Experiências concretas e vivências simbólicas



O que há lá fora ?

Não sei,... não escuto!

O que existe aqui dentro?

Não prescindo de muito para sentir!

 

Como posso ver lírios e bromélias

se a acidez do solo não suporta?

Como existem sais em minha pele,

se peregrino no Saara?

 

Como estar enebriada pela melodia do cravo,

se os rufos dos canhões insistem em explodir?

De que forma apareceram as gazelas à saltitarem,

se encontro-me imersa, no esconderijo do polvo?

 

Visito corredores desconhecidos,

mas sedutores e encantadores

com suas obras de arte.

Poderá ser por esta circunstância

que não me agride o que vislumbro

em meu dia-a-dia ?

 

Embebeço-me com os violinos executando

o mais contemporâneo dos estilos musicais.

Será, então, por isso que não me importo tanto,

mas tanto mesmo com a ressonância da britadeira?

 

 

O que há por vir?

Resistências à realidade,...

Ou essa é uma das poucas realidades

que me apraz?

Será que me agrada, por ser consistente

e o mais próximo de minha realidade ?

 

Como saber ?

O que me resta de importância

é perseguir a minha jornada.

 

Essa mesma realidade de

experiências concretas

e de vivências simbólicas,

que transbordam em minha existência,

dando-me signos e significados!


Autor: Alcimar Villar


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