Poema urbano



 

Pela fresta, escapa uma avenida
Congestionada
Por infância de manhãs frias,
Noites quentes, sempre à deriva
Madrugadas insones, quando tudo e tanto
Se perdia

Meio-dia deserto,
O dia inteiro multidão,
Greve e passeata,
Encontros, pressa,
Despedida e boas vindas

Na esquina, chorava um quarteirão
E tardes de abril fugiam,
De fuligem, chuva e mau humor,
Para dentro das livrarias

Agora, pela porta aberta,
Entra, assustada,
Uma vida de espaços,
Cheia
De sei? Não!

E de saídas para o diferente,
- Bom dia!
Que resvala na rotina
E, vivo
Em devaneio,
Termina


Autor: Compulsao Diaria


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