Sonhos Engavetados



Título: Sonhos Engavetados

Sub-título: Deformação na sociedade

Resumo: Com a constante modernização, a preocupação da educação em formar cada vez mais cedo "bons profissionais" para atender ao mercado de trabalho, e o uso da tecnologia em todos os setores do mesmo mercado de trabalho, é possível prever que cada vez menos gente precisará trabalhar para garantir os níveis de produção necessários para o bem estar geral da sociedade mundial. Assim como é possível vislumbrar o panorama de uma estatística crescente de profissionais desocupados hoje, e que infelizmente aumenta a cada notícia sobre a crise econômica explodindo em todos os lugares, pode-se entender como os sonhos estão sendo adiados... e por isso engavetados....

Conteúdo: A crescente desocupação e as intermináveis demissões causadas pela "CRISE" econômica têm sido vista como resposta aos sonhos desfeitos de uma geração inteira de profissionais muito bem preparados, desde a infância.

É impressionante observar como as escolas estão oferecendo cada dia mais cedo, a educação formal para as crianças que não tem mais tempo de brincar. As propagandas apresentam um plano completo de ensino de outras línguas para crianças a partir de "2"anos de idade, isto é um grande equívoco.

O foco da educação deveria ser a formação de pessoas socialmente integradas, úteis e com senso de cidadania bem apurados, sendo responsáveis por si mesmas e respeitando seus semelhantes. Gerindo a si e proporcionando o outro a si gerir também. A educação forma pessoas prontas para a competição e para vencer na vida econômica, sendo como consequência a vitória em outros setores da vida, por causa da vitória econômica.

A educação não é passada para a criança de maneira que a possibilite sonhar, mas a ensina a competir e a se tornar insensível, apenas prática. Ensina uma realidade deformada, sem cidadãos idealizadores, sem pessoas sonhadoras, sem gentileza, sem polidez, sem pessoas felizes, somente preocupadas em vencer e competir mais para vencer mais. E por que a crise?

A palavra "crise" tem sido vista como a epidemia da dengue: toda a população sabe que existe, e põe tempo nisso; sabe onde encontrar a causa, mas não sabe como combatê-la, ou pelo menos não se viu o comprometimento de todos os níveis da sociedade envolvida nesta batalha.

Os empresários com sua liquidez prejudicada por causa de tantos encargos trabalhistas se vêem obrigados a demitir; profissionais desalentados e desamparados são demitidos, sendo obrigados a encaixotar seus planos de estabilização financeira, de formação de vínculos, adiando a consolidação de seus sonhos.

O poder público apresentando representantes do povo, que dilaceram o patrimônio ou os direitos da população. Exibem mansões, castelos que não foram citados nas declarações do Imposto de Renda, sonegando informações ao Fisco Federal, e enganando os incautos.

Muitos destes representantes do povo, além de deter um cargo político e receber bons salários para "ajudar o povo", também muitos são sócios e participantes de lucros de empresas particulares, as quais demitem os trabalhadores, alegando como causa a "crise".

Os empregadores envolvidos em suas necessidades, mas não se envolvendo com a necessidade da população, por isso não se adaptam às realidades dinâmicas da sociedade como prioridades de relacionamento de mercado com as necessidades do cidadão, buscando a capacitação constante dos empregados, a melhoria de qualidade de vida da comunidade, pois muitas vezes a razão da existência de uma empresa é a verdadeira necessidade de uma população.

Os empregados deixam de sonhar muito cedo, as necessidades passam a ser banalizadas, e a vontade política continua voltada para os interesses de poucos, em detrimento de muita gente.

Os sonhos são engavetados e muitas vezes são lacrados pra não voltarem do inconsciente que insiste em perturbar uma sociedade tão sofrida e tão deformada que impõe a competição desenfreada e perniciosa em nome de grandes vitórias. De quem????


Autor: Alina Campos Tomaz Teixeira


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