A ATITUDE FENOMENOLÓGICA FRENTE A (IM)PROVÁVEL NEUTRALIDADE CIENTÍFICA



A difícil desconexão com o Todo.

É possível pensar algo do nosso Universo que esteja isolado deste mesmo Universo? Existe algum corpo que não sofra influência dos outros corpos celestes? Os organismos vivos participam de uma grande teia de comunicação. Esta comunicação chega ao ponto de determinadas espécies pássaros diminuírem o número de ovos na época de reprodução caso o alimento não seja suficiente. Existe também um "alarme" que as plantas lançam no ar avisando as outras plantas da ameaça de um incêndio. Estudos outros sinalizam uma possível comunicação entre as baleias pelos oceanos. A influência que a Lua exerce na água do planeta Terra não é mais misticismo bárbaro ou alegoria astrológica. É um fenômeno que faz parte da Física, no seu capítulo de magnetismo e equilíbrio entre os corpos celestes. O corpo humano é composto 73% de água, logo o homem também recebe influência da lua, estando este mais agitado nos dias de lua cheia. Com estes pequenos e rápidos exemplos que não são novos, ainda existem pesquisadores que defendem a neutralidade científica como requisito científico de pesquisa.

Como ter uma atitude de "isolamento", neutralidade científica se tudo e todos, de alguma forma, estão conectados?(CAPRA, 1999).

Como ter uma suposta neutralidade científica se as conclusões descrevem o olhar daquele que fez o experimento? Um Físico, um Sociólogo, um Pedagogo, um Médico, um Bailarino, um Engenheiro ou um Artesão possui sua própria lente, o seu próprio olhar, muitas vezes, não apropriado.

Como sustentar a neutralidade científica com a existência dos fenômenos Psi-gama e Psi-kapa. Estas pesquisas, realizadas no século XIX, revelaram que a mente pode intervir na matéria, modificando-lhe aspectos estruturais? (a pesquisa do japonês que fotografou a água após receber pensamentos específicos).

Se o pesquisador precisa fazer o "recorte", pegar uma fração do todo para investigar. Este recorte estará sujeito as indiosicrasias do pesquisador uma vez que este recorte será feito a partir do nível evolutivo - técnico, mestre, doutor – deste pesquisador? Como reconhecer ou validar a neutralidade científica a partir de um recorte específico, uma vez que este estará diretamente ligado, direcionado ou limitado pelo olhar daquele que olha, e muitas vezes não vê.

Para Daniel Goleman existe uma inteligência emocional passível de educação. Howard Gardner diz que o homem é portador de múltiplas inteligências, e não apenas uma. Para Sri Aurobindo, somos um ser integral cujo crescimento pleno acontece em cinco aspectos e não apenas no aspecto cognitivo. Ora, pensar que a pessoa possa ter neutralidade em suas pesquisas é uma exigência que pode levantar suspeitas. Ou se buscou anestesiar os outros aspectos ou variáveis pessoais que podem interferir na pesquisa[1], ou limitou-se aos aspectos da objetivação dos experimentos, o que amplia o controle, já que existem variáveis de estudos que fogem a ponderabilidade dos instrumentos de época.

Há algum espaço no planeta Terra para se trabalhar de maneira isolada? Segundo os monges tibetanos tudo está interligado. Os índios, que chegam ao nível de um Xaman, também guardam este conhecimento. Os astrônomos da antiguidade faziam esta afirmativa, e observando comportamento dos astros, orientava as plantações no antigo Egito. Fritjof Capra tem buscado divulgar, de maneira mais sistematizada o funcionamento desta rede.

Existem uma série de fenômenos ignorados pelo poder hegemônico da ciência hodierna, como por exemplo: Experiência de Quase Morte – EQM; a Percepção Extra-sensorial – PES; a sensação de ter estado antes em determinado ambiente, o Deja Vu; e a Transcomunicação Instrumental – TCI; a memória extra cerebral; as pesquisas envolvendo os Estados Alterados da Consciência e suas relações com o experimento em si mesmo. Sabe-se hoje que existem determinados experimentos que só acontecem se o "pai" da pesquisa estiver presente, ou seja, se o pesquisador se ausentar, o experimento não acontece. Estamos diante de um fenômeno denominado por Chales Richet: Psi-kapa, no qual a pessoa exerce influências sobre a meteria com a mente. No caso específico: nos resultados do experimento. Qual a autorização que a dita ciência oficial ou acadêmica tem para desqualificar estes trabalhos? Por que cientistas hodiernos submetem-se a publicar críticas que desqualificam os trabalhos de Dr. Joseph Banks Rine, Charles Cichet, Sir William Crooks, Dr. Johann Karl Friedrich Zollner? Qual o parâmetro destes detratores de outros pesquisadores além de vangloriarem-se de submeter,subjugar, diminuir o desqualificar o outro?[2]

As predisposições internas daquele que realiza a pesquisa pode interferi de variadas maneiras no experimento. Pode bloquear, dinamizar a sua ocorrência, ou alterar os resultados previstos por completo. No Japão. O Dr. Masaru Emoto realizou uma experiências sobre a influência do pensamento na água. Fazendo fotos com um microscópio de fundo escuro, ele encontrou resultados curiosos. Em seguida, apenas escreve algumas palavras – repito que ele escreve – uma palavra e esta palavra escrita na garrafa e as águas destes recipientes modificam suas formas.

Qual o motivo real ante o exposto para não se reconhecer os estudos e pesquisas envolvendo a Parapsicologia, Psicobiofísica, Psicotrônica testadas e comprovadas pela mesma metodologia da ciência positivista? Equipamentos eletrônicos foram desenvolvidos para demonstrar determinados estudos. Mesmo assim, os donos do saber continuam a divulgar inverdades, na tentativa de desqualificar estes estudos.

E quem foi a primeira autoridade a pensar, defender ou organizar a ciência? Baseado em que "ele" fez, criou e desenvolveu suas idéias? Se cada pesquisador precisasse da autorização do seu antecessor, teríamos chegado a nanotecnologia? Os transplante de órgãos seriam possíveis? Ou ter realizado uma cirurgia cardíaca a distância? Como seria a vida moderna sem a automação e o intertravamento digital? Ou terá sido justamente o contrário? Não terá sido a ruptura, com os paradigmas do passado que nos fez chegar até aqui? Imagine no século XIV alguém falar que poderia viajar de avião? Época na qual os cientistas que falassem algo fora do teocentismo eram expulsos, execrados da comunidade da científica ou mortos por causa do poder vigente. Poder: será este o pano de fundo da ciência? Eis então um desafio: por que não rompemos com tudo que está aí posto por uma ciência hegemônica capitalizada (GALEFFI, p. 71), e iniciamos uma nova fase da humanidade reconhecendo os fenômenos de intercambiamento e influências sistêmicas ou holísticas? Identificando o cérebro como uma máquina transdutora dos fenômenos psíquicos, cuja consciência temos de modo parcial? Será possível realizar isto sem nos tornarmos mais um Giordano Bruno[3] ou um Galileu Galilei?

O movimento da psique humana

Em novembro de 1991, participei de um seminário sobre Transcomunicação Instrumental, em Salvador, promovido pelo Instituto de Pesquisas Psíquicas. Neste seminário vários representantes de pesquisas nesta área. Dentre estes estava o Padre francês François Brune, que lançou seu livro denominado: "Os mortos nos falam". Trouxe relatos curiosos sobre estudos em vários países da Europa como Alemanha, Bélgica, Suíça, França e de dentro do próprio Vaticano. Este fenômeno paranormal acontece através de aparelhos eletrônicos como televisor, rádio, telefone ou computador. A antiga rede manchete de televisão chegou a apresentar um mini documentário com esta temática, falando de um piloto que morrera com, a queda de seu mono motor, sem ninguém saber onde o mesmo teria caído no mar. Através de contatos com uma senhora, ele indica o local onde estava a aeronave e seu corpo. Apesar de variadas evidências destes fatos, os modernos cientistas insistem na neutralidade científica, ou melhor, as influências que recebemos dos nossos semelhantes passam a não funcionar, ou precisam ser desligas por causa da neutralidade científica. Será isto possível?

Na cidade de Curitiba, o Físico Prof. Wilson Picler realizou um recente estudo na área de Psicobiofísica, desenvolvendo uma equipamento para registro de campos energéticos dos corpos animados, da denominada máquina Kirlian. Participei de um encontro com a Parapsicóloga norte americana Kaite Dalton, sobre telepatia e fisiologia humana.

A percepção extras sensorial quer explorar justamente as sensações que sentimos, mas estas nos chegam sem usar nenhum dos cinco sentidos habituais, ou ultrapassa estes. As sensaões de bem ou mal estar que certas pessoas nos causam, ou alguns ambientes. É aquele tipo de intuição que nos avisa sobre o não embarque em determinados vôo, ou antecipação da saída de casa, e evitamos nos envolver em acidentes (pré-cognição). Noutra ocasião, você se recorda de uma pessoa, o telefone toca e, ao atender, é a pessoa da qual acabara de recordar. Este fenômeno de telepatia teve seu início quando a outra pessoa resolveu telefonar pra você. Ao pensar em você e enquanto procura na agenda o vosso telefone, um contato já se estabeleceu usando outra via de comunicação muito mais rápida que o telefone: o pensamento[4]. Este é um fato que ocorre com muitas pessoas, e por que não estudá-lo melhor e maior profundidade. Existem notícias que os serviços de inteligência já tentaram usá-la na época da guerra fria, mas parece que as finalidades não justificaram o meio. Bárbara Ivanova, parapsicóloga russa, apresentou uma série de exercícios para se desenvolver as faculdade de percepção extrasensorial, que são diferentes das faculdades mediúnicas. Você está andando numa rua e tem a nítida certeza de ter passado ali antes, sendo que esta é primeira vez que você viaja para a Polônia. Os franceses denominaram este fenômeno de Deja Vu, que o foco de um dos filmes da atualidade. Ao chegar na casa de alguém, você sente aquele mal estar súbito, que te convida para sair. E enquanto você permance, este mal estar cresce de maneira assutadora, até que você finalmente sai do ambiente. Em Curitiba escutei a narrativa de um professor da pós-graudção sobre uma experiência que vivenciou. Ao chegara no ambiente de numa festa, ele se sentiu muito mal, e pediu desculpas para os anfitriões e retornou para casa. No dia seguinte, a manchete do jornal era: "Jovens invadem festa de moto". O ex-namorado da aniversariante, resolveu estragar a alegria da jovem, e após se drogar com alguns colegas, entraram casa a dentro de moto, ferindo muitas pessoas. Meu professor narrou que a sua mesa era a primeira da sala, e ele teria sido atingindo em cheio pelas motocicletas, caso tivesse permanecido no local. No atendo de 11 de setembro, as duas torres gêmeas, alguns depoimentos de funcionário de varias empresas, registraram que estes sofreram pequenos atrasos, e estes evitaram suas mortes. Inúmeros fatos históricos trazem indicações destas possibilidades, extrasensoriais, mas os modernos cientistas insistem na neutralidade científica. Será isto realmente possível?

Os estados alterados de consciência descortinam possibilidades outras, mui valoras. Os campos de exploração são imensos nesta linha de estudos e pesquisas. Os mais famosos trabalhos envolvem nomes como: Pierre Weil, Stanislav Grof, Ken Wilber, Pedro Ouspensky, Jonh White, Abrahan Maslow, Ângela Maria Sala Bata; Hernani Guimarães Andrade; Sri Aurobindo. A exploração da consciência tem seguido variados caminhos. Importante lembrar que estas talvez sejam as primeiras pesquisas que podem ser enquadradas no campo dos estudos transpessoais, que é mais abrangente que a pesquisa transdisciplinar[5]. Quem estudar o trabalho de Grof fica imaginando como ele conseguiu desenvolver seus estudos, uma vez que estes envolviam uma ruptura total com os paradigmas vigentes, e principalmente todas as suas crenças pessoais. É dele este relato.

(...) Mesmo nas mais dramáticas e convincentes profundezas da experiência, eu percebi a ironia e o paradoxo da situação. A Divindade tinha se manifestado e assumido minha vida dentro de um moderno laboratório, durante uma séria experiência científica, em um país comunista, com uma substância produzida num tubo de ensaio por um químico do século XX. (1994, p. 30)

Conclusão, de que?

Com o exposto, o leque está aberto. A linhas de estudos e investigações estão indicadas. Existem saídas. A questão maior é: quem vai ser o primeiro? Algumas pessoas já disseram que quando Jesus voltar, vão fazer ainda pior que crucificação. Imagine alguém chegar e dizer: não tome mais remédio, porque você pode curar sua vida; ou que a aquele que se inscrever para qualquer seleção da rede globo de televisão não é digno do reino dos céus; e que Deus não precisa de dinheiro, todo aquele que pedir dinheiro para Deus, vai queimar no eterno fogo do inferno; ou que os alimentos dos fast foods provocam câncer! Ou que antes de ir ajudar os índios na Amazônia ou as mulheres do Afeganestão, que tal socorrer a própria mãe! Ou se ele disser que não é preciso votar nos políticos, minta você mesmo! a vida é simples, que precisamos dividir tudo o que temos com os pobres.Existem informações mais simples e que não são divulgadas.

Alguém que se atreva a dizer que os modelos de pós-graduação desenvolvidos no Brasil não atendem as nossas necessidades enquanto nação sul-americana, pois estes modelos seguem orientações de países europeus, cuja cultura e nível sócio-econômico são opostos.

O rigor científico existe um tópico denominado de repetibilidade. Como isto é possível com equipes que estão localizadas em diferentes regiões do globo terrestre, uma vez que a composição geológica do solo varia? É possível perseguir a regra da repetibilidade do fenômeno estudado? Uma vez que os materiais não serão os mesmos, os equipamentos não serão os mesmos, a pressão atmosférica não será a mesma, que a posição da Terra em relação a Lua, o Sol e demais corpos celestes não será mesma (campo gravitacional), a umidade relativa do ar não será a mesma, sem esquecer um fator hoje considerado: as equipes de pesquisa não serão as mesmas. Imaginando que o experimento esteja programado para ser observado durante um eclipse lunar ou solar. Como provocar a repetibilidade deste experimento antes do próximo eclipse?


 

REFERÊNCIAS

1.ALBRECHT, Karl.O poder das mentes em ação.Rio de Janeiro : Campus, 2003.

2.ANDRADE, Hernani Guimarães.Parapsicologia Experimental.2. ed.São Paulo : Boa Nova, 1976.

3.ARGOLO, Djalma Motta.Jung e a mediunidade.Salvador : Fundação Lar Harmonia, 2004.

4.CAPRA, Fritjof.A teia da vida.3. ed.São Paulo : Cultrix, 1999. (autopoiese, 136).

5.DANUCALON, Marcelo Árias Dias. Neurofisiologia da meditação: investigações científicas no yoga e nas experiências místico-religiosas.São Paulo : Phorte, 2006.

6.FRANÇOIS, Brune.Os mortos nos falaz.Sobradinho, DF : EDICEL, 1991.

7.GALEFFI, Dante Augusto.A construção do conhecimento científico em questão: considerações polilógicas sobre a ambigüidade da ciência.In: ____.Filosofar e educar.Salvador : Quarteto, 2003.

8.GOLDSTEIN, Karl W.Transcomunicação instrumental.São Paulo : Jornalística, 1992.

9.GOLEMAN, Daniel.Inteligência emocional.21. ed.Rio de Janeiro : Objetiva, [19--].

10.GROF, Stanislav.A mente holotrópica. Novos conceitos sobre Psicologia e pesquisa da consciência.Rio de Janeiro : Rocco, 1994.

11.GROF, Stanislav.Além do cérebro: nascimento, morte e transcendência em psicoterapia.São Paulo : McGraw-Hill, 1987.

12.HAY, Louise L.Você pode curar sua vida: as causas mentais dos males físicos e o modo metafísico de combatê-los.47. ed.São Paulo : Best Seller, [19--].

13.KRIPPNER, Stanley.Estados alterados de consciência.In: WHITE, John (Org.).O mais elevado estado da consciência.10. ed.São Paulo : Cultrix / Pensamento, 1997.

14.OSTRANDER, Sheila e SCHROEDER, Lynn.Experiência psíquicas além da cortina de ferro.6. ed.São Paulo : Cultrix,1998.

15.PRETTO, Nelson De Luca.Uma escola sem/com futuro: educação e multimídia.4. ed.São Paulo : Papirus, 2002.

16.RITCHIE, George G.Voltar do amanhã.6. ed.Rio de Janeiro : Nórdica, 1990.

17.STEINER, Rudolf.A ciência oculta.3. ed.São Paulo : Antroposófica, 1991.

18.TABONE, Márcia.A Psicologia Transpessoal.São Paulo : Cultrix, 1993.

19.WAMBACH, Helen.Recordando vidas passadas.São Paulo : Pensamento, 1978.

20.WEIL, Pierre.As fronteiras da evolução e da morte.6. ed.Petrópolis : Vozes, 1999.

21.WEIL, Pierre.Holística: uma nova visão e abordagem do real.3. ed.São Paulo : Palas Athena, 1990.

22.WILBER, Ken.Uma teoria de tudo: uma visão integral para os negócios, a política, a ciência e a espiritualidade.São Paulo : Cultrix, 2003.

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Autor: Washington Bacelar


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