Insensatez
Flor e lua.
Tu me falas com ternura
no arrebatamento da paixão violenta
que te inspira
meu pranto sem alento,
minha quase loucura.
No vai-e-vem das horas,
na errante hora morta
reduzida na cinza do cigarro
que fumas.
Coração amolece
na demasiada demência
que te diverte.
Persegues o desatino
no espaço paralelo do destino
a te aliviar.
Ensandecimento no tom da voz.
Loucura esvoaçante,
dançante
que vaza e se derrama urgente
na brisa que nos molha depois.
No manto verde do ardor sem limite
mas que um convite,
um sorriso ao sonho.
Outra vez
na reflexão de tua insensate
Autor: Maria do Carmo Costa
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