O dia que o mundo parou



Se pararmos para pensar, já existiu aquele momento que a população mundial parou para presenciar um fato ou para colher as conseqüências desse. Em meio a tantos conflitos e divergências ideológicas que estabelecem “um muro” que separa os países em desenvolvidos ou em desenvolvimento, em certos ou errados, alguns acontecimentos fizeram com que essa barreira fosse esquecida por alguns minutos e que todos voltassem à atenção para a notícia em destaque.

            O mundo parou para presenciar com medo, revolta, tristeza e esperança de dias melhores as grandes Guerras Mundiais, o Nazismo e os atentados de 11 de setembro contra as torres do World Trade Center. Mesmo que muitos não estivessem presentes, nesses dias o comentário geral era sobre o acontecimento que, de maneira implícita, influenciou o cotidiano mundial. Assim, todos esperavam por notícias das pessoas envolvidas e comoveram-se com os parentes das vítimas, sem importarem-se com a etnia, raça ou país de origem dessas.


           
Ocorreu aquele instante que muitos derramaram uma lágrima de tristeza ou outros que suspiraram aliviados com a morte de ícones famosos.
Assim aconteceu quando Marilyn Monroe, Adolf Hitler, Martin Luther King, Josef Stalin, John Lennon ou Ayrton Senna faleceram. Nesse momento todos voltaram os olhares para aqueles que choravam ou sorriam e, sem questionar, foram capazes de respeitar os mais diversos sentimentos que se chocavam e, ao mesmo tempo, eram aliados.


           
Teve aquela ocasião que todas as barreiras geográficas foram esquecidas e a população mundial se união, como ocorre durante as Copas Mundiais de Futebol, nas Olimpíadas e até mesmo quando uma nova epidemia ameaça a vida de todos. Nesses momentos os cidadãos apoiaram-se, foram solidários e batalharam juntos em pró de pessoas que nem conheciam só pelo prazer de ajudar ou de comemorar uma vitória.


           
O mundo parou diversas vezes por causa de catástrofes naturais, para analisar os avanços científicos, para presenciar manifestações populares e por causa de eleições de países que nem habitamos. Se nós tivemos capacidade de sair da nossa rotina para analisar e comentar fatos alheios então também teremos para nos manifestar em pró de um mundo melhor. Quando as pessoas passarem a olhar o próximo e se preocupar com seus problemas, sem influência do estado social ou país de origem desse, no dia que voltarmos a ter compaixão pelos que sofrem e analisarmos as notícias mundiais com outra perspectiva, o mundo não parará, mas sim começará a girar de uma maneira diferente instituindo uma nova era .

 

 (Mariana Tannous Dias Batista)

 


Autor: Mariana Tannous Dias Batista


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