PEÇA DE TEATRO INFANTIL (A VIDA DE LUANA)




MARTA:

Acorde filha, é ora de levantar, escovar os dentes, tomar café e arrumar para ia há escola.

 

LUANA:

A mãe, ainda é cedo.

 

MARTA:

Não querida, o sol está alto, levante.

 

LUANA:

Está bom mãe, já vou.

 

MARTA:

Filha, leve o lanche, não esqueça.

 

LUANA:

Não quero levar lanche.

 

MARTA:

O que foi minha filha, você sempre levou o lanche e nunca reclamou? O que está acontecendo agora?

 

LUANA:

Mãe! Não sou mais uma criancinha para ter de levar lanche para a escola.

 

MARTA:

Há, então é isto, está se achando uma moça não é?

 

LUANA:

É que minhas amiguinhas ficam zombando de mim, dizendo que eu não tenho dinheiro para comprar lanche na cantina da escola.

 

MARTA:

Não ligue pelo que elas dizem não minha filha.

 

LUANA:

A senhora diz isto porque não é com a senhora.

 

MARTA:

Tenha calma minha filha, logo-logo seu pai vai receber uma promoção na firma e isto tudo vai melhorar, você vai poder comprar seu lanche, eu prometo.

 

LUANA:

Há mãe, conta outra, vem ouvindo isso desde que entendo por gente.

 

MARTA:

Tenha fé e paciência minha filha.

 

LUANA:

Fé e paciência são o que tenho tido a vida toda, já vou indo.

 

MARTA:

E daí filha como foi na escola hoje?

 

LUANA:

Uma porcaria mãe, minhas colegas continuam zombando de mim, não sei se vou agüentar isso por mais tempo não, qualquer hora dessas vou me mandar.

 

MARTA:

Não diga isto menina, eu e seu pai amamos muito você.

 

LUANA:

Que amor é este? Tenho que viver nesta miséria todos os dias.

 

MARTA:

Isto não é miséria minha filha, existe tantas pessoas vivendo de coisas encontradas nos lixos, nós temos nossa casa, seu pai tem emprego.

 

LUANA:

Porcaria de emprego, dá muito mal para comer e mais nada.

 

MARTA:

Olhe aqui moça, está na hora de você começar a ter responsabilidade, começando por arrumar a sua cama ok.

 

LUANA:

Arrumar cama,vou é procurar um lugar onde posso viver melhor, adeus mamãe.

 

 

JONAS:

O que foi mulher? Porque está chorando?

 

MARTA:

Nossa filha foi embora.

 

JONAS:

Foi embora porque mulher?

 

MARTA:

Há, Jonas, ela vem dizendo a dias que suas amigas zombam dela por não ter dinheiro para comprar lanche na cantina da escola.

 

JONAS:

Meu Deus! O que ela queria mas vivendo uma vida de classe média inferior como a nossa.

 

MARTA:

Há, Jonas, ela queria ser como suas coleguinhas  ricas.

 

JONAS:

Mulher, devemos a aprender a viver com o que temos e agradecer a Deus por ter casa e emprego e não querer imitar os outros.

 

MARTA:

O querido, eu sei disso, mas ela é que não quer entender.

 

                                                

JONAS:

Tenha fé, daqui a pouco ela entra por aquela porta, ela nunca saio de casa e depois sempre viveu sem fazer nada em casa.

 

MARTA:

Não sei não, mas ela pareceu muito decidida.

 

JONAS:

Marta a Luana já voltou?

 

MARTA:

Voltou nada, estou desesperada, não seu onde minha filha dormiu esta noite.

 

CAROL,MÃE DA COLEGA DE LUANA:

Olhe aqui garota, esta noite você dormiu em minha casa para não dormir na rua, mas agora cedo você volte para sua casa, ou procure outro lugar para ficar.

 

LUANA:

Não se preocupe dona, vou procurar outro lugar, mas para aquela casa pobre eu não volto.

 

CAROL:

Garota, volte para a casa de seus pais,eles são pessoas humildes na verdade, mas são honestos e gostam muito de você.

 

LUANA:

Eu sei disso, mais o problema é que eu não agüento viver nesta pobreza.

 

CAROL:

Continuo dizendo, volte para seus pais.

 

LUANA:

Não se preocupe dona Carol, não vou ficar aqui, já vou indo.

 

CAROL:

Que menina sem juízo.A vida vai lhe ensinar.

 

LUANA:

Vou procurar um emprego, mas para aquela casa não volto.

 

MARTA:

Meu Deus! Onde será que está minha filha?

 

JONAS:

Há mulher, nossa filha até agora não voltou.

 

LUANA:

Bom dia, vocês não estão precisando de pessoas para trabalhar?

 

KATIA:

O que você sabe fazer?

 

LUANA:

Olhe, eu nunca trabalhei não, mas posso aprender.

 

KATIA:

Sinto muito, estamos precisando de moças com experiências.

 

LUANA:

Bom dia senhora.

 

MARIA:

O que deseja moça?

 

LUANA:

Estou procurando um trabalho estou com muita fome.

 

MARIA:

O que você sabe fazer?

 

LUANA:

Bom, eu nunca trabalhei, mas posso aprender.

 

MARIA:

Moça eu não tenho trabalho para alguém que nunca trabalhou, estou vendo que é menor de idade, volte para casa e aprenda a trabalhar com sua mãe e depois vai procurar emprego.

 

LUANA:

Dona Maria ,por favor dê um trabalho para que eu possa ganhar algo para viver.

 

MARIA:

Sinto muito, moça, pegue esta sobra de comida e vai.

 

 

 LUANA:

Que situação, pelo menos em minha casa tinha comida, mas não volto atrás.

 

 

CAROL:

Oi Luana, ainda está na rua? Não voltou para casa?

 

LUANA:

Eu já disse que não vou voltar.

 

CAROL:

Você é quem sabe.

 

LUANA:

Está anoitecendo, estou com fome, acho que vou deitar ali embaixo daquele viaduto.

 

MENDINGO:

Hei mocinha, este lugar é meu, saia já daí.

 

LUANA:

Vou dormir naquela calçada.

 

MARTA:

Jonas, vamos a igreja rezar quem sabe ela volte para casa.

 

JONAS:

Está bem só vou vestir a roupa.

 

MARTA:

Jonas! Aquela ali deitada na calçada não é a Luana?

 

JONAS:

Marta é ela mesma,, vamos até lá.

 

MARTA:

Luana!

 

LUANA:

A mãe e pai perdoem sua filha por favor e deixe me voltar para casa, prometo ouvir vocês e nunca mais dizer aquelas coisas.

 

MARTA e JONAS:

Volte minha filha, nós amamos você e fazemos o que podemos, não somos ricos mas nunca faltou comida e casa para morar.

 

LUANA:

É verdade e isto serviu de lição, lugar bom e o lugar onde moramos por mais humilde que seja.

 
 

MARTA e JONAS:

Que bom filha,vamos para casa, tome um belo de um banho e mate sua fome.


Autor: João do Rozario Lima


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