MONCHIQUE
E vi um tempo, sem tempo.
Tempo de eternidade, sem cansaço!
O vento parou. Não há mais fracasso,
Para todo o sempre...
Porque as amendoeiras, do Algarve, voltaram.
E há flores, nelas lá!...
E os laranjais floresceram!...
Também em Leiria, os desaparecidos, pinheiros voltaram.
Em Monchique, o jardim da Portela do Cano, floresce.
As açucenas, já perfumam!...
Na roseira, a rosa cresce.
E no Vale do Linho,
Como em Monção, nos canteiros e socalcos,
Há lírios, que crescem...
Os campos de cevada e trigo,
São grandes e muitos,
Como no tempo do tempo, antigo...
Autor: HELDER DUARTE
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