Insensatez






Chuva a desenhar no vidro figuras longilíneas.

Olhos embaçados a vislumbrar um palco.

Em coreografia, dançam bailarinas, pierrôs e colombinas que

Num vai-vem  interminável,caem extasiados.


Duas grandes asas se abrem. A música paira. A chuva estagna..

Passos  pausados impetram  na sala gélida. Lágrimas plagiam a chuva.

Fisionomias desarmônicas acompanham um ser acuado.

Mais susto, outros e mais outros, tamanha a dor.

 

Envolta numa dor doída, dilacerante e mordaz.

A figura esquálida mistura-se entre os insanos.

Como explicar tamanha insensatez?

Só insanos amam como a bailarina amou.


Autor: idê RBB


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