Ser Tornado a Ser...



Há coisas que devemos fazer, coisas que podemos deixar passar, coisas que devemos descobrir,
coisas que cedo ou tarde descobriremos e coisas para as quais não estamos prontos para saber...

Mas quando estaremos? Quando seremos suficientemente nós mesmos para assumirmo-nos como tal?
o que sabemos o suficientemente de nós para avançarmos na doce escuridão do amanhã?

Novelo de emoções, eis o que muitas vezes pegamo-nos sendo...
Lampejo de vontades, eis o que vive relampejando em nossas mentes e corações.

Mas e nós, o essencialmente nós?
Damo-nos um nó como a uma "tripa nos somos" e descemo-nos como que de um "re laxante" efeito?

Desnovelo-me descobrindo-me sendo o que pensava que não sou?
Ai de mim com essas tantas "des cargas" de responsabilidades cognoscentes...

Tão bom parece ser quando desligamo-nos da tomada da vida e deixamo-nos ser com a brisa fresca da aventura...
Tão ruim quando ligamo-nos novamente e o mundo afora está ali igualzinho...

Que fazer então?
Ser cada momento de incerteza? Estar tesa ou teso euquanto Sou?

Soprar-me da poeira da vida e descobrir-me ali qual vítreo âmbar que com o tempo e o vento forjou-se...?
Sublimar-me das brumas "del' acqua interiori" e entremear-me nas sutis dobras da vida?

Ser...
Sendo...

Tudo e nada?
Entre o tudo e o nada...

Difícil? Não poderia, se aqueço-me na experiência de meu calor nuclear...
Sim, se de fugazes explosões não me alcançar o Ser...

Entre o Amor e Roma, o que poderia eu extrair de tão essencial?
O que há legado o ímpeto de ir além em si mesmo?

Quando tudo é varrido pela tempestade das emoções,
sobra-nos o que somos, mirando acima de nós mesmos...

...através do olho...
... aquele que tudo vê.

Ps.: se faltou não sei...
        só sei que acabei-me...


Autor: Marco Aurélio Pinto da Fonseca


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