Livro Infantil - (Re)vendo leitores, conceitos e caracterizações



(Re)pensando o conceito e o leitor de livro infantil

Inicialmente temos a idéia de que todas as pessoas já sabem conceituar a literatura infantil. Mas antes de adentrarmos ao conceito gostaríamos de formular alguns questionamentos: é correto engessar a literatura em "literatura para crianças", "literatura para adultos", "literatura para idosos", "literatura para negros" e assim por diante? É plausível dizer que um livro determina seu público? É coerente afirmar que por possuir o adjetivo "infantil", tal literatura é condizente com as necessidades psicolinguísticas da criança?

Considerando estas indagações observamos que uma pergunta maior se formula: quem é o leitor de literatura infantil? Para Cademartori (1995, p.82) leitor e texto ligam-se na medida em que o texto se apresenta como uma organização simbólica com uma função representativa que se cumpre no leitor. E este leitor é um sujeito permeado de vazios constitutivos que apenas encontram preenchimento por meio da sua possibilidade imaginativa.

Desta forma percebemos que se faz significativo pensar no leitor da literatura infantil e buscar mais informações sobre ele, pois é somente através dele que os textos, de qualquer gênero, ganham sentidos.

Para tal reflexão buscamos, entre outros, a obra do teórico da literatura Antoine Compagnon (1999, p.142-158). Ele nos aponta possíveis significados sobre o leitor e conseqüentemente nos leva a importantes reflexões. Inicialmente o autor nos esclarece que a discussão levantada quer se ligue ao leitor ou ao texto, já é bastante comum ao meio dos estudos literários. E baseando-se nas idéias de Proust, Compagnon afirma que a leitura se liga diretamente com a empatia, projeção, identificação do leitor e que o livro controla muito pouco o seu leitor, pois este ao ler compreende mais a si mesmo do que ao próprio livro. O autor diz ainda que existe uma liberdade para o leitor "ler" o texto, e a medida desta liberdade quem determina é o próprio leitor.

Além disso, Compagnon aponta que a estética da recepção contribui para pensarmos o modo como a obra afeta o leitor. Para essa teoria, o leitor apresenta-se ao texto com suas normas e valores e esses vão sendo modificados pela experiência da leitura. Ao ler o leitor reforma e reinterpreta o que já leu no decorrer do texto e de todos os outros textos já lidos em sua vida, garantindo uma significação totalizante à sua experiência.

Em vista disso, nos remetemos para a significação da experiência, ou seja, para o sentido que atribuímos a um texto ao lermos, algo que já preexiste à leitura e se faz de forma empática, pois, o texto instrui e o leitor constrói.

Algo importante a ser também destacado na busca de significações para a literatura infantil e seu público é o conceito de "leitor implícito" e "autor implícito", este corresponde a uma "voz" do autor que tenta controlar o leitor, mas o leitor é livre para seguir ou não esta "voz" que porta as idéias do autor. Já "leitor implícito" é uma construção textual que corresponde às instruções do "autor implícito" junto ao texto, isto é, ele é um receptor pré-definido. Mas se difere do "leitor real", pois enquanto o "leitor implícito" propõe um modelo para se seguido, o "leitor real" compõe sentidos ao texto ora seguindo o que foi proposto pelo "autor implícito", ora completando lacunas, ora buscando outros caminhos não previstos (COMPAGNON, 1999, p.150-151).

Se pensarmos nas idéias acima e relacionarmos com a literatura infantil, poderíamos supor que o autor implícito[1] do livro infantil compõe seu leitor implícito[2], que seria a criança dotada de uma cognição suficiente para entender e interpretar o livro, mas ela não corresponde ao "leitor real", e quem dá sentido ao texto não é o "leitor implícito" e sim o "leitor real". Logo se entende que o livro inicialmente se dirige à criança, porém esse "controle" é impraticável, pois nunca se sabe quem irá significar um texto; pode ser uma criança, um adulto, um idoso e assim por diante.

Outro aspecto se torna relevante abordar: o repertório do leitor. Para Iser (citado em COMPAGNON, 1999, p.152), este repertório corresponde à bagagem do leitor, isto é ao conjunto de histórias, conceitos, valores, normas sociais, cultura e tudo mais que o leitor traz consigo ao ler. Este repertório, no ato da leitura, é reorganizado, revisto e desfamiliarizado pelo texto.

Entendemos então que, para que isso aconteça o leitor necessita, no mínimo, uma cognição suficiente capaz de acompanhar o texto e significá-lo. E aí se dá mais uma importante idéia em relação ao livro infantil; devido às fases de desenvolvimento psicolingüístico da criança, possivelmente, ela ainda não é capaz de ler e atribuir sentidos a um texto dito "para adultos". Mas o adulto pode e consegue atribuir sentidos ao texto tido como "infantil". Sendo assim: o adjetivo "infantil" se refere aos livros que adultos e crianças podem ler. Ao passo que os demais gêneros não podem ser compartilhados por um público tão vasto.

Desta forma, tendo em vista as idéias expostas, podemos retomar as indagações feitas acima afirmando que o termo "literatura infantil" é possível de ser usado na medida em que pensemos que ele pode trazer significados a um variado tipo de público, tanto o infantil, quanto o adulto. Sendo assim o "livro infantil" não determina seu público, pois este foge ao conceito de "leitor implícito" e quem o lê é o "leitor real". Quaisquer textos literários, inclusive os livros infantis, passam pelo processo de produzir uma comunicação adicional e não prevista pelo autor. Desta forma os livros infantis podem se adequar a qualquer leitor, de qualquer idade desde que esteja disposto a atribuir-lhes significados.

A literatura infantil se configura então comoum conjunto de manifestações e de atividade que tem como a base a palavra artística e/ ou a ilustração artística que interessa à criança, ou a quaisquer outros receptores. O meio de interesse, provocado no receptor, está no aspecto de liberdade e na aceitação voluntária de elementos que, também, usará livremente para a construção de sua própria consciência.

Contudo, é plausível dizer que o livro infantil, através de sua linguagem elaborada, e de seu suporte físico[3] é aquele que se ajusta melhor às necessidades psicolingüísticas da criança, pois ele é o mais adequado a fazê-la conhecer as normas ou a poética advinda do gênero, pode levá-la ainda a fazer uma relação implícita com outras leituras conhecidas do contexto histórico-literário e estabelecer comparações e identificações entre ficção e realidade. Ao passo que em obras que não são "infantis" esses apontamentos não seriam possíveis devido a formação intelectual e cognitiva da criança.

Jauss pondera que:

(...) obra que surge não se apresenta como novidade absoluta num espaço vazio, mas, por intermédio de avisos, sinais visíveis e invisíveis, traços familiares ou indicações ou indicações implícitas, predispõe seu público para recebê-la de uma maneira bastante definida. Ela desperta a lembrança do já lido, enseja logo de início expectativas quanto a "meio e fim", conduz o leitor a determinada postura emocional e, com tudo isso, antecipa um horizonte geral da compreensão vinculado, ao qual se pode, então – e não antes disso - , colocar a questão acerca da de subjetividade da interpretação e do gosto dos diversos leitores ou camadas de leitores (JAUSS, 1994, p.28).

Observamos com desconfiança os conceitos "literatura infantil" e "livro infantil", mas com o apoio da estética da recepção, exaltamos a importância do leitor na reelaboração do significado do texto e destacamos a afetiva participação do mesmo na imputação de significados durante o momento de leitura. Esta orientação serviu para constatar que os referidos termos podem e devem ser usados, mas com a consciência que o sujeito receptor não tem idade, ou que todos os leitores, romanticamente, trazem uma criança dentro de si.

A caracterização do livro infantil como obra literária

O mundo estabelecido pelo literário é convocação que transforma e converte a fantasia em realidade. A literatura é princípio mágico e inaugural que se revela em cada personagem, cada palavra e cada sentir. Mundo em desdobramento do eu para o outro: espaço clandestino que faz parte de uma transgressão que salva porque propõe caminhos para a ampliação de uma visão de mundo, por conseguinte itinerários do sonho, da luta, da fé, da dor-amor, enfim da vida e da alma (CAVALCANTI, 2002, p.17-18).

O grande objetivo desde tópico é refletir sobre o caráter literário do livro infantil, e seguindo os passos de André Mendes (2007), tomar também o termo "literário" como artístico.

Inicialmente, observamos que foi Aristóteles em sua Poética (COMPAGNON, 1999, p.30) que levantou a polêmica sobre qual nome deveria ser dado àquela arte que se apresentava em prosa, versos, diálogos (exatamente os gêneros: épico, lírico e dramático). Mas o termo "literatura", tal qual compreendemos, é novo, e só foi datado no início do século XIX, antes disso era usado para conceituar as inscrições, as escrituras, a erudição e assim por diante.

Em latim, litteratura vem de littera que significa 'letra do alfabeto'. O referido termo foi mudando de acordo com os contextos e as culturas, por exemplo: no século XIV literato era o indivíduo de sabedoria, ciências e letras, no Renascimento o termo caracterizava a pessoa como culta (FORTINI, 1989, p.177), na idéia clássica literatura correspondia a todos os livros que havia na biblioteca, não somente a ficção, mas também de filosofia, ciências. Na concepção romântica, literatura era tudo o que os cânones escreviam, excluindo todo o resto (COMPAGNON, 1999, p. 31-33).

O que observamos é que à medida que aparecem novas obras e novas modalidades ficcionais, aqui destacamos os livros infantis, rearranja-se o conceito de literatura, além de modificar também o valor das obras. No século XX, o romance, a poesia lírica, o poema em prosa que antes estavam em baixa, se elevaram, e nesta fase também se coroaram os livros infantis e as histórias em quadrinhos. Na contemporaneidade, vê-se que o conceito de literatura é muito vasto, vai dos consagrados clássicos até os livros para crianças. E muitas vezes na busca de elevar o caráter literário de algumas obras, busca-se caracterizá-lo não pela teoria literária, mas pela sociologia, pela psicologia, pela pedagogia. Desta forma a conceitualização de uma obra literária se torna extraliterária, ou seja, vai além da literatura.

Além disso, o conceito de "literário" traz em sua definição a idéia de que para ser realmente "literária" a obra deverá desempenhar algumas funções tais como: a possibilidade de autoconhecimento, sair do individualismo e atravessar o outro e ser uma fortaleza contra a barbárie (COMPAGNON, 1999, p.36). E a literatura infantil desempenhou e desempenha ao longo de seu processo histórico as referidas funções, aqui destacamos a última citada, pois a literatura infantil muitas vezes se mostra de acordo com a sociedade, com os ditames sociais, acompanhando o movimento, mas há momentos em que há um desacordo e ela se torna vanguardista, indo além do movimento social vigente.

Além disso, a literatura infantil caracteriza-se por sua opacidade, é conotativa, complexa, faz uso do imaginário, da função estética e poética, "extrapola, sem fim prático, o material lingüístico" (COMPAGNON, 1999, p.40), produz uma pluralidade nas atitudes comunicativas, "nunca acaba de falar, e não nos dá uma verdade última" (FORTINI, 1989, p.192). Produz também uma rede metafórica que se faz presente no texto escrito, na ilustração, e no entrelugar híbrido da junção das linguagens.

Para os formalistas russos, a propriedade de diferenciar um texto como literário está em distinguir sua literariedade, e ela se concretiza no estranhamento, no desarranjo das formas comuns de percepção (COMPAGNON, 1999, p.40-41) e nas relações 'culturais' da escrita /leitura ou de escritor /leitor (FORTINI, 1989, p.182). O que nos leva a pensar que a literatura infantil na contemporaneidade pode não ser o objeto e sim a relação do objeto como o indivíduo.

Entretanto, a grande questão aqui é como definir a literalidade do livro infantil. Algumas soluções já foram apontadas, uma delas foi reconhecer a referida linguagem como polissêmica, outra é que pode ela trazer ao leitor possibilidades novas de sentido desestabilizando e reestruturando suas verdades (UMBERTO ECO, In: AGUIAR, 1999, p.242). Mas, estes apontamentos são válidos não só para a literatura infantil, mas para outros gêneros também. Logo, o que torna sua literalidade específica para a literatura infantil, é que ela inicialmente se define a partir do seu destinatário, o leitor implícito: a criança. Desta forma, a multiplicidade de linguagens, verbais e visuais se colocam como meios de sentido, trabalhando a possibilidade de escolhas segundo a percepção do leitor.

Num outro ponto de vista, o autor André Mendes (2007) extrapola o conceito de literatura para o livro infantil e o aponta como objeto artístico, para ele, objeto artístico é aquele que, em contato com um determinado sujeito, é capaz de levá-lo a estranhar o familiar, retirando-o do seu centro de certeza, do seu equilíbrio cognitivo, momentaneamente ou não, e a desafiar sua herança cultural. Além disso, André Mendes (2007, p.22) pondera que a partir da fruição da obra, o sujeito pode ser movido, no mesmo momento ou a posteriori, a inventar novos conceitos e a rever os antigos, atualizando sua subjetividade. Deste modo, o referido autor entende que o objeto artístico seria aquele que, na analogia com um sujeito, acende nele o sentimento estético denominado estranhamento. Tal qual abordado pelos teóricos acima para definir a literatura.

Nos estudos do autor notamos que os conceitos apontados em relação à arte e objeto artístico (MENDES, 2007, p. 22) se apartam da visão aguerrida e egoísta da arte como produto da aspiração e da determinação de um gênio individual, trocando-a por uma idéia muito mais ponderada e humilde, pois dessa forma, a arte se apresenta como a conseqüência de uma complexa influência mútua de motivações, determinações e acidentes, como um experimento dialógico, que coloca cada indivíduo, criador ou público, numa afinidade fecunda, com várias outras subjetividades e forças construtivas.

Assim, o objeto artístico no caso o livro infantil,corresponderia, deste modo, a uma virtualidade que careceria ser adicionada, ou seja: ao número limitado de signos escolhidos pelo artista se adicionaria o signo advindo da subjetividade do leitor, existindo a probabilidade de novas combinações sígnicas a cada leitura. Ao argumentarmos que o artístico se determina numa relação entre objeto e sujeito, não é de surpreender que a apreciação de um objeto artístico se modifique de acordo com uma série de fatores, entre os quais vale a pena apontar a questão do local, a opinião e o contexto histórico. O localonde está presente ou onde é conduzido um objeto artístico costuma ter muita relevância, também como o julgamento que um certo grupo sociocultural tem a respeito desse objeto, ou até mesmo a propósito do artista que o produziu. O tempo também modifica a interpretação dos leitores, não apenas o tempo de apreciação destinado a uma obra, que é cada vez menor, como também o tempo histórico, o contexto (MENDES, 2007, p.23).

Deste modo, embora o livro infantil como objeto artístico se dê numa relação, ou seja, se os leitores quiserem interpretar seus significados, ele é dono de um potencial interpretativo que está na sua materialidade (MENDES, 2007, p.23).Desta forma, o livro infantil não se traduz num conceito fechado, numa veracidade imposta por uma determinada linha de raciocínio. O referido objeto artístico se apresenta para uma experimentação integral do pensamento e da imaginação, como uma ação viva que se transforma sempre, que se adequa em função do contexto. O livro infantil oferece uma fórmula polifônica por meio de suas bifurcações, de suas proposições múltiplas e das tramas instáveis e transitórias entre suas partes (MENDES, 2007, p.28).

Considerações Finais

No livro infantil, o autor e ilustrador delegam voz a figuras que se representam como seres reais ou imaginários e inseridas em situações reais ou imaginárias, numa encenação em que o leitor entra por meio de um pacto de verossimilhança, cabendo-lhe marcar o texto com seu olhar. Ao convocar seu "horizonte de expectativa", combinação de experiência, leituras, informações e fantasias, o texto permite, ao sujeito que se apropria, a possibilidade de reorganizá-lo e reescrevê-lo.

Desta forma, no plano da recepção, o leitor reinventa, altera, muda um livro infantil. Formata o discurso, distorcendo sentidos e atribuindo novos. Um texto está sujeito à construção de múltiplos sentidos, por meio da leitura (PESAVENTO, 2004, p.61). E escapa completamente ao controle ou previsões significativas do livro infantil, submetendo-o a desvios semânticos e imprevistos pragmáticos. As formas de apropriações dos livros pelo leitor indicam a consciência de que a possibilidade de leitura se dá por um processo de aprendizado particular, de que resultam competências muito diferentes. Cada leitor, a partir de suas próprias referências, individuais ou sociais, históricas ou existenciais, dá um sentido mais ou menos singular ou compartilhado, aos textos de que se apropria (CHARTIER, 1999 p.12, 13 e 20).

Nessa linha enfatizamos o processo de leitura do livro infantil não somente como uma operação abstrata intelectual, ela é uma inscrição num espaço, uma relação consigo e com os outros. Quer se trate de um gibi ou de Clarice Lispector, o texto só tem sentido graças a seus leitores; transforma-se juntamente com eles, direcionam conforme as percepções que lhe escapam. O texto se faz texto somente no diálogo e do jogo com o leitor:"que organiza um espaço legível (uma literalidade) e a que organiza uma démarche necessária para a efetuação da obra (uma leitura)"(CERTEAU, 2003, p.266).

Referências Bibliográficas

AGUIAR, Vera Teixeira de. Era uma vez...na escola: formando educadores para formar leitores [et.al]. Belo Horizonte: Formato Editorial, 2001.- (Educador em Formação).

CADEMARTORI, Ligia. O que é literatura infantil. São Paulo: Brasiliense, 1995.

CAVALCANTE, Joana [et.al]. Literatura Infanto-Juvenil e seus Caminhos.São Paulo: Paulus, 2002.

CERTEAU, Michel de. A invenção do cotidiano:1.artes de fazer/ Trad.Epharaim Ferreira Alves._Petrópolis,RJ:Vozes,1994

CHARTIER, Roger. A ordem dos livros. Brasília:Universidade de Brasília,1999.

COMPAGNON, Antoine. O Demônio da Teoria: Literatura e Senso Comum/ Tradução de Cleonice Paes Barreto Mourão.-Belo Horizonte: Ed.UFMG, 1999.

FORTINI, F. Literatura. In: Enciclopédia Einaud. Lisboa: Imprensa Nacional/ Casa da Moeda, 1987.v.17.p.176-199.

JAUSS, Robert Hans. A História da Literatura como Provocação à Teoria Literária. São Paulo: Ática, 1994. [trad.Maria Lúcia Pinho]

LINS,Guto. Livro Infantil?.São Paulo:Rosari,2002.

MENDES,André .O amor e o diabo em Ângela Lago. A complexidade do objeto artístico. Belo Horizonte: UFMG, 2007.

PESAVENTO, Sandra Jatahy. História & História Cultural. 2ªed. Belo Horizonte:Autêntica,2004.




Autor: Alessandra Fonseca de Morais


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