O papel da Imprensa nos dias atuais.



Após 21 anos de ditadura militar no Brasil, com a censura explícita aos meios de comunicação, hoje graças a Deus vivemos em uma democracia soberana, principalmente no que diz respeito ao papel da imprensa, com direitos constitucionais garantidos e considerados por muitos estudiosos o quarto poder. Vale lembrar o impeachment do presidente Fernando Collor em agosto de 1992, com o movimento “caras pintadas”. Será mesmo que foi um exercício de democracia ou foi uma tremenda manipulação dos meios de comunicação?
Entretanto, o papel da imprensa nos dias atuais é informar a população de todos os acontecimentos que afligem a sociedade, sendo um valioso instrumento de utilidade pública, cumprindo de certa forma um relevante papel social, conscientizando a sociedade de seus direitos e deveres e resgatando assim a cidadania de cada cidadão através da informação.
Assim sendo, providências que deveriam ser tomadas, tão logo fossem requeridas, são levadas a efeitos pelas autoridades governamentais somente ao se sentirem amedrontadas com o possível desgaste de acontecer em relação as suas imagem políticas, em razão de denúncias veiculadas pela imprensa.
Devido ao caráter informativo da atividade dos profissionais de imprensa, torna-se importante que os órgãos de segurança pública, seja a nível municipal, estadual ou federal, estreitem esse laço com a imprensa, principalmente em casos de ocorrências com reféns, como o caso da jovem Eloá, em Santo André, buscando assim uma maior aproximação com os repórteres, com informações sobre suas atividades, sua organização e suas dificuldades. Essa aproximação permitirá que os jornalistas vejam as ações da polícia sem atitudes premeditadas de só criticar com total ênfase as falhas cometidas na operação, como temos presenciado nos últimos dias.
A mídia, no Brasil, na busca de ganhar público, valoriza demais as ocorrências com reféns, com a criação de mitos e explorando demasiadamente a imagem desses marginais nos meios de comunicação. Essa exploração inadequada por parte da mídia denigre a imagem dos órgãos policiais, exemplo disso o caso do ônibus da linha 174, ocorrido na cidade do Rio de Janeiro, onde o BOPE – Batalhão de Operações Especiais suportou em silêncio toda a critica da mídia nacional e absorveu a responsabilidade do infeliz desfecho e o caso mais recente em Santo André que todos nós acompanhamos estarrecidos com o desfecho trágico, entretanto, no primeiro caso do ônibus da linha 174 acaba de virar filme, outro caso onde o bandido virou celebridade passando a status de um pop star, é Marcelo Nascimento, o maior picareta do Brasil, onde sua historia no mundo do crime virou o livro,VIPS –A HISTORIA REAL DE UM MENTIROSO, alguns cineastas pensam em gravar um filme sobre sua vida bandida.
Portanto, é necessário que os meios de comunicação tomem consciência e cuidado com a criação de mitos negativos e super projeta esses marginais a status de celebridades, assim induzindo e motivando outros indivíduos que vivem a margem da sociedade seguirem o mesmo caminho, rumo à criminalidade.


Autor: Alessandro Guido


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