UM MILAGRE DIFERENTE



MILAGRE DIFERENTE

 

Eu não tenho notícias de como foi o início da evangelização lá pelas bandas do Sul, mas no Nordeste a coisa foi problemática. Muitos dos que iniciaram este trabalho foram americanos. Um deles foi um dia a uma cidadezinha do interior de Pernambuco, com um caminhão alugado, com alto falantes instalados e colocou uma música evangélica.

 

Dentro de algum tempo a praça estava lotada de pessoas. O delegado não recebeu ordens de impedir o culto, mas estava em tempo de seca e tinha um rio que no fundo formara lama e a lama secou. Muitas pessoas passaram por lá e pegaram os torrões duros de lama para atirar no pregador e na sua equipe, a esposa e duas filhas.

 

O delegado não sabia que o pessoal estava com aquela intenção. Ele estava acompanhado de uns quatro ou cinco soldados.

 

Na hora que o primeiro torrão de barro foi atirado na direção do palanque improvisado, (quem pode dizer o porquê?) em lugar de bater no pastor, bateu no delegado. O delegado virou-se para a multidão, deu uns dois tiros para cima, o povo se abaixou, muitos caíram no chão com medo e o delegado, bravo que só uma caninana choca, vociferou:

 

-        O primeiro que jogar torrão de barro neste povo, leva bala e o primeiro que resolver sair desta praça leva bala também. Fica todo mundo e escuta o que o pastor quer falar.

 

O americano não se deu por rogado. Cantou com a esposa e a filha uns dois hinos, abriu a Bíblia, leu um texto e pregou mais ou menos pelo espaço de uma hora. Na hora do apelo os corações tinham sido altamente quebrantados pelo Espírito Santo. Muitas pessoas vieram à frente e uma progressiva igreja nasceu naquele lugar.


Autor: Paulo de Aragão Lins


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