Guerreiro das Sete Faces
Com um elmo de ferro, em posse da sua
espada e égide
Caminha o famoso aguerrido com um dos
punhos cerrado.
Nos olhos a fúria imposta pelos deuses
Nos lábios, o sabor da vingança.
Ele analisa todo o campo,
Prestando atenção no seu adversário
imóvel.
O Guerreiro cerra os dentes
Num ato de repúdio ao inimigo.
O seu campo de visão é limitado
Porém minucioso como num jogo de xadrez.
Uma das suas pernas vacila
E ele hesita uma vez, contudo retrocede
à velha aguerrida.
Aproxima-se o seu adversário, furioso
Ele ruge como um leão feroz
Ele ataca brutalmente com a sua espada
em posição de ataque
E o escudo protegendo-lhe o peito e a
cota de cobre trincado.
O Guerreiro responde à ofensiva
Ele segura firmemente a espada e recua,
Fazendo a sua investida na posição
contrária.
O adversário cede e rumina com algum
sangue a escorrer-lhe pelo braço direito.
O Guerreiro tenta fincar-lhe a lâmina ao
peito,
Mas sem muito sucesso, pois a égide é
acionada de abrupto.
Contudo o inimigo está fraco e indefeso
Ele respira profundamente e visivelmente
está com a mão trêmula.
A próxima investida é mais ousada e fere
ainda mais o adversário,
Que desmaia reciprocamente.
O Guerreiro avista alguns raios solares
que surgem
E limitam a sua visão.
Ele conjetura sobre todas as pelejas
E, por fim, resolve deixar o inimigo ao
chão, ainda vivo.
Naquele local acende uma fogueira e
cultua os seus deuses
Deixando a cabeça cair e encostar o
queixo sob o peito.
Os seus olhos estão fechados.
Em seguida o rival desperta.
O Guerreiro espera o momento em que o adversário
recolhe a sua espada
E antes que este ataque, finca-lhe a
lâmina feroz ao peito sem mais hesitar.
Ronyvaldo
Barros dos Santos
Autor: Ronyvaldo Barros dos Santos
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