AS GOTAS
A terra estava sedenta,
Cheia de orgulho e vaidade,
Ressecada, poeirenta
E cultivando a maldade.
Avidamente bebia,
Aquele chão violento,
Cada gota que caía
Naquele triste momento.
Não eram gotas de orvalho
Sobre a relva ou sobre a flor;
Nem o suor do trabalho,
Mas frutos de grande amor.
Zombava o povo e sorria
Assistindo ao pé da cruz,
Cada gota que escorria
Do corpo do Rei Jesus.
E dos olhos de Maria,
Que toda a tristeza encerra,
Cada gota que descia
Lavava as culpas da terra.
Gilson Faustino Maia
Autor: Gilson Faustino Maia
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