O INDIVÍDUO, O ENLACE E O POUCO TEMPO



Assuntos do Cotidiano N. 05

(Apenas uma visão "cafajeste" ou "puro" espírito libertário?)

Por Rita C. O. Pedreira*

Você já se deu conta, que só temos esta vida? Que este instante, é o que, realmente, possuímos para sentir e fazer? E que tudo é muito efêmero, pode acabar a qualquer pestanejar? Sem levar em consideração se tivemos tempo de realizar desejos ou não? Segredos guardados e procrastinados para depois. Para uma melhor hora! Agimos, na maioria das vezes, como se pudéssemos prever o porvindouro e deixamos "coisas" que tanto "apetecemos" para um "outro momento". Ledo engano! Na etimologia da palavra podemos dizer: Tramóia "mortal". Pois, só dominamos o imediatamente. O passado nos pertenceu e o que há por vir, ainda não nos pertence e poderá nunca pertencer. Só somos donos do "presente". Que na acepção da palavra pode ser uma surpresa, uma dádiva, uma exultação! "Depende de nós"...

Acredito que, "se" chegamos ao estágio do sentir, no mínimo, temos que nos proporcionar satisfação, prazer, contentamento, em fim, o que costumamos denominar de felicidade. Esta conduta, reflito, deveria ser o básico, o original de seres que desejam o júbilo pessoal. Contudo, e neste ápice do "surto" individual, surgem algumas das celeumas sentimentais na contemporaneidade: Por que as sensações, de deleite, junto a outros indivíduos, que deveriam se estender por muito tempo, não se prolongam? Para onde vão, momentos de puro regozijo, deixando, quase sempre, arestas e compromissos duradouros, mesmo que positivamente ou negativamente? Muitas vezes, episódios de desconforto e causadores de até certo mal-estar para as atmosferas (cenários, personagens e atores) envolvidas nos processos! Uma, verdadeira, invasão bárbara ao Id (FREUD, 2005) contido em cada ser humano.

Em verdade. Tenho fé sim! Acredito que a imensa maioria dos sujeitos, em alguma ocasião já viveu dilemas como estes, embora, talvez, alguns não se dêem, genuinamente, conta destes fatos. Pois, mesmo os que já demandam a compreensão de, como "eles" discorrem, acontecem e se manifestam ou se comportam, em inúmeras oportunidades, não tem muita escolha e/ou não sabem como lidar com "eles". Lógico, no que se refere à prioridade a ser refletida na manutenção do ser individual, que ululantemente, existe em nós. Isto mesmo, "nós mesmos" (e vale o pleonasmo)!

Mas, tudo bem! Se você não consegue perceber as coisas por estes prismas, fazer o que?! "Cada um, cada um". E, logo, neste primeiro diálogo gostaria de preveni-lo(a), que se, prontamente, discorda das minhas letras, parta, siga imediatamente para outra leitura. Pare. Não tem sentido continuar a ler! Uma vez que, daqui para frente vai ficar "pior" (pelo menos para os seus dogmas, claro!) e você, ainda, vai se apoquentar comigo... E nós não queremos aborrecimentos! Então, recomendo que pare. Não leia mais essa joça! Vá "beijar na boca" do seu esposo(a) e ser "feliz e mais nada...". Nada, entendeu?! Mais nada.

Resiliência/Resistência Emotiva

Entretanto, e neste caso específico, se você ainda esta aí, talvez e de maneira latente, queira se dar conta do que estou falando! Olha, "muita calma nesta hora", não tenha vergonha de si mesmo, por continuar no texto! Pois, se ainda está aqui, saiba que você faz parte, ou poderá fazer de uma "aliança". O consórcio, dos que se permitiram tomar posse de si e fazer o que quiser em procura de se dar o que quer. Para tanto, esclareças se, no seu dia a dia, dos seus direitos individuais no espaço das suas identidades. Criando, para si, uma horda avaliativa das complexas analogias "do que os outros pensam" e o que você pensa e aspira para o seu "eremita social".

Inequivocamente, com a detenção destes dados, interprete-os, e obtenha as conclusões que melhor convier ao seu espírito, quando tiver tino, "veja" o que vale à pena, se deseja, realmente, despojar-se de pudores expostos, porém velados e assuma a postura que melhor lhe assentar. Não obstante, se resolver fazer parte da confraria, "ela" te oferece diversos bônus, um deles é presentear-se com a felicidade que quiser, quando quiser... Você é seu próprio juiz e réu. E, isto é simplesmente, maravilhoso!

Pense comigo... ...Como está vida "é passageira"... Então, se "ela" se esvaí tão rapidamente, absolutamente, como seres pensantes e civilizados deveríamos ter a competência de galgar o, mais próximo possível do Nirvana, para que desta maneira, a nossa diminuta existência, se torne mais agradável para nós e o nosso entorno imediato. E, todos querem isto. Não é mesmo?

A Vida (I)Real

Todavia, neste mundo social nada é fácil, uma vez que ao buscar a plenitude do ser individual, encontramos entraves psicossociais que constituem paradigmas econômicos e religiosos que nos mantêm na ditadura do contra-adultério.

Muitas vezes me pergunto... Qual é o problema de querermos manter uma afinidade com outra pessoa e não podermos? Apenas, por que naquele exato período estamos envolvidos com outra? Se esta "segunda" pessoa podemos ter? Depois de refletir sobre o tema, normalmente, chego a uma só conclusão: Tenho a crença que estou diante de uma questão incoerente, pois somos os únicos seres na face da Terra, que detém o poder de se proporcionar "a tal da felicidade", apregoada como o ponto culminante da perfeição humana, mas, quase sempre, principiamos ao contrário. Qual o motivo, que nos leva, na maioria das vezes, deixar de ter prazer para dar prazer à outra pessoa? Em nome do que atuamos deste jeito, com o ser que mais amamos no planeta (nós mesmos)?

Talvez, pelo que chamamos, socialmente, de moral? Este advento social, intrinsecamente, ligado a industrialização e ao consumo de massas, quanto mais proletários (o que costumamos chamar de família) unidos melhor, mais força de trabalho! Modelo, tão enraizado nas mentes do "povo" pelo Estado e empresas privadas, que até mesmo os homossexuais, que sabidamente não procriam, cobiçam para si este padrão afetivo. Quem sabe, numa procura insana da anuência de sua opção sexual pelos padrões sociais vigentes. Só, posso entender que este grupo, depois de uma "suposta" libertação emancipatória, surge como "categoria-inocente", e por que não dizer, um tanto quanto "bucólica"!).

Bem, retornando ao tema central das nossas indagações. Analiso, a priori, que na atualidade, para alcançarmos à dita "moralidade", temos que fazer os outros felizes, e se quisermos fazer parte deste "mitiê", lidemos com nossas frustrações (em silêncio!), ao deixar de viver momentos salutares com outras pessoas. Visto que as obrigações conjugais, só lhe permitem ilações do superego (KUSNETZOFF, 1994), ou seja, seus domínios se encerram "na cerca"..."Porreta essa"! A(O) comerciante negociando seu "le-gado emocional".Aceitação coletiva, imposta por "selvagens normais", e que (felizmente ou infelizmente, vai saber!) discorrem e acabam em bifurcações diferentes! No entanto, estas elucubrações merecem um "olhar" mais particular, mais aguçado em acumulação de experiências e por enquanto minhas vivências não se encontram compiladas, o suficiente, para permitir-me "ir tão longe". "Coisa" para outra literatura... No mais, uma curiosidade pitoresca sobre o tema, geralmente, os incautos(as), que intencionam lograr mais envolvimento, conhecimento e, portanto, contemplação dos assuntos cotidianos, ao caírem na cilada de tentar argumentar sobre o assunto, são tachados de "sacanas", por meramente se expressarem como pessoas únicas, visualizando para si o desejo de aspirarem ser mais feliz, e desta forma dividir sua estadia terrestre com mais de uma pessoa.

Este(a), tá "lascado(a)"... Coitados(as), acabaram de transformar-se em pária da "moral carnal"! Diferente do poeta Fernando Pessoa (1978), – "Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?" – obrigatoriamente, os corajosos, porém lúgubres, terão que explicar o inexplicável "amor", por um longo e doloroso calvário, quando não, a clausura (i)real do mesmo...

Lengalenga do Cassete

Veja só, a falácia que nos é imposta. E que, absurdamente, impera! Temos que nos contentar com os níveis e graus das cotas de felicidade que nos são "doadas" pelos outros – o famigerado parceiro oficial – ou seja, "felizes até que a morte os separe" ou "eterno enquanto dure", entre outras pérolas... Você não concorda que esta regra é louca! Primeiro a satisfação social e depois a minha pessoa?! Partirei sem compreender como aceitamos este código.

Será que não podemos, apenas, ser feliz a ocasião que quisermos e com quem quisermos a qualquer temporada que quisermos? Não! Esta é a resposta, uníssono, que "ouvimos". Simplesmente, assim "não pode". Não pode por quê?! Gostaria, realmente, de obter esta réplica, contextualizada e balizada em alguma ordem científica ou popular... Mas, sempre que a procuro, nos âmbitos acadêmicos e públicos, escuto a mesma querela: "é o amor"! Ah! "Faça-me uma garapa de limão balão"! Vai prá lá com seus cacoetes... Afinal, temos, ou não o direito inalienável de ir e vir? Temos. Não temos? Temos ou não temos? Apesar, deste pressuposto garantido pela nossa constituição, infelizmente e insensatamente, "tolos" que somos, deixamo-nos penetrar pelas correntes sociais implantadas há séculos, em nome do desenvolvimento tecnológico, financeiro e emocional de alguns, ou seja, o mundinho obscuro, mesquinho e estúpido da monogamia! Claro, que seria tirano deixar de reconhecer que apresentamos nossa parcela de culpa nisto, pois desejamos, do mesmo modo, o conforto emocional de uma "vidinha casadinha", com uma mulherzinha ou homenzinho, solícitos aos nossos anseios e manifestos de meiguice e excitação (como se isso fosse possível!), elencado a isso, a comodidade do bem estar, nas "preocupações" minimizadas em perspectivas de garantias, como por exemplo: contas divididas, souvenires, infra-estrutura domiciliar (o famoso "lar"), "seguridade e seguro particular", férias, intenções e outras coisitas...

Desta monta, congregamos elementos e nutrimos o "caldeirão" da política sexual do "Caôs" (você me pertence, eu quero te dominar!). Crápulas que somos, igualmente, aos déspotas que acabamos de citar: "elas & eles": os súditos dos deuses Vênus e Marte... "Uma piada mortal" e sem graça, normalmente letal, para qualquer "dupla dinâmica".

Vida pós-Útero

Será que seria pedir demais termos este tipo "tradicional" de enlace, mas, também aportes sentimentais passageiros como o tempo? Sinceramente, acredito que temos capacidade para isso. Porém, esbarramos numa falha da capacidade humana: o entendimento. Somos egoístas e tememos por nosso "porto seguro" de sentimentos, o medo de assistir a esta "pseudoconcretude" ruir e partir com outro alguém é cínico e demasiadamente perigoso para a ancoragem supracitada. Pathos vil e tirano, ensinados na geração passada e disseminada pela nossa geração! Célere, mas não me refutarei a enxergar a "coisa" dos dois lados, percebendo que deste mote, e carregados com o xourume das compaixões, deixamos, "inapercebidamente", de "ver" que somos impelidos a acreditar neste tipo de "relação estável"! Indubitavelmente hipócritas disfarçados de pueris, ao tentar confrontar nossas ambições, com as que nos são permitidas, na busca do confortável mundo do casamento de "dois corpos".

Mas, o certo mesmo é que, ao menos alguns de nós, tomamos a "pílula"... E, isto faz toda a diferença! Tomamos a pílula. Não tomamos? Você tomou? Se não tomou, saiba que ela existe. Se a ignora, tudo bem! Sobretudo, e de qualquer sorte, vou revelar, aqui, uma "saída" para resolver o impasse, dos que não tomaram a pílula, e que ora, querem deixar para traz o chip da moralidade, que foi fixado em algumas nações terrestres[1]: O estigma de "Ser fiel ou, não ser fiel, eis a questão"! Melhor, ainda, tenho a solução para fazermos o que quisermos sem "quebrar" com o nosso "bem amado(a) e os que nos rodeiam, e assim, não ter dissabores futuros.

No entanto, se pararmos, para notar a palavra "Fiel" (somente, ao largo e nem de longe, precisarmos perpassar por "ela") podemos observar que se constitui em termo bastante, interessante e de significado difuso para uma persona livre, e muito menos, se aproxima das mazelas que é ter nascido um indivíduo humano (com angústias, sonhos e necessidades – físicas e psicológicas). Apenas, num melancólico, folhear de páginas em qualquer dicionário da língua portuguesa, encontramos definições para esta expressão como: "é aquel(a)e que cumpre aquilo que se obriga" ROCHA (1999), ou PRIBERAM (2009) é "aquele que não falha") e ainda, é a "Pessoa a quem se confia à guarda de valores ou que substitui outra no exercício de determinadas funções" (MICHAELLIS (2007). Francamente, não compreendo qual a ligação que estas configurações possam conter, no que se refere, a disponibilidade que damos ao único e permanente patrimônio que dispomos, o nosso corpo, a nossa alma, por fim, a nossa Vida.

Por favor, minha gente caia na real, qual a lógica que existe em limitar os seus contatos, ou a sua "cama", por causa da significação de uma mitologia criada para deixarmos de crescer interpessoalmente-intersexualmente? Qual o sentido que existe em "se você dormir com "outra pessoa" e, assim ser censurado(a) e acoitado(a) de "infiel", e, portanto desmerecedor de dar continuidade a relação existente com outro indivíduo? Legitimamente, esta é uma carga grande e pesada demais para a "insustentável leveza do ser"! Até as próprias publicações, e "diga-se de passagem" as mais elementares, concordam que ser fiel não discorre sobre estar disponibilizando o que te pertence a outrem. E caríssimo(a) estou falando, neste momento, exclusivamente, do seu sistema reprodutor, da sua genitália. Pois, que, estas "partes íntimas" são suas. "Elas" é que estão acopladas ao seu corpo e cérebro e em mais nenhuma outra pessoa! Ora, para mim, incompreensível que os desenhos explicitados, sejam possíveis de se manterem, ainda, no campo das inteligências, e mais devastador, com menções a "para todo o sempre"!

Parece-me, absurdamente, controverso um ato de controle social, que detêm em si um estigma de prática supra-humana, ser considerado um definidor dos padrões pessoais de cidadania.

O Método

Mas, enfim, tranqüilize-se. Tenho entendimento da sua agonia pela receita do "amor total e perene". Mas, era necessário tecer e esclarecer alguns pontos. Sei que está sedento(a) por ter "ciência", de como "Ser" feliz", viver moralmente e confortavelmente com uma única pessoa a cada período. E claro, que revelarei a fórmula! Estendi-me, um pouco, também, por que sei, que não será nada complicado cumprires a missão pela "paz conjugal". O produto, em voga, tem poucas substâncias. Óbvio que, como já me encompridei um pouco, além até, do imaginado, vou compartilhá-la de maneira bem simples.

Espero que esteja disposta(o) a dar uma guinada individual na sua vida, a um, a dois, a três... A quanto(a)s você desejar! Tudo bem, não me prolonga-rei mais, sei da aflição de resolver este entrave psicomoral, e vou expor o enunciado, espero que esteja preparad(a)o, lá vai: "Nenhuma figura precisa saber, completamente, o que fazes no seu dia a dia". Isto mesmo! Elabore e comprometa o seu cotidiano com você... Sei que está apalermada(o) ou melhor chocado(a), mas, este é o caminho a trilhar... É aterradoramente fácil, ser e ainda fazer, o seu escolhido(a) extremamente feliz! Pois, se o ser amado desta pessoa está feliz – diga-se de passagem, você! – é natural que terás ferramentas, mais que suficientes, para harmonizar o relacionamento!

As Salvaguardas

Não esquecendo, entretanto, uma ressalva, não precisa ser arrogante e deixar transparecer, em qualquer ocasião, que podemos ser mais felizes sem ou com "eles & elas", e que compartilhamos, também nossas experiências com mais alguém... Este fator é primordial para a metodologia chegar a sua meta a contendo. "Falo sério!" Se previna da soberba. Para depois não arrepender-se... Pois, estou ponderando sobre uma "porta" única. A da liberdade moral!

Felizmente, existem recursos para a libertação... E "eles" não são, simplesmente, fantásticos! Viver uma vida dupla, "você e quem você está acompanhado(a) e você com quem você mais quiser"!Além disso, e ainda o mais "supimpa", é que não estamos cometendo nada aético. Uma vez que, aético seria fazer o que os outros querem que façamos, para aí sim, "eles & elas", terem prazer as nossas "custas"! Assoberbados de cancros sentimentais e sem possuir ética alguma. (VÁSQUEZ, 1998).

Sei que a primeira vista este instrumento social (a omissão), pode parecer "escroto", tudo bem, eu sei que você ficou acabrunhado(a)... Afinal, "não foi isso que seus genitores lhe ensinaram"! Mas, relaxe, eles não sabiam! Ou se sabiam, sagazmente, ninguém nunca soube que eles sabiam ("coroas" espertos, se deram conta dos procedimentos e ficaram na deles!)... Veja bem, se temos argúcia em nossa "cabeça animal". Estamos mesmo é em "busca da felicidade"! E se ficarmos ligados aos grilhões alheios, é óbvio que, a nossa felicidade não está sendo mensurada em prol da nossa comodidade! Somente, a dos outros se encontra validada em nome da "comunhão do matrimônio". A título deste "imaginário", ouvimos "coisas" absurdas como, "brigam mais se amam", "fulano é insegura(o)", "o que importa é a felicidade do casal"... Que casal? Se o casal é feito de par e um deste quer, também, compartilhar sua vida com outro(a)s!

Ou seja, vivemos numa grande possessão de idiotas?! Queremos ser felizes, completamente, com a parte do outro? Que insano! Mas, deixa para lá, não vamos nos alongar nesta discussão. Até porque, sua gênese já veio à baila... E, "Cada cabeça tem seu guia."

A Discussão

Destarte, eu te pergunto: Isto é saudável? Deixar de ter mais períodos de sensações agradáveis, no nosso ínfimo tempo de existência, para dar esta felicidade (diga-se de passagem, sórdida) aos outro(a)s? "Extremos" egoístas, disfarçados de "amada(o)s amantes", que chegam "gananciam" e gestam nossas horas de vida ao seu bel prazer (monopolizando nossa intelectualidade, emocionalidade, sexualidade e etc.) e depois vão embora (sem importar qual seja a conformação – divórcio; óbito...)? Ao menos, disto temos consciência, "elas & eles" sempre vão embora... Temos entendimento disto. Não temos? Estou crente, que ao menos disto você tem certeza! "Ô lá, hein!" Já chegamos neste ponto, não vá me decepcionar...

Pergunto-te, de novo: Você se deu conta deste sem número de fatores? Bom, tenho certeza que se você, ainda se encontra lendo esta breve consideração, é por que já tomou tento do que estou falando, e/ou completamente ou, em grande parte, concorda comigo. E, entendeu que podemos virar o "jogo" a favor de todos! Temos a capacidade de proporcionar a "elas & eles" o "amor compartilhado entre o casal", o enlace completo e tão desejado, podemos dar a "elas & eles" o que, realmente, querem: a posse de um indivíduo. Deixando que pensem que são escravocratas do "nosso" amor, e consideremos, mesmo socialmente, que nossas amada(o)s sejam a(o)s exclusiva(o)s amantes. Porquanto é "isso" que "elas & eles" e as circunvizinhanças ambicionam. Vamos proporcionar "ao nosso mundo", esta tão desejada consonância familiar e sexual! A busca pela oligarquia das vidas alheias.

Num gesto de Avatar, vamos fazê-lo(a)s felizes e a nossa história burocrata-emocional, também. Vamos "amar" só a "eles & elas"! E paralelamente, vamos gerir as nossas individualidades, individualmente. Não é primoroso! Vamos dar "amor perfeito que existe entre nós dois" e também possuir o que queremos! Vida. Vida individualizada!

Ratificando, aos menos avisados, que este não é um tratado do homem ou da mulher cafajeste, e sim do espírito libertário no segmento emocional. Do sujeito que preza a si (como indivíduo, que é) e, tanto, a seu companheiro(a), que quer fazê-lo(a) super-feliz, apesar disso, para que isto ocorra é necessário estarmos transbordando de felicidade, para que possamos dar ao conjugue maior ledice. Basal, "pô", se você esta vertendo felicidade pode inundando-lo(a) da mesma sensação. Compartilhando o mais profundo sentimento que deveriam unir os seres: a "afeição!".

Brevíssimas Considerações

Apesar de toda esta contenda, uma dica é essencial: Tome cuidado com as proporções e "doses" administradas de "atenção e carinho" a estas pessoas, pois, elas podem se afogar ou afogá-lo, além do que este melindre tem que ser triplicado, pois, ainda, não sabemos como nadar nas águas dos egos, nossos, "deles & delas" (companheiro(a)s e "ficantes"), lembrando, também, dois fatores siperlátivos, os primeiros indivíduos, em tese, é o Ser escolhido por você para compartilhar parte de sua história – mesmo que por determinado tempo – e o grosso das personas itinerantes, certamente, aspiram oficializar a "união", então a observação e manutenção dos níveis devidos de testosterona ou estrogênio são importantíssimas para a caução das suas escolhas.

Nunca, devemos esquecer que estamos lidando com seres humanos, oriundos e de tendências a passionalidade. Para a sua segurança, mantenha-se, sempre, alerta! Estamos labutando com gente...

Por fim, reflita e decida! Quero ser feliz em plenitude comigo e meu parceiro(a) ou quero ser parcialmente feliz na plenitude do outro(a)? A escolha é sua. Só sua! E, não se esqueça de uma "máxima" corriqueira: "A gente nunca sabe o que a vida nos "reserva"...

Referências:

FREUD, Sigmund. Edição Eletrônica Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (versão 2.0) - CDROM - Imago Ed., RJ;

KUSNETZOFF, Juan Carlos, Nova Fronteira, Introdução à Psicopatologia Psicanalítica, 8ª edição, 1994;

PESSOA, Fernando; Lopes, Tereza Rita. Melhores Poemas De Fernando Pessoa. Editora Global. Ed. 11. S. P.; 1978;

ROCHA, Ruth. Mini-dicionário da Língua Portuguesa, Editora Scipione, Ed.23, S. P. , 1999;

VÁSQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. 18. Ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998;

Dicionário PRIBERAM da Língua Portuguesa. http://www.priberam.pt/dlpo/dlpo.aspx ACESSADO em 05-05-2009;

Dicionário MICHAELLIS da Língua Portuguesa.http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues-portugues&palavra=fiel .




Autor: Rita Cássia


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