entes queridos! E, nas ruas, diversos choram por negado lhes ser um teto ou, embora tendo um, faltar-lhes, às vezes, uma verdadeira afeição, o abrigo aconchegante de um sentimento benfazejo. Outros se machucam na demasia, principalmente no campo sexual. Isso é resultado de querer apartá-lo do amor, do afeto. O que tem sido um terrível golpe na alma da Humanidade. Os efeitos aí se encontram, à vista de todos, pois sexo se faz com o coração. Um dia, multidões haverão de assim compreendê-lo, e então a felicidade baterá à porta sem consumir-se logo na entrada.

Liberdade depreende temperança

Também durante o reinado de Momo, a mesa está posta por Jesus àqueles que anseiam alimentar-se do Seu Evangelho, do Seu Apocalipse e das Suas palavras por intermédio dos profetas no Antigo Testamento da Bíblia Sagrada. A ceia prossegue ofertada, como na Igreja em Laodiceia (Apocalipse, 3:14 a 22). Jesus bate, abramos-Lhe o caminho para que, com Ele, possamos usufruir o alimento e a água espirituais que nos bastarão, e nunca mais sentiremos fome nem sede do que nos faz fortes. No entanto, é preciso haver aquela fé que remove montanhas, pois na Boa Nova, segundo Marcos, 16:15, diz o Cristo ecumênico: "Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura".No versículo 14, Ele traz uma advertência antes de nos passar a Sua famosa diretiva, acima citada: "Finalmente, apareceu Jesus aos onze e censurou-lhes a incredulidade e a dureza de coração, porque não deram crédito aos que O tinham visto ressuscitado". Por isso, o Divino Mestre asseverou, durante a Sua missão entre os incrédulos que Lhe pediam mais uma prova – depois de tantas que Ele já lhes mostrara: "A vós, só um sinal será dado, o de Jonas, ou seja, o sofrimento".

Deus respeita o livre-arbítrio. Que mais deseja o ser humano senão liberdade? Contudo, ela depreende temperança, e, não, pôr a casa do vizinho abaixo. A sabedoria espiritual ensina que "a semeadura (isto é, o que concretizamos com nossas escolhas) é livre, mas a colheita, obrigatória". Do contrário, seria o reino desbragado da impunidade, que corrói países tal qual caruncho ou cupim, como vemos agora pelo mundo. Grandes estruturas se desfazem por causa da inconsequência que convoca a ação urgente da justiça perfeita, tornando melhores as nações, por força do Amor ou da aflição.

O governo da Terra começa no Céu

Quando firmada no Cristo estadista, a disposição cresce, expande-se. Ao seu labor são atraídos todos os que têm algo a oferecer, porquanto se acham na faixa acertada, que nos convida à sintonia com o Mundo Espiritual elevado. De lá nos vêm as intuições benéficas para a vida em sociedade. Os amigos do plano ainda invisível, os Anjos da Guarda, não esperam ser apenas meros acompanhantes, mas, sim, copartícipes realizadores.

Em 11 de julho de 1991, escrevi aos meus companheiros e amigos de trabalho: Toda estrutura administrativa que não estiver calcada num arcabouço doutrinário espiritual, moral, solidário, tornar-se-á ruína, porque chegará ao fim o domínio do erro e da voracidade, isto é, do atraso advindo do despreparo a respeito das coisas do Espírito.

A Humanidade caminha para o seu belo destino. Todavia, primeiro, tem de descobrir e convencer-se de que o governo da Terra começa no Céu. Os homens já não falam, por meio da física, na existência de universos paralelos? Trata-se de expressivo avanço. Porém, a nossa capacidade de raciocínio até agora não alcançou toda a envergadura que o intelecto lhe promete. Como nos podemos julgar cientes de tudo no Cosmos? Muita pretensão de nossa parte, não concordam vocês? O Ser Humano ainda vive a perspectiva de conhecimento. Logo, um pensador não deve afirmar que algo seja irrealizável ou não exista. O velho Victor Hugo, gosto de repetir-lhes, afiançava: "Aqueles que dizem que uma coisa é impossível tacitamente se colocam ao lado dos que vão perder".

Portanto, negar a priori a realidade do Mundo dos Espíritos é um equívoco. O que isso tem a ver com o carnaval?! Tudo! Esclarecidos sobre os assuntos relativos à nossa essência eterna, a diversão sadia e solidária norteará o comportamento dos novos foliões da Bondade.

Exemplo de fortaleza

Recebi a notícia da alta hospitalar do vice-presidente da República, José Alencar. Considero-o um homem notável. A luta que mantém pela saúde é um exemplo de fortaleza, e não somente para os que sofrem.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

[email protected] — www.boavontade.com
Autor: Paiva Netto


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