ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NO CONTROLE DA INFECÇÃO HOSPITALAR
INTRODUÇÃO
A infecção hospitalar constitui um dos grandes problemas enfrentados pelos
profissionais de saúde e pacientes. Os avanços tecnológicos relacionados aos
procedimentos invasivos, diagnósticos e terapêuticos, e o aparecimento de
microrganismos multirresistentes aos antimicrobianos usados rotineiramente na
prática hospitalar tornaram as infecções hospitalares um problema de saúde
pública. As maiores taxas de infecção hospitalar são observadas em pacientes
nos extremos da idade e nos serviços de oncologia, cirurgia e terapia
intensiva.Na última década os microorganismos gram-positivos, em especial
o Staphylococcus aureus, emergiram como importantes agentes causadores
de infecção da corrente sangüínea. Estas infecções acometem pacientes em todas
as faixas etárias, com maior freqüência nos extremos de idade e apresentam pior
prognóstico em pacientes com idade acima de 50 anos. Entre as infecções
hospitalares, as sepses por Staphylococcus aureus são responsáveis por
elevada morbidade e mortalidade.
AÇÃO DO ENFERMEIRO NA INFECÇÃO HOSPITALAR
Na literatura, o papel do enfermeiro é preconizado em quatro áreas, a saber:
administrativa, assistencial, ensino e pesquisa. No papel administrativo, o
enfermeiro realiza o planejamento, a organização, a direção e o controle das
atividades desenvolvidas nesta unidade. No papel assistencial, elabora um plano
de cuidados, utilizando metodologia científica para prestar assistência
individualizada e o papel de ensino é relevante porque estimula o enfermeiro a
buscar conhecimento para propiciar o aperfeiçoamento da equipe de enfermagem.
Como pesquisador, seja individualmente ou em equipe, poderá demonstrar a
diferença que existe entre uma assistência que deriva da utilização de
conhecimento científico comparada ao cuidado prestado, orientado para o
cumprimento de tarefas, normas e rotinas.
A rápida emergência e disseminação de microorganismos resistentes a agentes
antimicrobianos é um problema com dimensões de crise nos hospitais por todo o
mundo. As causas fundamentais deste problema são compostas por múltiplos
fatores, mas as questões centrais são claras. A emergência da resistência
antimicrobiana tem uma alta correlação com a pressão seletiva resultante do uso
indevido de agentes antimicrobianos. A disseminação de organismos resistentes é
facilitada pela transmissão pessoa-a-pessoa devido à inconsistente aplicação de
medidas básicas de controle de infecção por funcionários dos hospitais. Embora
as estratégias de controle existam, é improvável que as intervenções tenham
sucesso a não ser que os chefes dos hospitais assumam a responsabilidade pelo
controle da resistência antimicrobiana.
ENFERMEIRO E A CCIH
A CCIH surgiu na década de 1970 com a preocupação em se conhecer os índices de
infecção hospitalar, e tem como principal responsabilidade, a implantação de
ações de biossegurança, que corresponde à adoção de normas e procedimentos
seguros e adequados à manutenção da saúde dos pacientes, dos profissionais e
dos visitantes. O uso de tais medidas pressupõe que todos os profissionais
podem ser potencialmente infectados com patógenos, e os acidentes com materiais
pérfurocortantes é considerada uma urgência médica, sendo indicado o
atendimento o mais precoce possível, embora alguns profissionais dêem pouca
importância a esse fato pelo motivo de acharem que não irá causar danos para a
saúde.³
Visto isso o enfermeiro é o profissional mais requisitado e mais capacitado
para atuar no controle da infecção hospitalar visando: Processo de Adequação do
Ambiente - A adequação das vestimentas, do leito, dos consultórios, das
enfermarias e outros elementos próximos,
Processo de Adequação do Meio-O equilíbrio do ambiente de trabalho, de lazer e
outros.
As medidas de saneamento básico e de organização e administração do sistema de
trânsito constituem procedimentos de Adequação do Ambiente.
Adequação do Ambiente - A ação do enfermeiro no controle de infecção
hospitalar, como partícipe ou não de Comissão Específica.
Processo de Adequação do Ambiente - A Educação em Saúde às pessoas (sadias ou
doentes), família ou comunidade; o treinamento em serviço (pessoal serviçal e
de enfermagem) e a educação continuada das ações protetoras do meio ambiente
hospitalar fazem parte da função do enfermeiro.
O equilíbrio ou desequilíbrio do ambiente, a sua adequação ou inadequação
afetará as relações de trocas de matéria, energia e informações e, por esta
via, contribui para assegurar as condições de homeostasia do organismo ou para
provocar desvios dessa condição.
A Adequação do Ambiente-é um pressuposto básico para harmonia das trocas e o
conseqüente equilíbrio ou homeostasia do organismo.
As trocas de matéria, energia e informações poderão ser adequadas ou
inadequadas em função da favorabilidade ou não do ambiente.
As ações de enfermagem dispensadas à adequação do ambiente constituem medidas
facilitadoras das trocas entre o organismo e o meio, capazes de contribuírem
para a promoção, proteção ou restauração da homeostasia.
CONCLUSÃO
O enfermeiro deve atentar para todas as formas de poluição do ambiente que
possam resultar em intercâmbios inadequados e comprometer a homeostasia da
pessoa assistida.
O risco de se adquirir uma infecção não se restringe só a hospitais com
internação, nem só os de procedimentos de maior complexidade. É um risco que se
corre diante de qualquer procedimento, seja ele mais ou menos complexo.
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ng= pt
Autor: Michely Nascimento Pimentel
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