PLANTAS MEDICINAIS – TRADIÇÃO, PESQUISA E SEUS USOS.



PLANTAS MEDICINAIS – TRADIÇÃO, PESQUISA E SEUS USOS.

Márcia Valéria Chagas Nogueira

Vicente Wagner Dias Casali

UFV – Universidade Federal de Viçosa

INB – Indústrias Nucleares do Brasil

FTC/ead – Faculdade de Tecnologia e Ciência / Educação a Distância

Nogueira, M.V.C.

Rua Ari Barroso, 138, Bairro: Vila Nova

Cep: 46430 Guanambi – Ba, e-mail: [email protected].

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RESUMO

Tendo em voga a nossa grande biodiversidade de plantas medicinais, no que diz respeito à região da INB (indústrias Nucleares do Brasil) e Riacho das Vacas – Município de Caetité – Ba, poucas delas são estudadas e catalogadas.

A antropologia sempre procurou dar suporte ao entendimento da terapêutica local a partir de observações, entrevistas e anotações, e nestes estudos, o pesquisador precisa estar sempre atento para as questões que transcendem o simples trabalho de campo.

Faz-se necessário também que os dados coletados durante um levantamento etnofarmacológico, esteja sempre voltado para a cultura que os cedeu, respeitando sempre o senso-comum e as tradições das comunidades.

As plantas medicinais, catalogadas na região da INB e Riacho das Vacas, são utilizadas das mais diversas formas na medicina popular. Podem ser preparadas tanto na forma de infusão e decoctos, utilizando água, como em garrafadas e xaropes alcoólicos.

È notável que as plantas medicinais faz parte da identidade das pessoas que ali moram e que os conhecimentos acerca do meio que estão inseridos permite que essas pessoas adquiram maior entendimento e respeito para com esse meio que lhes oferece alimentação, remédios e sustento.

As espécies vegetais, preferencialmente em lugares com alto grau de diversidade e endemismo, como a região de Caetité – Ba precisa ser preservada e estudada, pois apresenta um patrimônio genético riquíssimo.

PALAVRA CHAVE – etnobotânico, plantas medicinais, diversidade.

ABSTRACT

Taking fashion to our great biodiversity of medicinal plants, as regards the region of INB (Nuclear Industrie of Brazil) and the cows creek – City of Caetité – Ba, few are studied and cataloged.

The anthropology has always tried to support local inderstanding of therapy from observation, interviews and annotations, and these studies, the researcher must be ever attentive to the issues that transcend the simple fiels work.

It is also necessary that the data collected during a survey ethnopharmocology, is always toward the culture that gave way, always respecting the common-sense and traditions of communities.

Medicinal plants, cataloged in the region of the INB and Riacho Cows are the most diverse forms used in folk medicine. Can be prepared either in the form of infusion and decoction, water and syrups in bottles and spirits.

It is remarkable that the medicinal plants is part of the identity of persons who live and that the knowledge about the means which are inserted allowing them to acquire greater understanding and respect for the environment that offers them food, medicines and livelihoods.

Plant species, preferably in places with high diversity and endemism, as the region of Caetité – Ba must be preserved and studies, it presente a rich genetic heritage.

Key-word: etnobotanical, medicinal plants, diversity.

INTRODUÇÃO

A antropologia sempre procurou dar suporte ao entendimento da terapêutica local a partir de observações, entrevistas e anotações, e nestes estudos, o pesquisador precisa estar sempre atento para as questões que transcendem o simples trabalho de campo.

Faz-se necessário também que os dados coletados durante um levantamento etnofarmacológico, esteja sempre voltado para a cultura que os cedeu, respeitando sempre o senso-comum e as tradições das comunidades.

MOTA (1997), afirma que o homem sempre estabeleceu uma relação estreita em as plantas medicinais e que esse conhecimento é importante para o estudo etnobotânico.

As espécies tidas hoje na região da INB e Riacho das Vacas, começaram a ser classificadas pelo uso prático dos antigos habitantes daquela região. Muitas vezes, uma planta medicinal era descoberta simplesmente por apresentar características morfológicas idênticas a algumas partes do corpo humano.

A população dessa região foi aos poucos copilando suas diferentes experiências de forma empírica e com isso observou-se que ao longo dos tempos esse conhecimento foi se tornando cada vez mais valioso tanto para a região circunvizinha como também para o patrimônio genético de toda a região.

Segundo CASALI (2002), a pesquisa etnobotânica, permite conhecer e valorizar o patrimônio natural, para que ambos estabeleçam uma relação harmoniosa.

MATERIAL E MÉTODO

A região de estudo, o Nordeste brasileiro de clima semi-árido, é uma região, apesar de escassez de água e também pouco estudada, apresenta um patrimônio genético riquíssimo, que necessita ser preservada e estudada.

Para início da pesquisa de campo foi necessário um levantamento dos dados preliminares sobre as comunidades que ali vivem e para isso a INB disponibilizou nesse sentido pessoas que pudessem ajudar a viabilizar ainda mais a pesquisa de campo.

Primeiramente aconteceu uma observação minuciosa para compreender a comunidade local e em seguida uma entrevista semi-estruturada, para identificar o nome da planta e o uso.

A entrevista aconteceu com aproximadamente 210 famílias onde buscamos informações a cerca das plantas utilizadas pela comunidade, bem como a sua aplicabilidade.

RESULTADO E DISCUSSÃO

As pessoas entrevistadas nas comunidades mostraram que conhecem bem a região onde vivem e também as plantas pela quais fazem uso.

A pesquisa mostrou também que, quando se trata de plantas medicinais para o tratamento de alguma enfermidade, são as mulheres que dominam esse conhecimento, conhecimento esse que é passado de geração a geração.

Verificou-se que boa parte das plantas medicinais são cultivadas no quintal de suas casas ou mesmo dentro da INB, que se preocupa muito em preservar esse patrimônio.

Outra parte das plantas medicinais encontram-se em pastagens ou mata e os informantes

afirmam que esses exemplares são mais difíceis de serem encontradas, portanto menos usadas por eles.

A pesquisa mostra a importância da preservação e de estudos mais detalhados desse ecossistema, bem como da preservação desse riquíssimo patrimônio genético, pois a pesquisa mostrou que a comunidade recorre às plantas medicinais para tratamentos de doenças e que seus conhecimentos a respeito dessas plantas que ali existem são muito grande.

A INB tem uma importância fundamental no cultivo das plantas medicinais, como também nas informações a respeito das plantas para o uso da população.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MATOS, F.J.A. Plantas medicinais: guia de seleção e emprego de plantas medicinais do nordeste do Brasil. Fortaleza, CE: IOCE, v1, 1989.

Plantas medicinais e aromáticas : etnoecologia e etnofarmacologia/ Ângelo G. Rodrigues... [et al.] – Viçosa:UFV, departamento de Fitotecnia, 2002. 320p.: il.

Plantas medicinais / Ernane Ronie Martins...[et al.] – Viçosa : UFV, 2000. 220p.: il

Plantas Medicinais no Brasil : nativas e exóticas cultivadas / Harri Lorenzi, Francisco José de Abreu Matos ; SP : Instituto Plantarum, 2002.


Autor: Márcia Chagas


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