FLOR DO SERRADO



FLOR DO SERRADO.

 

 

Ai do amargo dia que te vi cantar,

A canção profícua do fim do amor.

Ai da margarida, murcha a definhar...

No entardecer de um jardim sem flor.

 

Ai da dor que desce as águas desse mar,

De salgada mágoa que me banha o rosto.

A mão da tristeza a me amparar...

Como folha seca em mês de agosto.

 

Ai de hoje em dia que volto a chover,

Em breve tempestade de um pranto ardente.

E nesse árido chão do entardecer...

Chega a lua nova como meu presente.

 

E que hoje seja o dia de nascer,

Como flor que cheira e areja o serrado.

Ai do beijaflor, que ao amanhecer...

Já não traz no bico gosto do pecado.

 


Autor: Emivaldo Aires da Silva


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