GESTÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL



Promover uma eficiente gestão ambiental na administração dos recursos materiais, a fim de, evitar desperdícios e o controle dos resíduos sólidos é o objeto de estudo deste trabalho. O foco é a construção civil, que produz porcentagens expressivas de resíduos sólidos. O gerenciamento adequado dos materiais tem como propósito evitar desperdícios, e reduzir o volume de resíduos sólidos e consequentemente resultando na diminuição dos impactos ambientais ao meio ambiente. Uma organização que concilia eficiência na produção e uma visão de responsabilidade ambiental, tornando-se mais competitiva aumentando à sua capacidade financeira, por não se preocupar com medidas corretivas e sim com medidas preventivas que proporcionam um custo menor. Propondo modelos e mecanismos para a melhoria nos processos de gestão das construtoras em suas obras de edificações a partir de uma gestão ambiental responsiva e desenvolvimento sustentável.

Palavras-chave: Gestão ambiental; construção civil; recursos materiais; reutilização; reciclagem; descarte.

O gerenciamento dos resíduos sólidos da construção civil no Brasil é uma questão ambiental, pouco explorada e reflete a evolução lenta e retardatária do setor no quesito sustentabilidade. Há muito resíduo sólido como entulho e pouca atividade de reutilização, reciclagem do mesmo.

Os mecanismos de fiscalização e aplicação de políticas públicas não agem com eficácia para incentivar as organizações da construção civil não reagem positivamente em ações a propiciar um desenvolvimento sustentável do setor.
Sobre os incentivos e mudanças quanto à responsabilidade ambiental do setor da construção civil, foi verificado que depende de autorizações e um acompanhamento por parte do governo local através dos Sistemas de Limpeza Urbana – SLU. As Normas Técnicas não apresentam um modelo de reutilização e reciclagem, apenas menciona a classificação dos resíduos e riscos que podem ocasionar.

Diante dessa prerrogativa falta uma ação do Estado em gerir incentivos, sejam estes incentivos por meio de informações (cursos, palestras, treinamentos, e técnicas ambientais etc...) ou até mesmo financeiros. Já que o valor demandado em medidas corretivas para aterros sanitários clandestinos e entulhos espalhados sem nenhum tipo de tratamento adequado.

A destinação final dos resíduos sólidos da construção civil, ou até mesmo o melhor aproveitamento das matérias-primas para que não ocorram desperdícios, afim de, gerar uma economia sustentável tem sido um tema muito importante para o governo, setor industrial, organismos não-governamentais, e também para a sociedade.

É necessário priorizar ações que solucionem a diminuição dos desperdícios, e propicie práticas de reutilização e reciclagem, e o melhor controle dos aterros sanitários para aqueles materiais que não tem como serem aproveitados.

Entender quais são os impactos ambientais gerados ao meio ambiente através da execução de uma construção civil, e a responsabilidade de minimizar este impactos administrando melhor o conflito desenvolvimento vesus preservação ambiental.

No Distrito Federal o projeto de implantação de uma usina de reciclagem de resíduos sólidos da construção civil já existe desde 2001, conta com o apoio do Sistema de Limpeza Urbana – SLU/DF e outros agentes do governo, mas o projeto ainda não saiu da normativa.

Em alguns estados do país já existem projetos em funcionamento e que são promissores, mas diante da quantidade de resíduo sólido da construção civil que é descartado impropriamente apresenta um volume bem maior do que ser é reutilizado, reciclado e descartado devidamente.

Países desenvolvidos, como a Holanda aplica praticamente mais e 80% em desenvolvimento sustentável no setor da construção civil, ou seja, não ocorre o acumulo de resíduos sólidos em aterros sanitários. O governo incentiva, existem normas de porcentagens de quanto resíduo sólido reciclado pode participar em uma nova edificação.

O Brasil necessita aplicar este exemplo o meio ambiente não vai absorver toda a matéria que consideramos imprópria para consumo, este é o nosso habitat temos que promover uma ação mútua, governos, organizações particulares, instituições de ensino e pesquisa, a comunidade e associações a participarem ativamente pela mudança na gestão e administração com responsabilidade ambiental.

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Autor: Vaneide Leite


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