Escola cidadã



RESENHA

MANIFESTO POR UMA ESCOLA CIDADÃ

De Juan Derval. Que esperávamos da escola? 2006, ps.11 a 33

Por Luciana de Carvalho Morsani, Pedagoga com ênfase em Supervisão de Ensino (PUC, Minas Gerais), e aprendente de Neuropsicologia aplicada a Neurologia Infantil pela Universidade Estadual de Campinas.


O autor inicia o texto com a definição de Durkheim; da educação como "remédio" para todos os males e inserção nos valores e nuances de certa sociedade.
Pode-se enfatizar que a expressão reflete a idéia de que é incumbida a educação; ‘dar conta de tudo’, levantando o contra censo de que muitas de nossas crianças continuam fora da escola.
Quiça, o discurso que ressalta a educação para a cidadania e para a vida esteja no viés contrária da realidade. Nesta premissa, é elucidado a priori dentro do texto, que a escola precisa moldar o discente para o exercício pleno da cidadania, embora, poucas linhas após é colocada à ideia de Hughas de que a instituição escolar não consegue formar para está vertente.
Esse fator é visível em nossa sociedade capitalista, pois, na corrida pelos bens materiais e a ausência familiar transformaram nossos jovens em consumidores assentes, não obstante, o tempo escolar tenha aumentado juntamente com o acumulo de informações.
É fato, que houve um acréscimo em grande escala dos conhecimentos educativos - o que não anulou os atrativos do mundo como a mídia, as casas de jogos eletrônicos e as drogas; sendo no mínimo injusta tal concorrência.
Desse modo, buscamos nos estóicos da educação Grega algum subsídio. É lá na Grécia que a democracia começa a ser pensada - o que pertencia a minoria, pois, apenas os homens aristocratas poderiam ter acesso as ciências e estudar as leis.
Arriscamos a dizer que o berço da educação foi edificado erroneamente, ou seja, a maioria permanecia inerte.
O ideal de educação para todos surgiu de acordo com Juan (2006), apenas no século XVII, advinda das revoluções - o que coloca a universalização escolar de oito anos apenas na década de 70.
O autor ainda coloca que houve avanços educativos desde então, assim, quanto mais anos de escolarização mais um país se desenvolve econômica e socialmente. Ademais, nos países de maior escolarização, maiores são as oportunidades de trabalho e de ascensão.
Após a Escola Nova e Escola Ativa houve um aumento considerável do conhecimento cientifico; o que agora no século XXI transformou-se em busca de integração cada vez mais heterogênea de alunos - e além da instrução técnica faz-se necessário a formação integral do individuo para se chegar mais a frente a um cidadão pleno.
Com certeza, essas esferas estão na legislação da maioria dos países, sobretudo no Brasil, o que demonstra um grande passo para a melhoria de qualidade da educação, porém, resta-nos repensar em que grau é exposto à formação cidadã?
O texto é parte do livro: Manifesto por uma escola cidadã e é destinado a alunos do curso superior ou professores da área de Pedagogia, embora, a linguagem seja de fácil entendimento.
Trata-se de um material cuja leitura é importante para aqueles que procuram compreender a escola e a formação cidadã.


Autor: Luciana Carvalho Morsani


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