Se o poder fosse auto-suficiente não dependia de nós subordinados para aprovar suas ilimitações



Não se entende porque o homem é tão temido quando está a ponto de desafiar autoridades que gerem o mundo. Autoridades que invadem a nossa privacidade e (re)estruturam vidas; que ordenam atos e corroem nossa inteligência; subestimam nossas intenções e controlam o fluxo da linguagem e ainda intimidam a independência. Seriam inúmeras páginas para citar tamanha dominação fundamentada nos conceitos ocultos e invasores. Para entender o panorama da dominação buscamos estudos científicos baseados, por exemplo, na bibliografia de Pierre Bourdieu - Sociólogo e Educador, um homem culto e sóbrio que intenciona unificar a humanidade a fim de abolir qualquer tipo de censura e desigualdade. O fundamento oculto da superioridade traz uma reflexão de que somos o tempo todo controlados pelo poder em massa, pela mídia, religião, políticos, doutores da ciência... O mercado que dita regras nos tira o brilho se não incluir-mos na moda. E nos faz achar que tudo é normal e o mundo capitalista simplesmente é uma necessidade básica humana. Para compreender esses fundamentos ocultos é preciso observar e estudar de maneira ampla todos os campos da sociedade. E não basta ser apenas sociólogo, economista, educador sei lá. Tem que entender de gente, de vida, mas tem também que sentir e atuar com mudanças de comportamento e ser um eterno crítico de “todas’ as coisas”. É aceitável que o poder esteja nas mãos de quem tem conhecimento, por isso que brasileiro pouco pode opinar - nosso sistema educacional é tão falho quanto nosso interesse em mudá-lo, portanto, não vale culpar apenas o governo, a elite e os movimentos aparentemente favoráveis. É preciso despertar senso crítico e interrogar sobre qualquer aplicação que nos venha aparecer. A última palavra nem sempre carece ser de médicos, advogados, professores. Às vezes a certeza está no suposto submisso, mas este se esconde daquele, cria uma barreira que lhe faz inferior.Padres, psicólogos, pastores, em fim... Mundo cheio de profetas que usam ferramentas materiais e/ou espirituais para continuar o show de ilusão de ótica. Diante de tantas inconvenientes atitudes analisamos se existe democracia no nosso país. Dramatizam alguns especialistas que sim, que a democracia está presente no sistema. Mas um mundo em que homens ganham e podem mais que mulheres, que sociedade é dividida em classes, e a X fala e a Y cala, uma (des)governança total dos nossos recursos financeiros por parte do governo e mal podemos limitar os parlamentares aprovarem leis que só os favorecem. Criam projetos aparentemente para benefício da nação, mas muitas das vezes não passa de uma tática para camuflar a crueldade. A democracia é uma farsa, uma invenção para compor a moda do procedimento. E aprovamos ao invés de projetos, condições precárias para a população. Não pensamos em nós nem nos outros e ajoelhamos ainda para agradecer ou pedir perdão em casos e mais casos. Nossa!!! Seria uma vida descrever o quanto nos calamos enquanto devíamos falar. Percebemos só o que está em nossa direção, aquilo que já é projetado, nem Matrix conseguiu ser tão formulado como nossas mentes. É bom agir. É bom buscar a veracidade em todos os atos impostos - essa é a filosofia que devia ser seguida e vivida. Do mesmo modo que não somos poderosos a ponto de tudo saber os infiltrados não são auto-suficientes porque eles dependem de nos subordinar para aprovar suas “ilimitações”. E o mais ridículo nesse contexto é que a dominação se disfarça com o heroísmo, carisma, a liderança, a fé... Mas Jesus foi o tempo todo questionado por alguns e avaliado por outros. Até hoje Jesus faz parte de nossa reflexão e definimos vários conceitos sobre sua trajetória. Por aqui, quem for melhor do que ele que atire a primeira pedra.
Autor: Alessandra Lopes


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