O anjo e o demônio



Tempo bom! Foi uma fase inovadora a época de seminarista no período noturno cheio de novidades. Quando partia da zona sul embarcava de ônibus até Central do Brasil, embarcava de trem e saltava na estação de São Francisco Xavier no trajeto mais ou menos uns oito a dez minutos no máximo. Quando partia da zona norte em Realengo, caminhava até a estação embarcava no trem e saltava na estação de São Francisco Xavier. De segunda à sexta-feira era o mesmo movimento e me sentia bem, ia rápido da estação ao seminário animada para escolher livros e dicionários que interessasse; quase sempre passava na sala do diretor sempre animado com missões nacionais e internacionais, me doava muitos panfletos. Os quais eu distribuía quando pregava evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo dentro do trem. Certa noite quando evangelizava no trem, o Espírito Santo me envolveu todos que se encontravam naquele vagão. Iniciei um discurso com clamor pedindo a atenção deles, ao mesmo tempo andando pelo vagão e entregando panfleto bíblico a cada um. No momento de maior empolgação quando eu relatava em alta voz sobre vida ou morte e libertação dos vícios, ao estender a mão oferecendo um panfleto me deparou com um rosto assustador. O sujeito pegou o panfleto e rasgou, fiquei assustada e pude ver que todos no vagão me olhavam! Pensei: Esses olhos irados e esbugalhados, essas narinas tão abertas em cima de mim, essas tatuagens. Oh! Jesus teu sangue é poderoso. Rapidamente desvencilhei-me, dei meia-volta e prossegui pregando pelo vagão com grande clamor como nada aconteceu. Fiquei parada no canto final do vagão, dali eu via todos os passageiros, o sujeito mal-encarado que rasgou o panfleto estava no canto final do vagão, mas do lado oposto a mim. Continuei pregando a mensagem com mais clamor, nisto o sujeito se levanta fica no meio do vagão me encara, seu semblante é aterrorizador, abaixa um pouco a cabeça e põe as mãos nos joelhos preparando uma carreira para me dar uma cabeçada. Todos me ouviam pregar, mas aquele sujeito se preparando para cima de mim, parecia um bode selvagem não era homem. Meditei em fração de segundos sem parar de pregar: "Senhor Jesus ninguém neste vagão irá defender-me Jesus morrer por ti é uma honra, mas se ele me espancar não vou pregar mais. Perdoa-me".

Seguindo com a pregação nessa meditação relâmpago, em frente quase no centro do vagão vi umas pontas largas de uma veste branca reluzente, imediatamente compreendi não estar sozinha que era o anjo de Deus que se opôs contra o sujeito e a meu favor.

Eu estava no canto final do vagão do lado de cá o anjo mais ou menos no meio do vagão e o sujeito no canto final do vagão do lado de lá; ele disparou uma carreira na minha direção com a cabeça parecendo chifre de bode, quando chegou exatamente no lugar onde vi as vestes do anjo, o sujeito parou a carreira como se freasse foi se contorcendo até o chão, levantou-se e sentou no banco, ele não conseguiu passar pelo anjo, nem me atingir. Todos me olhavam e me escutavam pregando, só parei de pregar quando chegou a estação que eu deveria saltar.


Autor: Sonia Nogueira


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