Minha Sugestão de Leitura sobre TDAH



FERNÁNDEZ, Alicia. A sociedade Hipercinética e Desatenta Medica o Que Produz. In: FERNANDEZ, Alicia. Os idiomas do Aprendente: análise das modalidades ensinantes com famílias, escolas e meios de comunicação. 1. ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2001. Cap. 16, p. 203-219.

Resumo

A autora aborda a temática do uso indiscriminado do medicamento Ritalina em crianças e adolescentes que são diagnosticados com DDA/H, a partir dos relatos da família que traz como queixa comportamentos de desatenção e inquietude dentro da sala de aula. Levanta questionamento sobre a real necessidade desta droga legalizada e sobre os argumentos utilizados, pelos médicos, para fundamentar o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Para tal, faz análise dos modos de aprender humanos, do conceito de atenção e atividade e dos valores da sociedade de hoje. Sociedade esta, que vê o sujeito como um ser somente orgânico, ignorando e negando o indivíduo único e singular; acarretando num tratamento generalizado e impessoal, o que acaba por resultar na preferência, pelo sujeito,da medicação para atenuar a dor psíquicaa dialogar sobre suas angústias. Esta realidade é explicada através do parecer de seu colega Jorge Gonçalves da Cruz que faz análise histórica do papel do médico justificando porque a medicina vê o paciente desta forma e o que está por trás do grande crescimento da indústria farmacêutica que, por vezes, cria o remédio, depois a doença. Em seguida, nos revela sua análise sobre o DSM IV, concluindo que não há justificativas plausíveis para o diagnóstico DDA/H. E fazendo um paralelo com a exigência da escola sobre a manutenção da atenção do aluno e apoiando-se na concepção de atenção flutuante utilizada por Freud, a autora nos atenta para os múltiplos focos e as diversas situações que o aluno dirige sua atenção hoje. Propõe, então, uma reflexão sobre a posição do psicopedagogo, diante da atenção e da hiperatividade, alertando-nos para a questão do rótulo nas crianças diagnosticadas com DDA/H, que apresentam os sintomas como uma forma de apontar que não estão bem para a família e para a escola, entretanto não possuem tal transtorno, assim sendo não necessitam do instrumento medicamentoso.


Autor: Daniela Ruiz de Mendonça


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