PRISIONEIROS DE DEUS



"...Pois o que é chamado pelo SENHOR, sendo escravo, é liberto do SENHOR." (I Coríntios 7:22)

Li a história de vida de um bandido que se converteu a Cristo Jesus lendo a Bíblia recebida numa prisão americana.

A história conta que sobre esse homem, de nome Teddy Green, pesavam grandes culpas. Ele era assaltante de bancos e ladrão de automóveis que, um dia, cansado da monotonia dos dias que vivia como prisioneiro, estando diante de um sacerdote que passava pelo local, decidiu aproveitar melhor o seu tempo.

Então, naquela oportunidade, solicitou ao sacerdote que lhe emprestasse algumas revistas de fotonovelas, aceitando a oferta do sacerdote de ter uma Bíblia ao invés da fotonovela, haja vista ser somente aquele o livro de que o sacerdote dispunha para si mesmo e para ofertar a outras pessoas.

Teddy, algum tempo depois de ter recebido o livro que não gostou de receber, vendo-se mais entediado ainda com a lentidão dos dias, decidiu começar sua leitura. Com isso, sua vida mudou literalmente.

- Ele foi transferido do calabouço, ou solitária, local para o qual foi
designado em razão de seu grau de periculosidade;

- Ele se tornou amigo do Diretor da prisão; e

- Se tornou um influenciador de condutas naquele lugar, ensinando aos outros presos àquilo que ele havia aprendido com a Bíblia:

1. - A respeitar o direito do próximo
(voluntariamente tornando-se um ex-ladrão, um ex-transgressor de leis...).
2. - A amar a Deus acima de qualquer coisa
(mesmo com a perspectiva de ter que concluir os melhores dias de sua vida encarcerado, cumprindo a sua justa sentença).
3. - A desfrutar corretamente de todo o bem que somente Deus, com as Suas leis, pode proporcionar ao ser humano (contentando-se com o que tinha, vivendo um dia de cada vez, sem a amargura e a ansiedade peculiares à ganância e desenfreada busca pelo prazer, ainda que temporário, a que a humanidade, quando se rebelou contra os cuidados de Deus, se lançou).

O ESCRAVO ONÉSIMO
A Bíblia relata uma parte da história de vida de um homem de nome Onésimo, que era escravo de um outro homem, este, de nome Filemon.

A narrativa bíblica nos dá conta de que Onésimo, por alguma razão, talvez descontentamento com o tratamento recebido da parte de seu senhor, fugiu de onde estava e, por obra e providência de Deus, acabou conhecendo e sendo tratado por Paulo, o apóstolo de Deus.

O TRABALHO DE PAULO COM ONÉSIMO E FILEMON
Mostra-nos a Bíblia que, feito um Diplomata, o apóstolo Paulo se dedicou a tratar da ovelha de nome Onésimo. Isto depois de ter, direta ou indiretamente, como privilegiado, proclamado o Evangelho de Deus à ovelha Filemon, ao qual escreve uma linda carta na qual ressalta os valores e princípios bíblicos que precisariam ser colocados em prática logo que Filemon e Onésimo estivessem face a face.

Paulo conhecia a Lei que versava sobre o assunto. E, na perspectiva dessa Lei, tratou de escrever a Filemon, pedindo-lhe, em nome do Jesus Cristo no qual Filemon passara a crer, que recebesse Onésimo de volta - o que seria bem natural; afinal, Filemon era proprietário de Onésimo, escravo do qual, agora, a partir da correspondência de Paulo, tinha conhecimento do paradeiro depois da fuga.

Só que a cartinha de Paulo não era apenas pedindo o recebimento de Onésimo, mas que, ele, Filemon, como nova criatura, desse perante a Onésimo, convertido a Cristo mais recentemente do que Filemon, um testemunho de convertido de fato.

"... Dou graças ao meu Deus, lembrando-me, sempre, de ti nas minhas orações, estando ciente do teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e todos os santos, para que a comunicação da tua fé seja eficaz no pleno conhecimento de todo o bem que há em nós para com Cristo Jesus." (versos 4 a 6)

Quando o apóstolo Paulo se dirige a Filemon com tais palavras (bem como com todas as demais, registradas na carta de poucas e preciosas linhas, ou melhor, 25 versículos), através das quais manifesta a sua responsabilidade como pregador e apóstolo, diante de Deus e de toda a comunidade que ele mesmo havia ajudado a formar -, o tom é de grande preocupação com o coração de Filemon:

- Se ele, Filemon, teria compreendido bem todo o ensinamento obtido com as Escrituras Sagradas, ensinadas por Paulo; e
- Se ele, Filemon, havia compreendido o objetivo das Escrituras.

O QUE PAULO QUERIA DIZER A FILEMON
Era que, apesar de todo o direito que Filemon pudesse julgar ter, ou ter de fato, com relação a Onésimo, havia entre eles, ou deveria haver, a figura de Cristo Jesus, pregado, ensinado e lembrado a cada encontro entre Paulo e seus discípulos - entre os quais se contava Filemon.

Assim, Filemon deveria dar continuidade à obra que Jesus havia iniciado na vida de Onésimo - e isso incluía não puni-lo, mas colocar-se, ele, Filemon, agora "irmão" de Onésimo, na mesma condição que Jesus Se colocou diante dos discípulos, quando decidiu lavar-lhes os pés, pela condição de igualdade que deveriam os discípulos se colocar, se verem e se apresentarem quando se relacionassem com as demais pessoas.

APESAR DE SER QUEM ERA, JESUS SE HUMILHOU
Perante os discípulos.
 
A fim de dar exemplo, conforme Ele mesmo declara naquela ocasião e evento.

Onésimo tinha culpa? Certamente que sim. Era escravo. Havia fugido.

Porém, a posição de Filemon agora, segundo a visão de Paulo, manifesta em sua carta, era de superioridade espiritual - mas não àquela que os discípulos de Jesus um dia creram ser a verdadeira, quando perguntaram ao Salvador se Ele queria que eles fizessem descer fogo dos céus para consumir os samaritanos que não O quiseram receber (conf. Lucas 9:51 a 56).

"NÃO SABEIS DE QUE ESPÍRITO SOIS"
Foi a resposta que Jesus deu aos discípulos que, diante dEle, sucumbiram, ruborizados com o furo - numa ocasião certamente anterior àquela em que o Mestre dava ensinamento de humildade e valorização.

O final da carta de Paulo a Filemon não nos apresenta a conseqüência de sua escrita. Se Filemon entendeu. Se Filemon praticou. Se Filemon se recordou de tudo o que havia ouvido e lido da parte de Deus.

Também não se sabe, por àquela correspondência de um dos mais incríveis homens de Deus, qual terá sido a disposição de Onésimo. Se de não mais fugir de suas responsabilidades. Se de, apesar de escravo, adotar os valores cujo ensinamento começou com o apóstolo Paulo e teria continuidade ou terminaria com Filemon.

DEUS: AUTOR INTELECTUAL DE TODO O BEM
Imagina-se, entretanto, que tendo sido Deus o autor intelectual daquela carta de Paulo, e considerando-se que a mesma fazia parte de seu trabalho como Diplomata, Servo e Homem de Deus, o resultado foi:

- Onésimo prosseguiu como escravo; porém não superdimensionando essa sua condição, a ponto de recusar-se a crescer mesmo nessa condição (tornando-se, quem sabe, um escravo influente entre os demais escravos - senão os de propriedade de Filemon, também os demais com os quais tinha contato);

- Filemon prosseguiu como senhor de um escravo; porém não superdimensionando essa sua condição, a ponto de recusar-se a crescer além do que lhe deveria ser considerado peculiar, necessário, urgente e natural, em face da sua condição (tornando-se, quem sabe, um senhor influente entre os muitos senhores de sua convivência, dando exemplo a ser seguido).

DEVEMOS NOS COLOCAR DIANTE DA BÍBLIA COMO ALUNOS
Pois Ela nos ensina o dia-a-dia. Mesmo quando estamos na condição que nos faculta o direito de pensar que não precisamos do que Ela nos oferece, que é o ensino para o dia-a-dia.

FINAL DA HISTÓRIA DE TEDDY GREEN
O prisioneiro americano saiu da prisão, depois de cumprida a sua sentença, e, por Deus guiado, descobriu sua vocação para as vendas, tornando-se um próspero vendedor de automóveis da marca Ford.

E, por isso, graças à Bíblia, e em gratidão a Ela, passou a ser um dos mais ilustres prisioneiros de Deus.

Que isto aconteça comigo e também com você, querido(a) leitor(a), em nome de Jesus!

E QUE A BÍBLIA LHE ENSINE, E A MIM, E FAÇA PROSPERAR NA VIDA
Assim como aconteceu com Filemon, Onésimo, Teddy Green e a outros tantos que se permitiram ser por Deus ensinados, para, então, em nome dEle, passarem a ensinar às tantas milhares de pessoas que vivem neste mundo perdidas, sem saberem o que ser e fazer na vida.

Sônia Fiúza
www.soniafiuza.com
"...Nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus." (I Coríntios 3:9)


Autor: Sônia Fiúza


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