Spartacus



Este trabalho tem como escopo contemplar alguns conceitos da Sociologia durkheimiana.

Spartacus, personagem que nasceu escravo dos romanos, subjugado por toda a sua existência ao regime escravocrata, vira seus pais sofrerem pressões do Império Romano. Aqui se discute a definição de fato social de Durkheim: "[...] toda a maneira capaz [...] capaz de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, apresentando uma existência própria independente das manifestações individuais que possa ter" (Durkheim, 1991:1). O fato social – gerado para além do próprio fato – é que todo o povo não romano já nascia na condição de escravo. Esse é o fato® coletivo acarretando o poder coercitivo de quem não pertencia à nata romana. Externamente, todos estavam submetidos à autonomia do poder romano e este fato havia sido internalizado. Na condição de guerreiro e gladiador, Spartacus interioriza todas as regras e normalizações diretas impostas pelo seu senhor.

Num segundo momento do filme, Spartacus lidera uma rebelião na casa em que gladiava e no campo de treinamento. Como Durkheim coloca, a relação do individual e do coletivo não é de simples resolução. A rebelião representa o "efeito-gangue", a união dos demais gladiadores e outros sujeitos sob regime escravocrata, que, na coletividade rompem com o jugo do poderio romano.

As lutas perduraram por anos entre escravos rebelados e legionários romanos. Spartacus, na liderança, absorve a consciência coletiva na medida em que as vitórias dos escravos consolidam o avesso da norma: afrontar o exército de Roma. Compartilhar práticas estratégicas, crenças – o grupo liderado por Spartacus era composto por gauleses, trácios, judeus, afriacanos – remonta ao conceito de consciência coletiva expresso em Durkheim.

As vitórias dos rebelados contra o exército romano expande por todo o Império dominante, desestabilizando as suas estruturas. A solidariedade mecânica de Durkheim afirma que a consciência coletiva direciona para um amálgama coletivo – a coesão torna-se mais evidente a ponto de reafirmar a solidariedade entre escravos em rebelião diante da consciência total da sociedade em voga.


Autor: Geórgia Freitas


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