Mol?



Por: Luiz Felippe Salemi e Jadson Dezincourt Dias

Da mesma forma que você vai à feira e se dirige ao feirante pedindo para que ele pegue uma dúzia de maçãs, pêras, laranjas entre outras frutas, os químicos também estabeleceram uma forma própria para designar a quantidade de matéria, entendida aqui como átomos e moléculas. No entanto, como átomos e moléculas possuem massa muito pequena se comparados a uma maçã ou a um ovo, os químicos criaram um sistema conveniente que é o de contá-los em grupos de 6,02 x 1023 unidades. Assim, esse número passou a ser uma unidade de contagem de átomos ou moléculas e ele passou a receber o nome de mol.

Dessa forma, assim como as frutas são contadas em dúzias, átomos e moléculas, por sua vez, são contados por mol que é um número extremamente grande, 6,02 x 1023 para tornar a quantidade de matéria expressa em gramas um número palpável. Para entendermos isso de uma maneira mais clara, vejamos um exemplo. Um átomo de elemento sódio (Na) possui massa correspondente a 3,8189 x 10-23 g. Imaginar essa quantidade de massa não é nada fácil para nós. Entretanto, se usarmos o mol como a quantidade de matéria, veremos que 1 mol de sódio corresponde a 23 g, um número, sem dúvida, muito mais fácil de imaginar do que 3,8189 x 10-23 g.

A correspondência entre o mol e a massa de cada elemento químico pode ser encontrada na tabela periódica abaixo do símbolo do elemento que se deseja saber essa massa em gramas, ou seja, a massa atômica. Veja os exemplos abaixo:

1 mol de átomos de nitrogênio (N) = 6,02 x 1023 átomos de N = 14 gramas

1 mol de moléculas de água (H2O) = 6,02 x 1023 moléculas de água = 18 gramas

Portanto, o mol é a quantidade de matéria  que os químicos acharam conveniente expressar a quantidade de átomos ou moléculas que, por sua vez, possuem uma quantidade correspondente em massa (g). O mol é um número enorme para que as massas correspondentes de átomos e moléculas possam ter valores fáceis de serem abstraídos tornando-o mais prático no cotidiano de um laboratório!

Preparado a partir de:

PERUZZO, T.M.; CANTO, E.L. Química: na abordagem do cotidiano. São Paulo: Moderna, 1996.


Autor: Luiz Felippe Salemi


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