Cordeona



Cordeona

 

Cordeona, velho instrumento,

Que, gemendo, acompanha os lamentos

Da alma do peão gaúcho,

Que, em seu destino sem luxo,

À cavalo ganha a vida,

De sol a sol, sempre na lida,

No serviço da campanha...

E aos domingos, quando sobra tempo prá um gole de canha,

O índio até que se assanha...

E dedilhando a botoneira,

Numa melodia bem rancheira,

Em cada fole que expande

Demonstra seu amor pelo Rio Grande,

Que vem do fundo de sua alma galponeira

E vai atravessando aramados, divisas e fronteiras...

Se espalhando na velocidade de um bagual

Que, caborteiro, dispara do buçal,

Galopando por entre as coxilhas

Na imensidão da pampa dos farroupilhas...

E que só vai se perder

No dia em que o último coração gaudério parar de bater...

 

 

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Autor: andré sesti diefenbach


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