Presságio



Presságio

 

 

Você, um pressagio bom

Agora pouco o céu estava turvo

Mas ficou em mim a marca do batom

Se te vejo, eu me curvo

 

Se te como, tens sabor de bombom

Se te lembro rio e choro

Tua química, o desejo, nosso tom

Se estas triste, te levo onde moro

 

Se esta frio deito e rolo

Mais se for quente, mim derreto

Se chover, mim escorro no colo

Ai vira carnaval ou festa de Barreto.

 

Se ouço tua musica, eu flutuo

Se leio as cartas, te invento

Se vejo as fotos mim tatuo

Se existisses fostes como o vento

 

 Em sonhos vejo você

Na tempestade és qual o raio

Que se acende sem se perceber

Se sou folha, não resisto e caio

 

Na lama me encharco

Corro para o rio

Na enxurrada sou o barco

Sou de papel, sou vazio

 

Se no sonho não te encontro

Viro lesma, subo afio

E no fundo desse antro

Grudo em ti e desafio

 

No borralho me acento

Peço minha alforria

Sou o vinho e te esquento

Faço mil loucuras e só alegria.

 


Autor: MARCOS INACIO CAVALCANTE


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