Perfeccionismo: Um Aliado ou um Vilão?



Muitas pessoas acreditam que o perfeccionismo é uma qualidade e dessa forma é comum ouvirmos frases do tipo: “desejo fazer tudo perfeito”, “se for para fazer, precisa ser o melhor” e isso parece aceitável aos nossos olhos, afinal, quem não deseja fazer, ou conviver com pessoas que buscam acertar?

O problema ocorre quando a busca pela perfeição começa a nos paralisar, ou seja, quando ficamos tão preocupados em entregar o melhor trabalho e obter os melhores resultado, que, repletos de ansiedade, não conseguimos agir.

Sem sombra de dúvida, a busca pela perfeição pode trazer grandes vitórias. Inúmeras pessoas conseguem se destacar profissionalmente e em diversas áreas de sua vida, por causa da busca pela perfeição, então acreditamos que isso seria uma qualidade aceitável. Os problemas ocorrem quando o perfeccionismo passa para o outro estremo e começamos a cometer um erro de pensamento chamado “tudo ou nada”, traduzindo, começamos a classificar e hipotetizar as coisas através de seus extremos. Exemplificando, começados a pensar: “ou sou bom, ou sou um fracasso”, “ou eu faço perfeito, ou não faço”, “ou me ama, ou me odeia”, e assim vamos classificamos as coisas, as pessoas e os fatos sem considerar que há um meio termo possível e aceitável.

Para saber classificar o próprio grau de perfeccionismo e saber se ele está se tornando prejudicial é necessário fazer uma auto-avaliação e questionar se isto está impossibilitando-o de realizar suas atividades ou trazendo prejuízos interepessoais. Se isto estiver ocorrendo é necessário implementar algumas ações rumo à resolução desta dificuldade.

Uma destas ações seria questionar dos próprios pensamentos e buscar pensamentos alternativos. Assim, quando ocorrer um pensamento do tipo: “ou conseguirei obter os melhores resultados, ou serei um fracasso total”, devemos questioná-lo e começar assim a adquirir uma flexibilidade cognitiva, ou seja, perceber as situações sob outras óticas, conseguir um meio termo, como por exemplo: “mesmo se não conseguir os MELHORES resultados, posso conseguir resultados aceitáveis e isso não significa que sou um fracasso”.

Já cientes destes pensamentos alternativos, deveremos acreditar que uma mudança é possível e buscar desenvolver o equilíbrio. Lembre-se, em alguns casos uma ajuda profissional, por meio de treinamento cognitivo realizado por um psicólogo, poderá facilitar o processo e diminuir o sofrimento.
Autor: Glacy Calassa


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