FALANDO EM AMOR...



E o dia está cinza apesar do brilho quente do sol com o qual o Senhor Deus nos abençoa, neste DIA INTERNACIONAL DA MULHER onde tantas homenagens lhes são estendidas. A mulher que é fruto do amor divino. Sim, Deus ama imensamente a mulher e com tal intensidade que fez dela a mãe viva do Salvador, do Deus feito homem, Seu filho Jesus Cristo.

Hoje, neste dia que a ela foi consagrado, eu, como uma das tantas Marias, não pelo nome mas por ser uma representante do sexo feminino, apesar de muito amada pelo Senhor Deus, me sinto ultrajada por seus representantes na terra. Ultrajada como filha, mãe, companheira, profissional e especificamente como cristã que sou, praticante, uma serva do Senhor, pautada numa educação familiar de princípios religiosos.

Hoje eu não consigo falar do amor, quando o amor está sendo pisoteado, espezinhado por homens que, em nome das leis de Deus matam a alma de uma inocente que ainda nem sabe o que é viver, assassinam o sorriso do desabrochar de uma mulher na criança que condenam. Uma criança que foi vilipendiada por algo que se diz HOMEM, tendo suas tenras carnes rompidas pela imundície exposta de um verme rastejante que estava na função de seu pai.

A natureza fez com que esta criança, um pouco mais desenvolvida, já tivesse condições biológicas de engravidar e infelizmente isto ocorreu.

E esse verme a ser punido pelas leis penais é absolvido pelas leis do Código Canônico, este, que deveria ser a mais pura das leis por ser feito pelos representantes de Deus. Um Deus vivo, que é amor, misericórdia e perdão. Mas estas leis dão a um homem o direito e a autoridade de EXCUMUNGAR um médico e uma mãe por lutarem pela vida. Pasmo, paro e lembro das palavras do Mestre: “Deixai vir a mim as criancinhas e não as impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas. Em verdade vos declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.”(Lucas 18, 16-17)

Teria o Senhor Jesus condenado a mãe da criança, o corpo médico por terem optado pela vida, por terem defendido o direito de viver daquela criança¿ Uma criança que os homens agora a transformam em Madalena, de vítima a culpada.

Essa atitude da igreja também não é uma atitude criminosa¿ Não estão assassinando a alegria de uma vida que se inicia, obrigando a esta criança carregar consigo, por toda sua existência, o maltrato sofrido, o repúdio ao próprio corpo, o ultraje, humilhação e vergonha e como se não bastasse, o banir da igreja que , de certo deveria ser o seu amparo e seu socorro.

Não, hoje eu não tenho motivos para estar feliz porque a mulher ainda sofre abusos e absurdos no corpo, na mente, na alma e no coração.

Continuo pensando e novamente recorro as Escrituras que não me deixam esquecer que Jesus Cristo foi condenado à crucificação pelos anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas. E quando Pilatos quis intervir por não ter encontrado crime em Jesus, esse grupo instigou o povo a gritar:”CRUCIFICA-O!” Pilatos absolvendo Barrabás, o cruel criminoso e salteador,entregou Jesus à vontade das bestas humanas. Se Cristo hoje estivesse na mesma situação real, daquele momento, morreria a dentadas!
Autor: Maria do Carmo Costa


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