Lâmpada



 

A lâmpada

 

            Quantos significados podem ter uma lâmpada em nossas vidas!Vários, e sem dúvida bastante  ilustrativos. É a lâmpada de cabeceira que nos permite ler e escrever até altas horas, sem incomodar o companheiro que divide o quarto conosco .È a lâmpada portátil à bateria, que quando falta luz, é um artefato que nos salva de várias batidas nas mesas e cadeiras ou também quedas ao chão, que poderiam nos fazer alvo de cômicas vídeo-cacetadas..É a lâmpada que ilumina as ruas escuras de nossa cidade, brilhando no alto dos postes, que muitas vezes impede de sermos assaltados.

            Além disso, a lâmpada tem um sentido metafórico que nos induz a vários simbolismos. É a lâmpada –luz que nos aviva a memória, de fatos importantes, que por estarem muito reprimidos em nosso inconsciente, não conseguimos lembrar. São as lâmpadas que alegram, iluminando as casas na época de Natal, chegando até a ofuscar os nossos olhos. É a lâmpada do “eureca!” que nos permite descobrir mistérios e desvendá-los. Não podemos esquecer a famosa lâmpada de Aladim que possivelmente possa realizar três desejos nossos. Também tenho que mencionar que a lâmpada serviu até para um tema interessante proposto pelo cronista e professor Rubem Penz na  última aula da oficina literária, e que nos deu um nó na cabeça: fazer o acróstico da lâmpada.

            Nas histórias em quadrinhos ou nas charges, sempre que algum sujeito resolve ter uma idéia, eis que surge aquela figurinha acesa, brilhando no alto de sua cabeça- a lâmpada. Idéia genial de quem começou isso, pois nada representa melhor o surgimento de um pensamento, escondido em um canto da mente. Alguma coisa que estava lá no escuro, mas que graças a lâmpada ficou muito claro , permitindo sacudir a poeira e encontrar solução para algum tipo de problema.

            A lâmpada é energia, é luz. Idéias e pensamentos são resultantes do funcionamento do cérebro, que age por meio de descargas elétricas – energia pura.

            Nada mais alusivo do que a lâmpada, mesmo aquelas antigas, básicas, não precisa ser “dicróica”, “pirulito”ou colorida. Pode ser aquelas mesmas trocadas pelos homens da casa, que faziam a alegria da mulherada, quando o feminismo ainda não havia dado o ar de sua graça.

            Os anos passam e nada substitui, por exemplo, a lâmpada na cabeça do Cebolinha. Quem será o próximo ser criativo que conseguirá substituir esse símbolo e desbancar a idéia que deu forma à  “idéia” ?

            Provavelmente alguém com uma lâmpada bem acesa na cabeça.

 

           

Themis G. Lopes


Autor: Themis Groisman Lopes


Artigos Relacionados


Theo De Carvalho - Segundo AniversÁrio

O Processo Da Independência Do Brasil

Camaleão

Lâmpada

Sonhar é Viver

Água...

Mostre Quem é Você