A Auto-Sabotagem de Todos os Dias



Em nossas vidas temos momentos de certeza que estamos prontos para dar um novo salto e efetivar uma mudança profunda em nossas vidas. Acreditamos em um novo empreendimento, uma nova relação afetiva, mudamos de cidade e até mesmo de pais. Mas, aos poucos percebemos que estamos cometendo os mesmos erros de nossas atitudes passada. É como se tivéssemos dado um imenso salto e caímos no mesmo lugar. Caímos em armadilhas criadas por nós mesmos. Nos auto-sabotamos. Isso ocorre porque, apesar de querermos mudar, nosso inconsciente ainda não nos permitiu mudar, não estamos realmente prontos para mudarmos.

Escutamos e obedecemos sem nos darmos conta, ordens de nosso inconsciente geradas por frases que escutamos inúmeras vezes no decorrer de nossas vidas. Uma parte de nós diz abra-se e a outra adverte cuidado!!!.

No primeiro momento, o desafio em si é encorajador, por isso nos atiramos de cabeça em novas experiências e estamos dispostos a enfrentar o que vier pela frente. No entanto, quando surgem às primeiras dificuldades, que nos fazem nos sentamos incapazes de lidar com essa nova situação, descobrimos em nós a presença desta parte inconsciente que discordava que nos arriscássemos em mudar de atitude.

Quando desconfiamos de nossa capacidade de superar obstáculos, cultivamos um sentimento de covardia interior que bloqueia nossas emoções e nos paralisa para qualquer ação mais ousada. Muitas vezes, o medo da mudança é maior do que a força para mudar. Dificilmente percebemos que nos auto-sabotamos.

A auto-ilusão é um jogo da mente que busca uma solução imediata para um conflito, ou seja, um modo de se adaptar a uma situação dolorosa, porém que não represente uma mudança ameaçadora. Não é fácil perceber que a traição começa em nós mesmos, pois nem nos damos conta de que estamos nos auto-sabotando!

Fabricamos uma imagem idealizada de nós mesmos, que nos impede de sermos verdadeiros. Produzimos muitas ilusões a partir desta idealização. Muitas vezes, dizemos o que não sentimos de verdade. Isso ocorre porque não sentimos o que pensamos.

Sermos abertos para com nossos sentimentos, demanda sinceridade e reconhecermos que não estamos sentindo o que deveríamos sentir ou gostaríamos de estar sentindo, é um desafio para conosco mesmos.

É a nossa auto-imagem que gera sentimentos e pensamentos em nosso íntimo, pois resistimos em olhar nosso lado sombrio. No entanto, uma coisa é certa: tudo que ignoramos sobre nossa parte sombria, cresce silenciosamente e um dia será tão forte que não haverá como deter nossas ações.

É tão fácil deixar a auto-imagem se perpetuar, dominar toda a nossa vida e criar um estado de desequilíbrio. No nível atual, antes de começarmos a meditar sobre a auto-imagem, não percebemos a diferença entre nossa auto-imagem e nosso verdadeiro "eu". Mas, se pudermos reconhecer apenas alguma pequena diferença entre a nossa auto-imagem e nós mesmos, ou"eu" ou" a si mesmo", poderemos ver, então, qual parte é a auto-imagem.

A auto-imagem representa uma espécie de fixação. Ela nos congela. Você aceita essa imagem congelada como um quadro verdadeiro e permanente de si mesmo.

Quando você se pegar com frases prontas, aproveite para anotá-las. Elas revelam sua auto-imagem e são responsáveis por seus comportamentos repetitivos de auto-sabotagem. Ao encontrar a sua auto-imagem que gera sentimentos desagradáveis, temos a oportunidade de em vez de apenas nos sentirmos mal, aproveitarmos o processo de autoconhecimento e com certeza se torna divertido e curioso sobre nós mesmos.

Experimente!!! Pergunte-se quem realmente você é?


Autor: Sandra Regina da Luz Inácio


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